quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Futuro do pretérito, outra vez

Diretamente da fonte (http://gabinetesoninha.zip.net) a versão que realmente conta sobre essa história da Soninha ser subprefeita.
Estadão me ligou: “É verdade que você vai ficar com uma Subprefeitura?”

Com esse, já são seis os convites que eu recebi (todos pelos jornais):
as Secretarias da Cultura, Esporte, Meio Ambiente, Assistência e
Desenvolvimento
Social, Participação e Parcerias foram os cinco primeiros.

A cada um
deles, uma enxurrada de reações: “Oba, você vai para a
Cultura!”; “Legal,
Participação e Parcerias, dá para fazer um milhão de
coisas!”; “Não ACREDITO que
você vai trabalhar para o Kassab”; “Eu SABIA,
você só quer o poder”.

(Acabo de lembrar que também vou coordenar o
programa de coleta seletiva
da prefeitura. Sete!)

***

Alguns
comentários são quase
ameaçadores: “Você não vai aceitar não é? Pensa bem o
que você vai fazer, eu
votei em você...”

***

Duvido que
algum político ou candidato a
cargo eletivo tenha ouvido tantas vezes de
seus eleitores: “NUNCA MAIS eu voto
em você”. Pela simples razão de que não
ouvem/lêem tantas milhares de pessoas
quanto eu (por email ou em blogs,
chats, fóruns, twitter, Orkut e pessoalmente).
Não que eu tenha mais
eleitores desiludidos/revoltados do que eles; é que é mais
fácil falar
comigo (e perguntar, elogiar, xingar) do que com a maioria.

Os motivos
do “nunca mais” são diversos. Tão variados qto os motivos
pelos quais as
pessoas votam em mim, afinal... (Ainda vou fazer uma lista de
todos o que já
ouvi. Também dá um catálogo de A a Z).

***

“Mas
você vai
para uma Subprefeitura?”

“Ninguém sequer me convidou...”

“Se for
convidada, você aceita?”

“Talvez”.

“Você
gostaria de ser
subprefeita?”

“Veja bem, eu quero ser prefeita... Uma
suprefeitura
não chega nem perto disso (NADA chega), mas pode ser uma
experiência muito
interessante na administração pública. Já discutimos muito,
inclusive na
Câmara, sobre a pequena autonomia administrativa, orçamentária etc.
das
Subprefeituras. Mesmo assim, deve ser muito legal poder lidar com um milhão
de temas e questões diferentes: calçadas, arborização, cultura, comércio
ambulante, jovens, idosos, bicicletas... Ser a ponta do Poder Executivo mais
próxima do cidadão...”

“De onde você vai ser Subprefeita?”

“Ei,
eu nem fui convidada!”

“Mas o que você prefere,
Santana?”

“Eu
não tenho que preferir nada, eu sei lá se vão me
convidar para uma Sub. Pode até
ser, mas infelizmente um convite/ nomeação
para um cargo no Executivo envolve
muitas coisas que não têm nada a ver com
capacidade, competência, adequação para
o cargo, etc.
Talvez o prefeito
tenha a maior dor-de-cabeça se nomear alguém
que sequer participou de sua
campanha, enquanto outras pessoas se esforçaram
tanto para elegê-lo. Talvez
precise de um nome que garanta mais apoio no
Legislativo.
O PPS tem dois
vereadores na Câmara e não vai garantir seus
votos favoráveis ao prefeito em
troca de participação no governo... Veja os
problemas que o Lula tem com
parte da bancada governista por causa do Temporão
(que é um bom ministro,
mas não está lá para fazer agrados a parlamentares e é
bombardeado por causa
disso)”.

“Entendo. Mas se for convidada, prefere
Santana?”

“[Suspiro] Eu morei duas décadas em Santana, também já morei
em
outros bairros e regiões, outros eu conheço bem porque trabalhei neles, e
muita gente defende que um Subprefeito tem de ser do pedaço. Mas SE eu for
convidada, poderia ser Cidade Tiradente, seria sensacional ser Subprefeita
de
lá. Já pensou tudo o que tem pra fazer?”.

“Então você gostaria?”

[Lá vou eu outra vez...] “Pode ser muito legal ser Subprefeita. Muito.
Se você realmente puder e conseguir fazer tudo o que precisa ser feito, uau.
Se
tiver recursos orçamentários e humanos, estrutura, alguma autonomia...
Que
possibilidade incrível. Mas, como eu disse, depende...”

“Você
sabe que,
se isso acontecer, você vai ser muito criticada, né? Sua imagem
não vai ficar
abalada por servir a um governo democrata?”

“Claro que
sim. Se um dia eu
vier a trabalhar na administração, vou tomar um pau (já
tomo sem ter acontecido
nada). “Incoerente, traidora!”. Mas se eu tiver
convicção de que posso fazer um
bom trabalho, relevante e útil para a
sociedade, azar da “minha imagem”. Ela não
pode ser o mais importante. Eu
sou budista, eu acredito que devo sacrificar meu
prestígio, conforto, imagem
se for para servir a algo mais importante... O “eu”
não é o mais importante.

A possibilidade de trabalhar nessa
administração me lembra as
oportunidades que eu tive de trabalhar na Globo. Já
recebi alguns convites –
ouvi, cogitei, mas não aceitei. Isso significa “Rede
Globo, jamais!”? Não.
Claro que a Globo representa várias coisas que eu critico,
condeno, etc.,
mas também é possível fazer coisas muito legais na Globo. Se eu
tivesse
certeza de que poderia fazer um trabalho de acordo com as minhas
convicções,
eu iria. Olha o Caco Barcelos: ele está na Globo e eu adoro as
coisas que
ele faz.

Se eu tivesse ido para a Globo, muita gente me
acusaria de
“vendida para o sistema” (era a expressão mais usada nos meus tempos
de MTV
para situações como essas – a banda independente que assina com uma
gravadora, o artista rebelde que dá uma entrevista na televisão...). Mas se
eu
fosse, tendo total convicção de que poderia fazer o meu trabalho,
agüentaria as
críticas desse tipo. Não posso deixar de fazer alguma coisa
que eu considero
importante com medo do que as pessoas vão pensar e
dizer...”

***

E assim ficamos. Não sei o que vai sair no jornal
logo mais, mas espero
que se pareça com essa conversa... Estava aqui no meu
canto quando vieram me
perguntar “e aí, que tal uma Subprefeitura?”, e eu,
como sempre, respondi o que
me perguntam: “Ser subprefeita pode ser bem
legal, mas não me convidaram, não”.
Quero ver quanto tempo vai demorar para
dizerem que eu “me ofereci” – ou seja, a
gente apanha pelo que fez e não
fez, pelo que pensou em fazer e o que nem passou
pela cabeça... Ficar
pirando em agradar as pessoas também faz com que os
políticos fiquem muitos
parecidos uns com os outros, escolhendo cuidadosamente
as palavras, evitando
dar opiniões sinceras, consultando a assessoria de
comunicação sobre o que é
mais indicado dizer em cada situação...

Como
eu já disse, talvez
alguns dos meus colegas vereadores tenham razão: eu não sei
ser política,
não entendo o que é política, nunca vou aprender como é ser da
política.

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(Con)Fusão! Alguém viu a posição oficial do PPS ?




Sobre essa história de fusão entre o PPS e o PSDB só se tem "notícias relacionadas" pela mídia. Procurando no Portal do PPS (http://www.pps.org.br/) não se acha quase nada sobre o assunto.

Agrada pensar que tudo isso não passa de especulação, mas pelo quase "silencio" oficial e pelo andar da carruagem, tudo parece indicar que foi mesmo um tiro no próprio pé. Que beleza!

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Soninha Subprefeita ?

Ainda não está oficializado, mas segundo o jornal "O estado de São Paulo" o prefeito Gilberto Kassab (DEM) que faz uma administração tucana estaria acertando com o PPS paulistano a participação de Soninha Francine no seu governo.

A idéia seria ocupar uma subprefeitura na capital, provavelmente a de Cidade Tiradentes, no extremo leste da cidade. Segundo o jornal, Soninha teria declarado:

'Se eu tiver a certeza de que poderei realizar um bom trabalho, que poderei ter uma experiência desafiadora, aceitarei sim. Eu sou budista, não tenho problema em abrir mão do prestígio. Não posso pensar no que vão falar mal de uma coisa da qual eu tenho convicção'.

A notícias diz que o convite não teria sido oficializado em relação a Soninha pela resistência de alguns integrantes do próprio PPS. Atualmente o Partido Popular Socialista ocupa a subprefeitura da Casa Verde(ZN). Fica a pergunta... Será mais uma subprefeitura na cota do partido ou um remanejamento da "divisão do bolo" que já existe ?

Quem viver verá!

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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

JPS-SC >>> Serra Presidente em 2010

A Juventude Popular Socialista de Santa Catarina (JPS-SC) sinaliza pelo apoio da entidade à candidatura de José Serra (PSDB) à presidência da república em 2010.

Veja a íntegra da nota:

"A Juventude Popular Socialista de Santa Catarina - JPS SC vem, por meio desta nota, abrir o debate interno sobre a conjuntura política que definirá os encaminhamentos partidários para as eleições de 2010.

Este órgão de cooperação partidária, através da sua Direção Executiva e demais lideranças da Juventude do PPS de Santa Catarina, reunidos em encontro no dia 08 de novembro do corrente ano, levantaram a preocupação sobre o trato das questões públicas por parte dos governantes e o momento em que nosso partido pode participar na grande mudança que o Brasil precisa, a ser balizada fundamentalmente na transparência e no respeito ao cidadão.

Nas eleições deste ano, percebemos claramente, assim como nas anteriores, a decisiva participação do poder econômico, ignorando ideologias e projetos, colocando o capital como um trator esmagador aos adversários, afastando o espirito democrático do processo eleitoral, causando desequilíbrio de forças. Até mesmo o partido no plano nacional avalia que nossas limitações ocorreram em grande parte por termos a firme posição de nos afastarmos da base governista, esse fato que já havíamos observado tanto nas eleições para o executivo estadual, como na reeleição de FHC e de Lula, de que o campo situacionista gera desequilíbrio de forças, vem colaborar com esta discussão partidária.

Independentemente de como se dá a gestão, com ou sem denuncias de corrupção, uso indiscriminado da maquina pública, abuso do poder econômico, quem está no cargo faz de tudo para permanecer, concretizando assim seus interesses não comum projeto de estado, mas na grande maioria das vezes, num mero e mesquinho projeto de poder individual ou familiar, se reportando aos longínquos e nublados tempos das capitanias hereditárias.

A defesa inafastável do respeito aos brasileiros para nós é um principio que deve ser periodicamente defendido, através da construção e consolidação real, portanto, já preocupados com o desenrolar da eleição de 2010, estamos defendendo a alternância do poder como balizador da democracia, e assim como na vitória de Barack Obama se mostrou uma necessidade vital para os Estados Unidos da América, acreditamos que no Brasil há de existir o mesmo processo de não sucessão, não ao continuísmo. A Juventude deve estar preparada para construir um projeto, devendo afunilar não no nome, nos interesses pouco republicanos e democráticos e, sim, do projeto de construção de um brasil mais justo, confiando esta missão há alguém que representa historicamente muitas de nossas lutas, tanto no movimento estudantil (presidente da UNE 1963), como no exílio e posteriormente pela abertura política e reestruturação da própria UNE.

Assim, encaminhamos as instâncias partidárias na esfera Estadual e Nacional o indicativo deste orgão de cooperação partidária para aprofundar a aproximação quanto ao nome do atual GOVERNADOR DE SÃO PAULO, JOSÉ SERRA, liderança de centro esquerda do Partido da Social Democracia Brasileira, e tanto a Juventude Popular Socialista, quanto o próprio PPS, devem desde já construir uma proposta programática em torno deste possível projeto, com base no poder local e nos princípios da radicalidade democrática e em todo o conjunto de ações de juventude que até hoje o atual governo federal não colocou em prática, afirmando a nossa identidade como protagonistas e usando a nossa tradição de fazer a boa política para participar ativamente deste processo.

A alternância de poder é uma necessidade de fortalecimento da democracia e respeito às instituições constitucionais de nosso país, acima de tudo a defesa no fortalecimento do exercício da cidadania brasileira.

Florianópolis, 08 de novembro de 2008

Executiva Estadual da JPS
Lideres da Juventude Popular Socialista de Santa Catarina"

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