quarta-feira, 11 de agosto de 2010

"O objetivo da reforma política é dar mais legitimidade à representação da cidadania"

No debate sobre reforma política realizado nesta terça-feira (10/08) no auditório da Fundap (Fundação do Desenvolvimento Administrativo), Roberto Freire afirmou que a crise de representação política e dos sistemas eleitorais é mundial e não apenas brasileira. "É um período revolucionário que se reflete nas instituições. O mundo está mudando e as instituições, inclusive os partidos políticos, também terão de mudar. O sistema político está em crise e a mudança pode ser a solução. O problema é que não se sabe bem qual é a mudança", apontou o presidente nacional do PPS e candidato a deputado federal por São Paulo. Na avaliação de Freire _autor do primeiro projeto de lei, em 1981, sobre financiamento público de campanha_, a melhor alternativa é a implantação do voto distrital misto e financiamento público e privado de pessoa física.

Continue lendo...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

"Ao virar militante, Lula está abusando" declara FHC

Fernando Henrique Cardoso participou, em São Paulo, do lançamento de um novo selo editorial, o Penguin-Companhia.
Como peça inaugural, a nova casa de livros relançou “O Príncipe”, clássico de Maquiavel (1469-1527).
FHC dirigiu à platéia uma palestra sobre a obra. Depois, disse meia dúzia de palavras aos repórteres.
Falou sobre seu personagem preferido: Lula. “Não vou dizer como ele tem se conduzido”, declarou.
Na sequência, disse o que dissera que não diria: “Ao se transformar em militante, [Lula] está abusando”.
Comparou-se ao sucessor: “Não fiz como ele faz”. A comprovar os abusos, segundo o grão-tucano, há o lote de multas impostas a Lula pelo TSE –sete, no total.
Negou que José Serra o mantenha no armário. “Agora há pouco, acabei de falar com ele”, disse, manusenado o celular.
Declarou que sua participação na campanha é ativa. Antes de se despedir, lançou no ar, entre risos, uma provocação: “Não sou maquiavélico”.
Nas folhas de “O Príncipe”, Maquiavel ensina, entre outras coisas, que a política não cabe na moldura dos juízos morais.
No universo político, o mal, desde que praticado sob pretexto conveniente, não é mal. É meio para alcançar um fim.
Nesse jogo, lecionou o mestre, o príncipe precisa combinar duas formas de luta: numa, vale-se da lei. Noutra, da força.
A certa altura, Maquiável recorre a uma metáfora zoológica. Anota que a raposa não pode defender-se do lobo. E o leão não sabe esquivar-se das armadilhas.
Assim, ao príncipe cabe ser, simultaneamente, leão e raposa. Eis a coluna vertebral da doutrina maquiavélica:
Forte, o príncipe assegura a tranqulidade do principado, protegendo os pequenos dos grandes.
O povo não se revolta. E os grandes nada podem contra o príncipe, porque o sabem estimado pelo povo.
Em seu primeiro madarinato, FHC, então um respeitado presidente que, como ministro, lançara as bases do Real, cavou a própria reeleição. Foi leão e raposa.
Em 2002, no ocaso do segundo reinado, FHC tentou fazer de José Serra o sucessor. Mantinha intacta a felpa de raposa. Porém...
Porém, faltando-lhe a cumplicidade do povo, que já o olhava de esguelha, era um leão sem juba. E Lula, de sapo barbudo, converteu-se em neo-raposa.
Relegeu-se em 2006. Agora, no ocaso de seu ciclo, montado em popularidade inaudita, Lula ruge como leão por Dilma Rousseff.
Difícil negar razão a FHC. Lula, de fato, “está abusando”. Mas é de perguntar:
Ao por de pé a reeleição, com monetária desfaçatez, o que fez FHC senão abusar? Mudou as regras com a partida em andamento.
Repise-se a máxima: Em política, o mal não é mal. Encontrado o pretexto, é apenas um meio para alcançar um fim.
No caso de Lula, o meio que encontrou foi sacudir na direção de Serra o lençol do fantasma da impopularidade de FHC.
Se tudo correr como planejado, o fim não será Dilma, como se imagina, mas o retorno posterior do sapo que se fez princípe.

Continue lendo...

Roberto Freire debate reforma política hoje na Fundap

Roberto Freire, presidente nacional do PPS e candidato a deputado federal por São Paulo, participa nesta terça-feira (10/8) do 16º Seminário Debates Fundap – Políticas Públicas em Foco. O evento tem como tema a reforma política, da qual Freire é um ferrenho defensor. “A reforma política é essencial para tornar o sistema eleitoral brasileiro mais transparente e democrático, com a implantação do voto distrital misto e financiamento público e privado de pessoa física”, afirma.

Promovido pela Fundap (Fundação do Desenvolvimento Administrativo), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Gestão Pública, o debate terá como moderador o cientista político Marco Aurélio Nogueira.

Continue lendo...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Em sabatina, Serra critica campanhas do PT

Foto: Cacalos Garrastazu/ObritoNews Serra participa de debate com empreendedores do Brasil no memorial da América Latina, em São Paulo

Da Redação
brasil@eband.com.br
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, elevou as críticas ao PT nesta segunda-feira e afirmou que o partido usaria recursos antiéticos na campanha. Ele fez referência a reportagem da revista "Veja" que denuncia a suposta produção de dossiês contra os adversários do governo pela presidência da Previ.


"Foi mais uma baixaria como em 2002, como em 2006, como nesta campanha. O que não falta é dossiê fajuto”, declarou Serra, enquanto falava com jornalistas. Seguindo com as críticas, o tucano disse que "as agências [reguladoras] foram transformadas em orgãos de partido" e que "é perfeitamente possível governar de outra maneira".


Enquanto participava de uma sabatina num evento reunindo empreendedores, organizado pelas associações comerciais de São Paulo, José Serra disse ainda que fazer o horário eleitoral gratuito na televisão ao vivo seria uma forma de diminuir o alto custo das campanhas. "O candidato, a câmera e a apresentação de suas propostas. É chato? É chato, mas política é chata. Com isso a gente elimina os altos custos e impede que candidatos sejam vendidos como iogurte", mencionou.


O tucano fez uma crítica indireta a sua adversária Dilma Rousseff (PT), ao comentar que o formato atual do horário eleitoral permite não revelar "quem o candidato realmente é, ou o que realmente pensa".


Também participaram do encontro "Candidatos à Presidência falam aos empreendedores do Brasil", os candidatos Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL).




Redator: Samanta Dias

Continue lendo...