sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

"Lula desmoraliza as instituições e a democracia; daí para o fascismo é um pulo", alerta Freire

Freire: Serra e Aécio vão corrigir rumos e reafirmar valores republicanos.

"Ele se acha acima da lei", disse o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, analisando a atitude do presidente Lula de desafiar o Congresso Nacional e o TCU (Tribunal de Contas da União) e decidir, autocraticamente, destinar dinheiro do orçamento para obras com irregularidades descobertas pela instituição. "Lula mostra que não é para fiscalizar, que a falta de controle é a regra; ele desmoraliza as instituições e a democracia; daí para o fascismo é um pulo".




Para Freire, "se o presidente dá esse sinal (de desrespeito às leis e às instituições), a sociedade também vai começar a formar seus comitês, como as tropas do fascismo, e fazer o que bem desejar, porque, como Lula, tem gente que acha que as instituições não têm importância". O ex-senador diz que estamos diante do ovo da serpente. Ele não acredita que haverá reação na volta do Congresso Nacional, que está em recesso, porque existe uma maioria governista.


Presidencialismo


"Se o Congresso não reage, a sociedade precisa reagir; senão, daqui a pouco veremos se esvair a liberdade de expressão e outras conquistas da democracia", adverte Freire. Ele contou que se esteve nesta quarta-feira (27) com o governador Aécio Neves e ficou feliz em saber que Minas Gerais será "um baluarte nessa campanha (eleitoral), porque é preciso corrigir rumos, reafirmar valores éticos, republicanos".


Na avaliação de Roberto Freire, atitudes como essa de Lula de desconsiderar o TCU e o Congresso, de agir como melhor lhe convém, são resultado do sistema presidencialista, que dá ao presidente poderes absolutistas.


"É bom saber que tanto Serra (governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB a presidente) quando Aécio são parlamentaristas; eles sabem que não podemos continuar a viver nesse presidencialismo que temos suportado, sujeito a ser comandado por um presidente dado ao deboche às leis, acostumado a desdenhar das instituições, acabar com a liberdade de imprensa".


Segundo auditoria do TCU, a refinaria de Abreu e Lima, cujos recursos estavam bloqueados e foram liberados pelo presidente, tem indícios de superfaturamento de R$ 96 milhões nas obras de terraplenagem e sobrepreço de R$ 121 milhões. Pela lei, ela não poderia receber mais dinheiro até que as irregularidades fossem sanadas. Outras obras, na refinaria de Presidente Getúlio Vargas (no Paraná); no terminal de escoamento do Barra do Riacho (Espírito Santo), e no complexo petroquímico (Rio de Janeiro), que estavam na "lista negra" do TCU por superfaturamento, gestão temerária e critério de medição inadequada também voltaram a receber dinheiro normalmente por decisão do presidente.

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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Conar e ESPM criam campanha falando sobre censura aos meios de comunicação

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Juventude do PPS é formada em São Valentim


A Juventude do PPS (JPS) aumentou a área de atuação no Alto Uruguai, sendo formada no município de São Valentim.O ato de constituição da JPS contou com a presença do deputado Luciano Azevedo, do prefeito em exercício de São Valentim, Valdir Remus (PPS) e do ex-vice prefeito Genoir Conci.

Cristiano Pacheco da Silva será o presidente da Juventude local, tendo como vice-presidente Rodrigo Rosset. O encontro demonstrou que os jovens estão empenhados em fazer o PPS crescer cada vez mais. Foram realizadas 29 filiações no ato.
O deputado estadual Luciano Azevedo (PPS) ressaltou a importância de o partido formar novas lideranças. “Esse é o objetivo do PPS quando cria a JPS”, destacou. Ele também desafiou as mulheres a criarem o PPS Mulher em São Valentim. “Lugar de mulher é na política”, disse o deputado.

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Estudo do Ipea mostra que desemprego entre jovens triplicou no Brasil



Nota da Redação: Na campanha presidencial de 2006, Lula prometeu criar 10 milhões de empregos. Agora, estudo do Ipea revela que o índice de desemprego triplicou entre os jovens. O discurso palanqueiro do presidente não resiste ao "dado concreto" do Brasil real. A falta de competência da administração do PT é clara e seus reflexos comprometem o futuro do país. Leia abaixo matéria de O Globo sobre o assunto.


Ipea: desemprego triplicou entre os jovens


Vivian Oswald

Estudo mostra que, entre 1987 e 2007, índice passou de 7% para 20% na faixa etária dos 16 aos 20 anos.


BRASÍLIA. Estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que é preocupante a falta de investimento na juventude brasileira. Um dos maiores desafios para o governo é lidar com o desemprego crescente entre os jovens e os efeitos que o problema terá no futuro deles. Na faixa etária dos 16 aos 20 anos, a taxa de desemprego passou de 7%, em 1987, para mais de 20%, em 2007. Na faixa dos 21 aos 29 anos, o desemprego mais que dobrou, passando de 5% para 11% no mesmo período.


Em 2007, havia 4,8 milhões de jovens desempregados, 60,74% do total de desempregados no país. O desemprego nesta faixa etária é três vezes maior que entre adultos. Especialmente elevado (19,8%) era o número de jovens que não estudavam nem trabalhavam.


Má qualidade do emprego também tem destaque Outro problema é a má qualidade do emprego oferecido aos jovens. Segundo o livro “Juventude e políticas sociais no Brasil”, do Ipea, 50% dos jovens entre 18 e 24 anos trabalham sem carteira assinada, assim como 30% da faixa entre 25 e 29 anos.


Os jovens se submetem a empregos piores e abrem mão de parte do período de educação.


— Quanto mais cedo se começa, menores as oportunidades pela frente — disse o diretor de Políticas e Estudos Sociais do Ipea, Jorge Abrahão de Castro.


O Ipea destaca que as décadas de 80 e 90 foram muito difíceis para juventude. Os empregos destinados aos jovens foram ocupados por pessoas mais velhas, principalmente nos bancos e na construção civil.


— Nunca tivemos décadas tão dramáticas para a juventude.Houve uma inflexão da inclusão do jovem no mercado de trabalho — disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann.


O estudo afirma que as ações do governo para os jovens não são coordenadas. Fenômenos como as altas taxas de evasão escolar, índices alarmantes de morte precoce ou a reprodução de desigualdades centenárias entre as novas gerações confirmam uma trajetória irregular e de fracassos na faixa etária entre 15 e 29 anos. Segundo o Ipea, o país não está tirando o melhor proveito do bônus demográfico que a onda jovem possibilita.


— O Brasil chegou um pouco tarde com políticas públicas para a juventude — diz Pochmann.


O livro diz que as políticas públicas federais “carecem de marco referencial mais coeso acerca do conceito de juventude”. Cada órgão busca tratar das questões que consegue identificar. Não há sequer uma faixa etária única.


— Avançou-se bastante nos últimos anos, mas as políticas para juventude padecem dos mesmos problemas de outras políticas: falta coordenação entre os níveis federal, estaduais e municipais — disse Pochmann.


O jovem pobre e negro é uma das maiores vítimas da atual falta de políticas específicas. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a população entre 15 a 29 anos era de cerca de 50,2 milhões em 2008 (26,4% da população total).


Desses, 30,4% podem ser considerados pobres, pois suas famílias têm renda familiar per capita de até meio salário mínimo. Na faixa entre 15 a 17 anos, apenas 48% cursam o ensino médio, o nível de ensino adequado à idade.


Na área rural, este índice não passa de 30,6%. Também é grande a população de jovens nesta faixa de idade que não concluiu o ensino fundamental: 44%. Outros 18% estão fora da escola.


As principais causas do abandono escolar, segundo o Ipea, são as oportunidades de trabalho para os jovens do sexo masculino (42,2%) e a gravidez para as moças (21,1%). O secretário Nacional da Juventude, Beto Cury, apontou uma série de programas do governo para os jovens e afirmou que fez-se mais pelo grupo nos últimos cinco anos do que nas últimas décadas.


O livro aponta violência e acidentes de trânsito como maiores responsáveis pelas mortes de jovens: “Os óbitos por causa violenta vêm aumentando seu peso na estrutura geral da mortalidade no Brasil desde os anos 1980, afetando, principalmente, jovens do sexo masculino, pobres e negros, com poucos anos de escolaridade, que vivem nas áreas mais carentes das grandes cidades do país

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