sábado, 12 de junho de 2010

José Serra discursa em 12/06 na convenção nacional do PSDB em Salvador/BA



— José Serra discursa em 12/06 na convenção nacional do PSDB em Salvador/BA Ao vivo pela GloboNews

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Convenção do PSDB oficializa candidatura de Serra neste sábado. PPS participa

Por: Da Redação


A Convenção Nacional do PSDB para a indicação de José Serra ao cargo de Presidente da República acontece neste sábado, dia 12 de junho, de 9h às 14h, no Clube Espanhol, em Salvador, Bahia. O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, deputados, prefeitos e dirigentes do partido participam do evento, que marca a arrancada da oposição rumo a vitória em 2010.

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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Programa Nacional do PPS - 2010


— Programa Nacional do PPS veiculado em 10 de junho de 2010

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TSE decide que Lei da Ficha Limpa vale já para as eleições deste ano


Mariângela Gallucci
Por 6 votos a 1, ministros avaliam não ser necessário esperar um ano para aplicar norma, que veta candidatura de políticos condenados pela Justiça, porque foi aprovada antes das convenções partidárias e, portanto, não provoca mudança no processo eleitoral.
Brasília - Em esforço para barrar candidatos com folha corrida, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluíram ontem que a Lei da Ficha Limpa vale já para a eleição deste ano. De acordo com a norma, os políticos que forem condenados por tribunais estão impedidos de disputar um cargo eletivo.
O presidente do tribunal, Ricardo Lewandowski, reconheceu, contudo, que a regra terá uma aplicação limitada na eleição de 2010.
O TSE posicionou-se sobre o assunto ao julgar uma consulta do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). O parlamentar perguntou se uma lei sobre inelegibilidades aprovada até 5 de julho deste ano poderia ser aplicada na eleição de outubro - 5 de julho é o prazo para registro das candidaturas.
"A lei tem aplicação na eleição de 2010", respondeu o relator da consulta, ministro Hamilton Carvalhido, que foi seguido por 5 de seus 6 colegas de tribunal. O placar do julgamento foi 6 a 1.
Graças a uma mudança redacional de última hora no Senado, os políticos condenados antes da sanção da lei, em 4 de junho passado, poderão se candidatar.
Carvalhido ressaltou, ainda, que a lei excluiu das disputas apenas os políticos que forem condenados por tribunais e não os que respondem a inquéritos e processos ou ainda estão recorrendo de decisões individuais de juízes.
Por causa dessa exceção, o alcance da lei será restrito. Dificilmente, acreditam magistrados, alguém será condenado por um colegiado até as eleições neste curto período de tempo.
Jurisprudência. No julgamento, a maioria dos ministros do TSE concluiu que a Lei da Ficha Limpa foi aprovada antes das convenções, não provocou mudanças no processo eleitoral e, portanto, não seria necessário esperar um ano para começar a aplicá-la. Há jurisprudência consolidada, baseada na Constituição, segundo a qual modificações no processo eleitoral têm de ser aprovadas com pelo menos um ano de antecedência às eleições.
"As inovações trazidas pela lei não alteram o processo eleitoral", afirmou Carvalhido.
"Essa lei não tem finalidade casuística", ressaltou a ministra Cármen Lúcia, que também votou a favor da aplicação da regra na eleição deste ano. "A cláusula vedadora (à aplicação da lei antes de esperar o prazo de um ano) é categórica", afirmou o ministro Marco Aurélio Mello, que votou contra. "O processo eleitoral está em pleno curso." O ministro Marcelo Oliveira ressaltou que o assunto deverá no futuro ser discutido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Escândalos. Antes que os ministros votassem, a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, defendeu a aplicação da Lei da Ficha Limpa na eleição deste ano. Ela afirmou que a lei é resultado de um movimento da sociedade, que não suporta mais os escândalos na política.
"Está ligado à insatisfação popular e à vontade popular de mudar, de que tenhamos daqui para frente candidatos que sejam capazes de exercer seus mandatos sem se envolver em escândalos", afirmou. "Entendo que não é um projeto que mereça ser protelado para eleições futuras.
"Em maio, Lewandowski disse que, pela redação da Lei da Ficha Limpa aprovada pelo Senado, os políticos condenados antes poderiam participar da eleição. "Se prevalecer a redação (aprovada pelo Senado), a meu ver, sem conhecer o texto ainda, é só (para) aqueles que forem condenados depois da promulgação da lei.
É a leitura que se faz, pelo menos, gramatical", afirmou Lewandowski na ocasião. Ontem, os ministros do TSE não se posicionaram especificamente sobre esse assunto.
REPERCUSSÃO

Márlon Reis - Juiz de Direito e membro do MCCE"Estamos muito felizes com a decisão do TSE, mas já era esperada. Ficaríamos muito decepcionados se fosse diferente. Representaria um casuísmo contrário à sociedade brasileira se a decisão fosse outra"
Rubens Figueiredo - Cientista Político"Todas as vezes que o Congresso Nacional reflete a opinião da sociedade, é sinal que a democracia funciona no País. É um avanço do ponto de vista da democracia e de percepção da sociedade brasileira, que tem de ser respeitada"

Pedro Barbosa P. Neto - Procurador eleitoral em SP "É extremamente positivo, é o que a sociedade esperava. Quase dois milhões apoiaram e fizeram o Congresso trabalhar. É importante para a construção da democracia. Agora, vamos lutar para que a lei seja plenamente aplicada"
Ophir Cavalcante - Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil "Prevaleceu o bom senso, o valor maior que é a probidade, a moralidade e o valor da ética na política. Não podíamos continuar com essa lógica da impunidade que alimenta a corrupção no País"
Silvio Salata - Presidente da Comissão de Estudos Eleitorais OAB-SP "Não sou a favor que entre em vigor agora. O artigo 16 da Constituição impede a aplicação de qualquer lei que altere o processo eleitoral dentro do prazo de um ano da data de realização das eleições"
Claudio Abramo - Presidente da ONG Transparência Brasil"Essa decisão do TSE sinaliza positivamente em relação à imediata aplicação dessa lei, para proteção do eleitor e do sistema eleitoral como um todo. Mas é uma consulta, nenhum caso concreto em jogo"

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quinta-feira, 10 de junho de 2010

CONGRESSO MUNICIPAL DA JUVENTUDE POPULAR SOCIALISTA DE SÃO VICENTE

SERÁ REALIZADO NO DIA 23 DE JUNHO DE 2010, A PARTIR DAS 20:00 HORAS, O CONGRESSO MUNICIPAL DA JUVENTUDE POPULAR SOCIALISTA DO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE, LITORAL DO ESTADO, NO DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PARTIDO POPULAR SOCIALISTA LOCAL, LOCALIZADO NA AVENIDA SENADOR SALGADO FILHO, 115 - PARQUE SÃO VICENTE, PARA ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA DA JPS/SÃO VICENTE.


A JUVENTUDE DO PPS DO ESTADO DE SÃO PAULO CADA VEZ MAIS ORGANIZADA E REPRESENTATIVA!

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Dimas: empresas aéreas desprezam clientes


Por: Luis Zanini


O deputado federal Dimas Ramalho (PPS-SP) disse, nesta quarta-feira, que a ausência de representantes da TAM e da Gol na audiência pública para debater os atrasos e cancelamentos de voos nos aeroportos brasileiros releva a falta de compromisso e respeito das empresas com os passageiros.

“Os consumidores estão sendo tratados como consumidores de décima categoria pelas companhias aéreas”, afirmou Dimas, ao protestar contra o fato das empresas não atenderem o pedido para esclarecerem o motivo dos constantes cancelamentos e atrasos.

Para Dimas, a ausência de representantes da Gol e da TAM só comprova que não há interesse das companhias em resolver o problema. “É um total descaso com os passageiros que pagam alto por um serviço que está deixando a dejesar”, disse.


Audiência


À audiência, que foi pedida por Dimas, compareceram integrantes do Procon-SP, Infraero e Anac (Agência Nacional de Aviação). O deputado questinou da Infraero os preços elevados cobrados pelos estabelecimentos comerciais nos aeroportos, principalmente sobre a situação das concessões deste tipo de serviço.

Ele cobrou ainda da estatal o desembolso de investimentos para reduzir os atrasos de voos. Em relação a Anac, Dimas pediu mais rigor no cumprimento das resoluções, principalmente a que determina o reembolso do valor das passagens em caso de atraso que em vigor desde março.

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A JPS/SP participará da Convenção do PPS/SP no dia 13 de junho

A juventude do PPS/SP estará presente para discutir o melhor caminho para o crescimento do partido em São Paulo nas Eleições 2010. O PPS precisa e pode mais!

O PPS realizará sua CONVENÇÃO ELEITORAL ESTADUAL para escolher nossos candidatos para Governador, Vice-governador, Senadores, Deputados Federais e Deputados Estaduais nas eleições de outubro de 2010, no dia 13 de junho de 2010 (domingo), das 9h às 14h, na Assembléia Legislativa de São Paulo, localizada à Av. Pedro Álvares Cabral, 201 – Ibirapuera – São Paulo - SP.
CONVOCAÇÃO

Para isso CONVOCA todos os DELEGADOS TITULARES E SUPLENTES que foram eleitos nos municípios para participarem do CONGRESSO ESTADUAL realizado em Jaguariúna/SP em 2009.

Atenciosamente

Deputado David Zaia
Presidente Estadual do PPS/SP

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Jardim renova apelo a senadores para votação da política de resíduos sólidos


Por: Luis Zanini


O deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) fez uma apelo, nesta quarta-feira, pela aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos pelo Senado. Segundo ele, a votação da matéria ainda esta semana na Casa depende de um acordo.

Jardim disse que o impasse envolve o senador Cesar Borges (PR-BA ), relator da proposta, e o senador Cícero Lucena (PSDB-PB ), que insiste em apresentar outro texto por uma das quatro comissões (Justiça, Assuntos Sociais, Assuntos Economicos e Meio Ambiente) que analisam conjuntamente o projeto.

“A atitude do senador Cícero Lucena me supreendeu, mas continuo trabalhando pela construção de um acordo para que a votação se dê o mais rápido possível”, disse Jardim, ao adiantar que não há divergências sobre o conteúdo do relatório, mas na forma de “encaminhamento” do texto.

Arnaldo Jardim presidiu o grupo de trabalho que elaborou o texto substitutivo ao projeto que institui a política nacional de resíduos sólidos, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 10 de março.

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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Dimas: governo precisa buscar parcerias privadas para a Copa

Por: Luis Zanini


O deputado federal Dimas Ramalho (PPS-SP) disse, nesta quarta-feira, que o governo federal precisa buscar urgentemente parceirias na iniciativa privada para dotar o Brasil da infraestrutura necessária a realização da Copa do Mundo de 2014.

“O governo não pode e não deve assumir isoladamente a tarefa de reformar e de construir estádios, e ainda bancar a ampliação de aeroportos e a estrutura logística da competição”, diz o deputado, que apoia a Copa no Brasil, mas não quer que tudo seja bancado com dinheiro público.

Na avaliação do deputado, o governo deveria começar a agir o mais rápido possível para atrair investidores privados, lançando mão das chamadas PPPs (Parceirias Pública Privadas) para viabilizar toda a infraestrutura. “Será preciso ainda correr contra o tempo porque o cronograma de obras está muito atrasado”, afirma.

Dimas Ramalho disse que só investimento público para a realização da Copa no Brasil vai ser dispendioso aos cofres da União, e que isso poderá afetar setores prioritários como a saúde e a educação. Para ele, a competição vai gerar emprego e renda no país, mas o ônus da organização tem de ser compartilhada com a iniciativa privada.

“As contas dos gastos precisam ser refeitas e divididas. Também não é dispensando a Infraero de licitar obras de ampliação dos aeroportos que vamos reduzir custos, ao contrário, isso poderá sair ainda muito mais caro”, adverte o parlamentar.

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Jardim defende papel pró-ativo do Brasil na COP 10



Por: Luis Zanini


Defesa da diversidade biológica dos biomas brasileiros e o seu uso racional, evolução da pesquisa da biodiversidade e o reconhecimento da comunidade internacional em relação aos esforços preservacionistas. Estas são, na opinião do deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP), as propostas que o Brasil deve levar a COP 10, a 10ª Conferência das Partes da Convenção da Biodiversidade das Nações Unidades, que será realizada em outubro, no Japão.

Integrante da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, Jardim defendeu que na COP 10 a delegação brasileira precisará colocar em pauta a compensação que cada país um dos países participantes deverá fazer para a melhor utilização e perservação da nossa biodiversidade. “O Brasil precisa e deve ter uma atitude pró-ativa nesta conferência”, disse o deputado, que participou, nesta quarta-feira, ao lado da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, de audiência pública sobre o tema promovida pela Comissão de Meio Ambiente.

Para Jardim, o Brasil irá exercer um papel de relevância na mesa de negociações da COP 10. “Temos um peso específico no debate por conta das dimensões continentais e da diversidade biológica do Brasil e, com certeza, vamos fazer parte da mesa de decisões desta conferência e da continuação da COP 15, que acontecrá no final do ano em Cancun, no México”, afirma o deputado.

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Comissão vota ‘inquirição’ de personagens do dossiê PSDB quer ouvir também americanos que assessoram PT

                      Sérgio Lima/Folha
Casa que abriga núcleo de comunicação do comitê de Dilma



Foi marcada para a tarde desta quarta (9) uma sessão da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso.
Na pauta, a votação de um requerimento que sugere a audição de dois personagens envolvidos na polêmica do dossiê.
São eles: o policial Onézimo Sousa, aposentado da Polícia Federal; e o ex-sargento do serviço secreto da Aeronáutica Idalberto Matias, conhecido como Dadá.

Os dois participaram, em 20 de abril, da reunião na qual se discutiu a constituição de um grupo para espionar o presidenciável tucano José Serra.
São signatários do requerimento os deputados tucanos Gustavo Fruet (PR) e Emanuel Fernandes (SP).
Há chances reais de aprovação. A oposicionista tem maioria sobre o governo na comissão: quatro votos a dois.
O comando da comissão é tucano: na presidência, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Na vice, Emanuel, um dos autores do requerimento.

Na bancada, mais dois oposicionistas: Fruet, o segundo autor da peça; e José Agripino Maia (DEM-RN).
Pelo governo, apenas dois votos: o do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
A comissão não tem poderes para convocar Onézimo e Dadá. Vai apenas “convidar” a dupla a prestar esclarecimentos. O convite pode ser aceito ou não.
“Nosso objetivo é dar transparência a esse caso, jogar luz sobre ele. Até para impor um freio a esse tipo de operação, que vem se repetindo a cada eleição”, diz Fruet.
Noutra frente, o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) protocolou na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara mais três requerimentos.
Num, sugere a convocação do ministro Jorge Hage (Controladoria-Geral da União). Nos outros, propõe que sejam ouvidos dois cidadãos americanos.
São eles: Scott Goodstein e Ben Self. Atuaram no comitê eleitoral do presidente dos EUA, Barack Obama.
Vieram ao Brasil para auxiliar na montagem da campanha de internet da presidenciável petista Dilma Rousseff.
E daí? Quem bancou a vinda da dupla a Brasília foi o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, dono da Dialog Comunicação.
A empresa de Benedito tornou-se, sob Lula, uma portentosa prestadora de serviços do governo. Beliscou contratos superiores a R$ 40 milhões.

Deseja-se esclarecer em que condições Benedito se tornou um financiador de despesas da campanha de Dilma. Faz doações oficiais ou repassa verbas por baixo da mesa?
Benedito tornou-se um freqüentador assíduo da casa onde funciona o braço de comunicação da campanha de Dilma, no Lago Sul, bairro chique de Brasília (foto lá no alto).
Partiu dele, aliás, a sugestão de aluguel do imóvel. Custa R$ 18 mil por mês. O empresário está vinculado também ao caso do dossiê.
Participou, junto com o jornalista Luiz Lanzetta, da reunião com o Onézimo, o policial federal de pijama; e Dadá, o ex-agente secreto da Aeronáutica.
Na versão de Onézimo, seria Benedito o provedor das despesas do grupo de espionagem que seria constituído para espionar Serra. Coisa de R$ 1,6 milhão.
Na contraversão de Lanzetta, que pediu desligamento do comitê de Dilma depois que o caso foi às manchetes, deu-se coisa diversa.
O jornalista sustenta que foi Onézimo quem o chamou para a fatídica reunião. Para quê? Para propor um trabalho de contra-espionagem.
O deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), delegado licenciado da PF, estaria montando dossiês contra políticos aliados do governo. Algo que Itagiba nega.
E por que o tucano Macris deseja ouvir também o ministro Jorge Hage? Porque a Controladoria-Geral da União investiga os contratos da Dialog com o governo.

Há suspeitas de fraudes em licitações. Também o TCU perscruta as relações da Dialog com o Estado. A depender do PSDB, a apuração será aprofundada.
Nesta quarta (9), o partido protocolará no TCU um pedido para que sejam investigados todos os contratos firmados pela empresa de Benedito com o governo Lula.
De resto, o partido de Serra preparava na noite passada um pedido de investigação que será protocolado na Procuradoria-Geral da União.










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terça-feira, 8 de junho de 2010

Roberto Freire: O custo do custo Brasil

Por: Roberto Freire no jornal Brasil Econômico


Alguns assuntos são recorrentes em nosso debate nacional. Entre eles sem dúvida está o chamado custo Brasil. Ao contrário do que muitos imaginam, o assunto não se resume apenas a problemas de infraestrutura: estradas e portos, por exemplo.

O conceito é bem mais amplo e fala sobre competitividade e eficiência da indústria e serviços.

Estudo recente, feito pela CNI e apresentado aos pré-candidatos José Serra, Dilma Rousseff e Marina Silva, trata sobre a posição de competitividade brasileira com relação aos nossos principais competidores: África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Índia, México, Polônia e Rússia.

Foram listados nove itens: disponibilidade e custo de mão de obra; disponibilidade e custo de capital; nível tecnológico e capacidade de inovação; estrutura logística; ambiente macro e microeconômico; infraestrutura econômica; nível educacional da população e ambiente institucional do país.

Estabelecida uma hierarquia entre os países considerados, do ponto de vista de eficiência, o nosso país só aparece entre as quatro melhores posições em dois de 19 quesitos considerados dentro dos nove itens listados. Tendo em vista apenas os itens em seis deles, estamos abaixo do 11º lugar.

Outro estudo, dessa vez produzido pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em março passado, dá um valor a isso.

Segundo o estudo, nossa indústria tem um custo suplementar de 36,27% por conta dessas questões.

Especificamente no caso da tributação das empresas de capital aberto, outro estudo lançado esses dias acaba de comprovar, tendo em vista o conceito de valor adicionado - que trata da diferença entre o preço de venda de um produto e os custos dos insumos utilizados para produzi-lo, digamos que é uma margem bruta de ganhos - que cerca de 40% a 60% desse valor são tributos pagos ao governo.

Enfim, o governo é sócio, apenas do lucro e não do prejuízo, de todas empresas. E o sócio mais forte, já que os acionistas são remunerados em 18%, em média.

Nesse quadro, premido por uma política de altos gastos que só se explica politicamente, o governo decide cortar despesas e contingenciar cerca de R$ 1,3 bilhão na educação para não ter que cortar seu principal "ativo" eleitoral, o PAC.

Registre-se que o segundo PPA do governo Lula tinha como tema principal, atitude louvável, o segundo Objetivo de Desenvolvimento do Milênio da ONU, que é o "ensino básico universal com qualidade".

Posteriormente o PPA foi revisado e o PAC passou a ser o tema principal, ficando as metas de educação subordinadas a ele.

Bom registrar ainda que no estudo da CNI a educação nos coloca em geral entre os últimos dos 14 países.

Olhando os quesitos considerados: disseminação da educação; qualidade da educação e investimento em educação, estamos abaixo de 11º nos dois primeiros e, pelo visto, estávamos abaixo de quinto no último.

Provavelmente iremos terminar, também, entre os últimos. Esse é o Brasil que tem que mudar, e não pode ser apenas no discurso eleitoral.

* Roberto Freire é presidente do PPS.

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Lula paga mico na tv de Israel


Dia 4 de junho de 2010 — O Brasil - por culpa do "cara" - é motivo de piada no programa de humor "Latma", de Israel. Mais uma vergonha p...


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domingo, 6 de junho de 2010

Polêmica do dossiê faz jornalista deixar QG de Dilma


                                    José Cruz/Ag.Senado
O jornalista Luiz Lanzetta (foto), dono da Lanza Comunicação, formalizou seu pedido de afastamento da campanha de Dilma Rousseff.

Deu-se neste sábado (5), por meio de uma carta, informa o repórter Fernando Rodrigues.

Lanzetta decidiu se desligar da campanha, segundo conta, depois de ler, de madrugada, a entrevista do delegado Onézimo Sousa.

Aposentado da PF, Onézimo afirmara que Lanzetta lhe havia proposto a constituição de um esquema para espionar, entre outros, o tucano José Serra.
Lanzetta não nega a reunião. Mas dá uma versão diferente. Diz que não propôs coisa nenhuma. Sustenta ter ouvido uma proposta:

 
"Ele [Onézimo] veio se oferecer para acompanhar o Marcelo Itagiba [deputado federal pelo PSDB do Rio]...”

“...Disseram que sabiam que o Marcelo Itagiba estava trabalhando, porque já trabalharam na equipe dele e o conheceram...”

“...Falaram que o Marcelo Itagiba [delegado licenciado da PF] estava fazendo cem dossiês contra a base aliada...”

“...Estaria fazendo isso com uma série de ex-agentes da Polícia Federal e da Abin, no gabinete dele. Essa informação era o que eles queriam dar e depois se ofereceram para ir atrás disso...”

“...Era uma coisa um pouco pirotécnica. Mas da nossa parte nada prosperou. É impressionante: é uma coisa da qual caímos fora e ficou como se tivéssemos feito".

Vai abaixo a entrevista que Lanzetta concedeu a Fernando Rodrigues:

- Quem estava na reunião de 20 de abril no restaurante Fritz, em Brasília?

Cinco pessoas. Onésimo, Amaury, o Dadá, o Benedito e eu.

 
- Quem marcou a reunião e fez os convites?

Eu não me lembro.

- Por que pessoas como o Benedito e o Amaury estavam nessa reunião?

O Benedito estava lá até para me servir de testemunha agora. Até porque o Onésimo parece ter sido acometido por uma crise de ética que ficou retida por dois meses. Ele chegou ao encontro dizendo que transportava dinheiro. Os dois, ele e o Dadá, falaram ter conhecimento de que o Marcelo Itagiba estaria montando cem dossiês. Ofereceram-se.

- Como foram os contatos seguintes?

Nunca mais vi os dois. O fato a ser dito é que não foi feito nenhum contrato.

- Numa entrevista, Onésimo falou ter sido proposto a ele grampear e espionar pessoas. Isso não é fato?

Ele que ofereceu serviços de espionagem. Eu fui lá ouvir. Levantei e fui embora.

- Mas Onésimo é muito assertivo ao dizer que foi proposto a ele buscar dados da vida pessoal do pré-candidato José Serra.

Não é verdade. Não se tratou de Serra. Ele montou essa reunião agora para dar essa mídia toda. Não teve isso. Eu fui para uma reunião, ouço um monte de coisa, levanto e vou embora. Não faço contrato. Nunca mais falo com a pessoa. De repente aparece como se fosse uma proposta minha? Eu nunca mais quis encontrar com ele.

Ele veio se oferecer para acompanhar o Marcelo Itagiba. Disseram que sabiam que o Marcelo Itagiba estava trabalhando porque já trabalharam na equipe dele e o conheceram.

Mas Onésimo se ofereceu explicitamente para investigar Marcelo Itagiba?

Explicitamente.

- Qual serviço exatamente foi oferecido?

Eles começaram a falar o que eles têm de serviço. Demonstram como seguem, como gravam. Essas coisas todas. Eu comecei nem prestar mais atenção. Eles falaram que o Marcelo Itagiba estava fazendo cem dossiês contra a base aliada. Estaria fazendo isso com uma série de ex-agentes da Polícia Federal e da Abin no gabinete dele. Essa informação era o que eles queriam dar e depois se ofereceram para ir atrás disso. Era uma coisa um pouco pirotécnica. Mas da nossa parte nada prosperou. É impressionante: é uma coisa da qual caímos fora e ficou como se tivéssemos feito.

- Onésimo diz ter sido convidado para a reunião no Fritz pelo Pimentel. Isso ocorreu?

É delírio. O Pimentel nem sabia disso. Só fui falar depois, quando começou a aparecer essa reunião. Falei para ele como tinha sido e que nada havia sido acertado.

- Há uma informação de que Fernando Pimentel tinha conhecimento sobre a finalização da apuração que Amaury Ribeiro Jr. fazia, sobre privatizações e negócios de Verônica, filha de José Serra. Como se dava essa troca de informações?

Não tinha. De minha parte, não.

- Mas o Amaury poderia falar diretamente com Pimentel?

Ah... só se houve algo assim. Porque nunca houve reunião que eu tenha visto dos dois.

- Há também uma informação de que por algum canal, da pré-campanha ou do PT, Amaury Ribeiro teria sido remunerado regularmente para continuar suas apurações. Essa informação é real?

Não tenho conhecimento. Pelo que eu sei não houve nada. O Amaury tem recursos para tocar a vida dele.

- Quais serão seus próximos passos na pré-campanha?

Hoje devo soltar uma nota a respeito de tudo. Tudo o que aconteceu diz respeito a mim. A reunião foi um ato feito voluntariamente por mim. Hoje [ontem] eu mandei uma carta para a pré-campanha e me desliguei. E agora ficou claro que não tem central de arapongas e dossiês porque ninguém foi contratado. Então eu posso me desligar e me aliviar e ir embora. Ninguém foi contratado, não existe. Mandei uma carta hoje [ontem] de madrugada. Quando eu vi as entrevistas [de Onésimo e uma reportagem sobre Dadá] eu pensei: 'Dá para falar'. Fiquei tranquilo porque tudo está no meu âmbito. A carta foi para algumas pessoas, mas basicamente para a Helena Chagas.
 
- Mas o seu contrato não vai até o final de junho?

Eu estou saindo pessoalmente. O meu contrato eu estou abrindo mão e com grande alívio.

- Mas se ao seu juízo nada errado foi feito, por que então sair da campanha?

Por que não tenho como ficar na campanha nessa situação. É melhor para todos a minha saída. Foram 40 dias dizendo que eu fiz uma coisa que eu não fiz. E o principal é que ficou esclarecido que nenhum negócio foi feito como nos acusaram.





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Por uma política externa responsável.

Artigo de Fernando Henrique Cardoso, publicado nos grandes jornais brasileiros, neste domingo:


A despeito das bazófias presidenciais que vez por outra voltam ao bordão de que “hoje não nos agachamos mais” perante o mundo, se há setor no qual o Brasil ganhou credibilidade e, portanto, o respeito internacional, foi no das relações exteriores. Elas sempre foram orientadas por valores e estiveram intransigentemente fincadas no terreno do interesse nacional. A demagogia presidencial não passa de surto de ego deslumbrado, que desrespeita os fatos e mesmo a dignidade do país.


Com exceção dos flertes com o totalitarismo europeu durante o Estado Novo, sempre nos orientamos pela defesa dos valores democráticos, pela busca da paz entre as nações, por sua igualdade jurídica e pela defesa de nossos interesses econômicos. Com toda a dificuldade do período da Guerra Fria – quando os governos militares se opuseram ao mundo soviético e a seus aliados –, não nos distanciamos do que então se chamava de Terceiro Mundo. Se não nos juntamos propriamente ao grupo dos “não alinhados”, dele sempre estivemos próximos. Terminada a Guerra Fria, restabelecemos relações com os países do campo socialista, Cuba e China à frente, voltamos a estar mais ativamente presentes na África, apoiamos o Conselho de Segurança nos conflitos entre Israel e a Palestina, sustentamos a posição favorável à criação de “dois Estados” e o respeito às fronteiras de 1967 e nunca nos solidarizamos com o grito de “delenda Israel”, nem com as afrontas de negação do Holocausto.


Seguindo esta mesma linha, assinamos o Tratado de Não Proliferação de armas atômicas (TNP), com ressalvas quanto à manutenção dos arsenais pelos “grandes”, fomos críticos das invasões unilaterais no Iraque e só aceitamos a intervenção no Afeganistão graças à supervisão das ações bélicas pela ONU. A reação ao unilateralismo foi tanta, que em discurso na Assembleia Nacional da França cheguei a aludir à similitude entre o unilateralismo e o terrorismo, provocando certo mal-estar em Washington. Procedemos de igual modo na defesa de nossos interesses como país em desenvolvimento. No dia em que se publicarem as cartas que dirigi aos chefes de Estado do G-7, ver-se-á que predicávamos desde então maior regulação financeira no plano global e maior controle do FMI e do Banco Mundial pelos países emergentes. Reivindicamos nossos direitos comerciais na OMC, a começar pelo caso do algodão, e no caso das patentes farmacêuticas defendemos vitoriosamente em Doha o ponto de vista de que a vida conta mais que o lucro. Todas essas políticas tiveram desdobramentos positivos no atual governo.


Temos, portanto, credenciais de sobra para exercer uma ação mais efetiva na condução dos negócios do mundo. A hegemonia norte-americana vem diminuindo pelo fortalecimento econômico dos Brics (metáfora que abrange não só os quatro países, mas vários novos atores econômicos), especialmente da China, pela presença da União Europeia e também vem sendo minada pelas rebeliões do mundo árabe e muçulmano, como o próprio governo Obama reconhece. É natural, portanto, que o Brasil insista em sentar à mesa dos tomadores de decisões globais. Sendo assim, por que a celeuma causada pela tentativa de acordo entre Irã e a comunidade internacional empreendida pelo governo brasileiro? Há duas ordens distintas de questões para explicar o porquê de tanto barulho. A primeira é a falta de clareza entre a ação empreendida e os valores fundamentais que orientam nossa política externa. A segunda é a forma um tanto retórica e pretensiosa que ela vem assumindo.


Quanto ao primeiro ponto, como compatibilizar o repúdio às armas nucleares com a autonomia decisória dos povos? Esta abrange inclusive o direito ao conhecimento de novas tecnologias, mesmo as “duais”, que tanto podem ser usadas para a paz como para a guerra. Em nosso caso, conseguimos, por exemplo, dominar a técnica de foguetes propulsores de satélites (e quem lança satélite pode lançar mísseis). Ninguém desconfia, entretanto, de que a utilizaremos para a guerra, até porque obedecemos às regras do acordo internacional que regula a matéria. Do mesmo modo, dominamos o ciclo completo de enriquecimento do urânio. Mas não cabem dúvidas de que não estamos fazendo a bomba atômica, não só porque nossa Constituição proíbe, mas porque inexistem ameaças externas e porque submetemos o enriquecimento do urânio (guardado o sigilo da tecnologia usada) ao duplo controle de um tratado de fiscalização recíproca com a Argentina e da Agência Internacional de Energia Atômica.


É precisamente isso que falta no caso do Irã: a confiabilidade internacional nos propósitos pacíficos do domínio da tecnologia. E é isso que o governo americano alega para recusar a intermediação obtida, ao reafirmar que a quantidade de urânio já disponível, mesmo descontada a quantidade a ser remetida para enriquecimento no exterior, permitiria a fabricação da bomba. O xis da questão, portanto, seria a obtenção pelo Brasil e Turquia de garantias mais efetivas de que tal não acontecerá. Deixando de lado as alegações recíprocas sobre se houve o estímulo americano à ação intermediadora (que para quem quer ter uma posição independente na política externa é de somenos), uma ação eficaz para evitar o confronto e as sanções – posição coerente com nossa tradição negociadora – deveria buscar desfazer a sensação da maioria da comunidade internacional de que o governo iraniano está ganhando tempo para seguir em seus propósitos nucleares.


Neste ponto, a retórica dos atores brasileiros parece ter falhado. O levantar de mãos de Ahmadinejad e Lula, à moda futebolística, e as declarações presunçosas do presidente brasileiro passando a impressão de que havíamos dado um drible nas “grandes potências”, digno de Copa do Mundo, reforçaram a sensação de que estaríamos (no que não creio) nos bandeando para o “outro lado”. E em política internacional, mais do que em geral, cosi é (se vi pare).

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