sexta-feira, 24 de outubro de 2008


Nos dias 6 e 7 de novembro o CCJ realizará o III Seminário Juventude e Políticas Públicas. Segue a programação abaixo e caso não consiga visualizar entre no nosso site: http://ccjuve.prefeitura.sp.gov.br

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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Presidente da UNE usa adesivo contra Gabeira em evento com Paes


Ernani Alves
Portal Terra - Rio de Janeiro

A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf, e outros integrantes da entidade participaram de um encontro com o candidato do PMDB à prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, com um adesivo contra seu adversário, Fernando Gabeira (PV). O evento ocorreu na noite desta quarta-feira, no restaurante Lamas, no Flamengo, na zona sul da cidade.

Os adesivos foram colados nas camisas dos estudantes com a frase "o que é isso companheiro?" sobre as fotos do candidato do PV, Fernando Gabeira, do prefeito César Maia, do governador de São Paulo, José Serra, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A parte inferior levava a inscrição: "Gabeira não".

Ao ser questionado sobre o fato, Eduardo Paes afirmou que a UNE tem o direito de livre manifestação. "A UNE pode se manifestar contrária a uma candidatura. Esse direito ainda está garantido no Brasil", declarou.

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Eita UNE chapa branca.
Diretas já!

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ibope aponta Kassab 17 pontos à frente de Marta em SP

Kassab oscilou de 51% para 53%, e Marta caiu de 39% para 36%.Margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais.

Do G1, em São Paulo

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (22) sobre o segundo turno das eleições em São Paulo mostra o prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), com 17 pontos de vantagem em relação à candidata do PT, a ex-prefeita Marta Suplicy.

No levantamento, encomendado pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, Kassab oscilou positivamente dois pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, de 51% para 53%, enquanto Marta caiu de 39% para 36%. Os brancos e nulos oscilaram de 6% para 8% e os que não sabem/não responderam, de 4% para 3%.

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terça-feira, 21 de outubro de 2008

PPS cobra maior regulação do sistema financeiro nacional

Agência Câmara

O líder do PPS na câmara federal, deputado Fernando Coruja (SC), cobrou do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, medidas mais rigorosas de controle do sistema financeiro nacional. Ele quis saber se já estão sendo estudadas medidas para obter maior controle, por exemplo, do mercado de derivativos, pelo qual as empresas fazem apostas com base na projeção do câmbio futuro. "Existe falta de crédito hoje no Brasil, na verdade, porque os bancos não sabem da saúde dessas empresas. Diversas, como a Aracruz, Votorantim e Sadia, apostaram nos derivativos e agora não sabemos o que está acontecendo com elas", questionou Coruja.

Para o deputado, há um descolamento entre o discurso das autoridades que admitem ser a pior crise da história mundial e as previsões para o futuro do Brasil. "Há uma venda de ilusão. Vejo otimismo exagerado do ministro prevendo um crescimento em 2009 de 4,5%.", acusou.

O ministro da Fazenda reconheceu o problema com os derivativos. "Não sabemos de fato o volume do prejuízo das empresas que fizeram dívidas com derivativos, mas todas as empresas citadas são sólidas e têm todas condições de negociar com os bancos", explicou Mantega. Ele, no entanto, garantiu que o governo não vai assumir prejuízos de empresas que fizeram aplicações de riscos. De acordo com o ministro, o governo já está com uma proposta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para exigir que as empresas sejam obrigadas a publicar em seus balanços as suas posições com derivativos. Mantega pediu ao Congresso mais contribuições para melhorar a regulação do mercado financeiro.

Em resposta à cobrança de mais austeridade fiscal feita pelo líder do Democratas, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), Mantega assegurou que o governo tem passado uma mensagem fiscal forte para os investidores, especialmente no fluxo dos investimentos. "Os gastos de custeio estão crescendo menos que o PIB e a arrecadação, estamos trilhando o caminho da responsabilidade fiscal, sim", garantiu o ministro.

Gastos com pessoal
Com relação aos gastos com pessoal, Mantega explicou que, embora não seja da responsabilidade do Ministério da Fazenda negociar os aumentos dos servidores, ele assegurou que esses gastos estão num patamar abaixo do de sete anos atrás em relação ao PIB. "Estamos hoje com 4,57 % do PIB, enquanto no governo anterior esse número era de 4,85%", apontou.

Guido Mantega negou que o governo não tenha se antecipado à crise. "Existe medida mais acertada que a de ter feito reserva em dólares?", questionou. Ele negou também que haja "crédito empoçado" na economia brasileira. "Nos EUA há porque muitas instituições têm ativos podres ocultos, há desconfiança lá. Aqui não", sustentou.

Quanto às previsões otimistas, Mantega admitiu que os economistas podem errar, mas lembrou que as previsões feitas pelos integrantes do governo nos últimos três anos foram mais precisas que as dos analistas de mercado. "Os analistas previam que o Brasil cresceria 3% em 2006 e o Brasil cresceu 3,8% como afirmávamos. Para 2007, falavam em 3% e 3,5%, falamos que seria 4,5%, o crescimento foi de 5%, tá tudo lá registrado", exemplificou.

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América Latina tem 10 milhões de jovens desempregados

Da EFE

Madri, 21 out (EFE).- Dos 106 milhões de jovens latino-americanos entre 15 e 24 anos, dez milhões estão sem emprego, enquanto os que não estudam nem buscam trabalho chegam a 16 milhões, segundo dados que serão apresentados na 18ª Cúpula Ibero-Americana, que acontecerá em El Salvador.

A cúpula, que acontecerá entre 29 e 31 de outubro, tem como tema central Juventude e Desenvolvimento. Além disso, esta será a primeira vez na qual os líderes da região ibero-americana poderão tratar de forma conjunta a crise financeira mundial.

Segundo documento ao qual a Agência Efe teve acesso, as mulheres jovens são as que têm empregos mais instáveis, menos seguros e são mais discriminadas no mercado de trabalho. Delas, 11% realizam trabalho doméstico.

O relatório destaca que "embora o desemprego entre jovens tenha diminuído, ainda alcança 19% da população ativa de 15 a 24 anos, quase o triplo em porcentagem do desemprego entre adultos".

Além disso, constata que "boa parte dos empregos" dos jovens "são precários e de baixa qualidade".

"Conciliar educação e trabalho é uma combinação adequada que permitirá desenvolver estratégias de inserção em nível individual", diz o documento que aconselha "melhorar a flexibilidade" do sistema educacional e laboral para unir as duas atividades.

Levando em conta que "até 2015 a América Latina terá um maior número de jovens entre 15 e 24 anos", este seria "um momento chave para implementar políticas inclusivas dos jovens, melhorando a qualidade da educação e articulando o elo entre educação e emprego".

O relatório destaca ainda que, segundo a Organização Internacional de Trabalho (OIT), caso o desemprego entre os jovens diminuísse pela metade, o Produto Interno Bruto regional cresceria entre 5% e 7%.

As análises de indicadores mostram "grandes diferenças" entre jovens rurais e urbanos, pois 23% do primeiro grupo completaram os estudos contra 56% do segundo, assim como entre indígenas (35%) e não-indígenas (50%).

O estudo mostra o elevado número de jovens que não estudam nem trabalham, 18% de entre 15 e 19 anos, o que representa "uma situação de exclusão e falta de sentido de pertinência", com um maior perigo de terem condutas violentas.

Sobre estes jovens, o documento afirma que eles "constroem suas identidades a partir de perspectivas de conflito, através do consumo de drogas e da violência para se fazer respeitar" e não conseguem se adaptar aos sistemas educacionais.

Ao abordar as respostas, o relatório afirma que nas reuniões preparatórias "houve acordo em ressaltar que a via repressiva não é eficaz e que as políticas de tolerância zero falharam", o que torna necessário "conseguir desarticular os grupos violentos ao mesmo tempo que se deve impulsionar políticas de prevenção e reinserção". EFE

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Dois "obamas": Gabeira e Kassab

ARNALDO JABOR

Nos velhos tempos do Partidão, o PCB, havia o conceito de "massa atrasada". Assim eram chamados os militantes que ainda não eram batizados pelas luzes salvadoras de Lenin ou Stalin, para fazer com fé e preparo a "revolução brasileira", esse milagre que nunca chegou. Hoje, a "massa atrasada" continua sendo o alvo da velha política brasileira e une tanto o populismo de direita do Rio como o populismo de esquerda de São Paulo. No entanto, as eleições para as prefeituras de São Paulo e do Rio talvez inaugurem uma nova lucidez política pelas "massas atrasadas" ou massas iludidas ou massas do "chopinho" ou massas de manobra de supermercados evangélicos. É uma ilação arriscada, mas o fenômeno Barack Obama, com seu bordão de "mudança", pode ter uma sutil influência nas prováveis vitórias de Gabeira e Kassab. Há algo novo nesta disputa; estamos entendendo que a competência de uma administração pública é mais importante que ideologias, que a eficiência presente conta mais do que o velho conto do vigário do "futuro"; gestão, em vez de revolução. Bush sujou o nome da América e Obama nasce desse vexame de oito anos.

Gabeira e Kassab podem ser dois "obamas". Este artigo é uma adesão explícita aos dois candidatos, não porque prefiro branco ou preto, "fla ou flu", fulano ou sicrano, mas porque sou um cidadão preocupado com o delicadíssimo momento da vida brasileira, em que práticas maléficas por roubalheiras cariocas e utopias paulistas têm de ser apontadas. Há semelhanças entre Gabeira e Kassab. Gabeira pode desconstruir uma velha mentira carioca e Kassab, uma recente mentira paulista. Gabeira será uma interrupção nas décadas da sordidez populista que regem o Rio, será um "break" nos resquícios de chaguismo, de moreirismo, de brizolismo, de garotismos e da grande anomalia que foi César Maia, o prefeito que virou blog. Além da política, Gabeira é uma mudança cultural. Em São Paulo, o perigo era outro (creio que afastado): se Marta fosse eleita, a cidade congestionada de problemas urgentes seria apenas um trampolim ideológico para fortalecer o PT nas eleições de 2010, para o que restou da gangue bolchevista que o salvador Jefferson devastou. Os petistas sempre desconfiaram da democracia "burguesa", usando-a como um "meio" para chegarem a um poder enfeitado pelas jóias falsas de um socialismo imaginário.

E pior: como se acham "acima" do mundo "burguês", podem cometer todas as sacanagens, justificadas pelo "ideal": acham que o mensalão foi necessário, pois assim funciona o sistema burguês, que as alianças mais sujas são inevitáveis e têm até uma visível volúpia "revolucionária" (quase sexual) em se aliar com o mal em nome do bem. Fingem ignorar crimes políticos, como vimos nos últimos anos. Sindicatos acabam de provocar quase uma invasão do palácio do governo de São Paulo, sob o comando de Paulinho da Força, usando a Polícia Civil para dissolver as acusações que pendem sob si; Lula pode defender Marta, depois de sua gafe contra Kassab, dizendo que ela é que é vítima de preconceito, como ele foi por não ter diploma, tática tradicional do PT desde que entrou no poder: a vítima é o réu ou vice-versa. Kassab é a vitória do útil, do concreto sobre o abstrato porque, se o Rio foi corroído por décadas de corrupção, moleza e burrice, São Paulo é visto pelo PT como um "meio" para algo mais que não está ali.

Para eles, a democracia não é um fim em si mesma. E as prefeituras também não. Vêem com desprezo o conceito de "administração", que acham algo "menor", até meio reacionário, pois administrar é manter, preservar, em suma, "coisa de capitalistas". Kassab pensa no presente. Sua ideologia vem das coisas, das ruas, dos meio-fios, dos centros degradados pelo "crack", vem dos imundos "outdoors" que enfeiavam a cidade, veio da clareza de que São Paulo precisava ser limpo, que re-capear 1.300 km de estradas é mais importante que bravatas ideológicas, que pavimentar periferias é mais "de esquerda" que chorar pela sorte dos miseráveis, que subprefeitos têm de ser técnicos e competentes, em vez de "comissários do povo" pelegos enfurnados em "boquinhas" do Estado. Gabeira eu conheço há 40 anos. E não é por isso que voto nele, pois também conheci muito vagabundo nesse tempo. Gabeira vai além de partidos ou ideologias fixas. É uma pessoa em transe. Houve vários "gabeiras". Na ditadura, sua passagem pela luta armada teve a marca da imaginação - o caso do embaixador norte-americano inovou métodos em toda a esquerda mundial.

Exilado, atualizou-se no exterior, percebendo outros níveis de luta política que agregavam comportamentos sociais, sexuais, ecologia, direitos humanos e a realidade do mercado. Em suma, ele entendeu que o pensamento político "dedutivo", genérico, não levava a nada, que ideologias têm de surgir dos fatos a resolver e não o contrário. Sempre teve uma visão quase "artística" da política, até o dia em que botou o dedo na cara do Severino Cavalcanti, aquele que levava bola dos garçons do restaurante da Câmara e que Lula não teve vergonha de apoiar agora. No Brasil de hoje, pós-ideológico, emergente, as prefeituras têm um papel purificador. Podem ser as células-tronco de um pais infeccionado pelo clientelismo e pelo aliancismo torpe. As prefeituras são laboratórios de democracia e imaginação criadora. Artistas e intelectuais cariocas têm de se mexer agora, botar a boca nas ruas, pois a vitória de Gabeira ainda não é certa. Gabeira e Kassab tem de ser eleitos... Não apenas para melhorar as cidades a que presidirão, mas para haver um sopro de oxigênio na velha esquerda ou na velha direita, que, como escreveu Norberto Bobbio, se igualam pelo ódio à democracia.

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São Bernardo do Campo = PPS Dividido

Alex pede licença da Assembléia para se dedicar à campanha do PT

Rita Donato
Do Diário do Grande ABC

Derrotado no primeiro turno, o ex-candidato a prefeito de São Bernardo pelo PPS, Alex Manente, solicitou licença da Assembléia Legislativa para se dedicar à campanha petista. O requerimento foi encaminhado à Casa segunda-feira, uma semana após o deputado estadual firmar a esperada aliança com o prefeiturável Luiz Marinho (PT).

Considerado o principal cabo eleitoral do grupo oposicionista - que também conseguiu capitanear o apoio do PTdoB -, o parlamentar justificou o afastamento tardio alegando a necessidade de "maior empenho" no processo eleitoral no segundo turno. O esforço redobrado ao qual se refere é para tentar transferir ao novo aliado os 12,24% dos votos válidos que obteve nas urnas.

"Decidi me afastar porque faltam 12 dias (hoje faltam 11) para escrever uma nova fase na história da cidade", argumentou, referindo-se à possibilidade de o PT vencer a eleição e desbancar o time governista, que reveza o poder há 12 anos. "Não poderia me ausentar no momento em que será decidido o destino político de São Bernardo. Meus eleitores merecem esse comportamento respeitoso."

Embora não tenha demonstrado o mesmo "respeito" com o seu eleitorado durante os três primeiros meses de campanha - quando concorria ao pleito e não se afastou da função -, Alex ressaltou que a ação foi articulada com a liderança do PPS. "Estive na Assembléia na (última) quarta-feira, conversei com meu líder e como não havia nenhuma votação relevante, optei pela licença."

Indagado sobre o motivo pelo qual não pediu a licença enquanto concorria ao Paço, o deputado garantiu não ter "sentido tal necessidade", já que, segundo ele, as discussões na Casa não avançaram por conta da ausência de vários parlamentares que disputavam cadeiras de Executivos. "Todas as terças e quartas-feiras (dias de votação) marcava presença, mesmo com poucas discussões. Não existia necessidade (de pedir a licença) porque não houve avanço nos debates."

Sem receio de que sua postura ressalte os rumores sobre a suposta união com Marinho antes mesmo dos registros das candidaturas, o popular-socialista admitiu maior comprometimento com a nova fase da campanha. "Estou mais feliz do que quando buscava votos para minha candidatura."

Embora a Assembléia não tenha liberado a lista de presença dos deputados - que não garante a permanência no plenário -, parlamentares afirmaram que na última semana Alex não foi visto nos corredores da Casa.


Comando do PSDB traz apoio em bloco

www.jornalabcreporter.com.br
Da redação

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, garantiu seu apoio ao candidato a prefeito em São Bernardo, Orlando Morando (PSDB). "Ele é um grande candidato, subestimá-lo é um erro". Com discurso inflamado, ele salientou seu apoio à candidatura de Morando, em evento que reuniu a cúpula nacional do partido, na manhã de ontem. Entre os presentes estavam o presidente estadual do PSDB, deputado Antonio Carlos Mendes Thame; o ex-ministro da Educação, deputado Paulo Renato; o secretário geral do partido em São Paulo, César Gontijo; os deputados federais Duarte Nogueira, William Woo, Antonio Carlos Pannunzio; além dos presidentes de diretórios do ABC.

Concretizando a formação de uma frente nacional anti-PT, Guerra fez um comparativo entre a campanha municipal e a "federal". "São Bernardo tem uma campanha limpa, de mãos limpas e é com essas mãos que Morando vai governar a cidade". Para ele o dinheiro declarado na campanha do sindicalista Luiz Marinho (PT), R$ 15 milhões, vem de fontes duvidosas.

"Esta campanha é milionária, eles não vão gastar o dinheiro que acumularam em campanha política". Para Guerra, o PSDB enfrenta "um governo que não tem limite, usam dinheiro, usam polícia e outros meios para confundir o eleitor. O PT tem horror à democracia, mas o que vale é a vontade do cidadão".
Orlando Morando, que estimou seus gastos em R$ 6 milhões e, até agora não chegou a metade do valor, acredita que a campanha está sendo desleal. "O volume financeiro aplicado aqui é desproporcional. Existe um tsunami financeiro na cidade feito pelo PT", disse. "Superar esta máquina financeira e violenta, não é fácil. Isso não é democracia, é ditadura da minoria", completou.

"Nós precisamos redobrar a luta para irmos rumo à vitória. É a vitória contra a máquina federal, contra o presidente Lula que se esquece da crise que o país atravessa para fazer campanhas municipais", completou o deputado Paulo Renato.

Orlando agradeceu o apoio dos sete partidos aliados durante o primeiro turno, que fizeram 12 cadeiras na Câmara Municipal e aos cerca de 50 candidatos que eram ligados a partidos da base do candidato derrotado nas urnas, Alex Manente (PPS).

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domingo, 19 de outubro de 2008

Datafolha: Paes e Gabeira continuam empatados no Rio

TALITA FIGUEIREDO
Agencia Estado

RIO - Pesquisa Datafolha divulgada hoje mostra que os candidatos à Prefeitura do Rio continuam tecnicamente empatados. Fernando Gabeira (PV) aparece na frente com 44% das intenções de voto, ante os 43% apurados na primeira pesquisa do segundo turno e divulgada no último dia 9. Eduardo Paes (PMDB) tem 42% das intenções de voto, também um ponto percentual a mais do que foi divulgado no dia 9. A margem de erro da pesquisa de é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa mostrou também a migração dos votos de Jandira Feghali (PC do B) e de Marcelo Crivella (PRB), que disputaram as eleições no primeiro turno e declararam apoio ao peemedebista. Segundo o Datafolha, 49% dos eleitores de Crivella pretendem votar em Eduardo Paes - na primeira pesquisa eram 39% - e 27% em Gabeira (ante os 33% divulgados dia 9). Já dos eleitores que declararam terem votado em Jandira no primeiro turno, 57% declararam que vão votar em Gabeira (ante os 50% da primeira pesquisa), e 31% em Paes, ante os 35%.

Segundo a pesquisa, encomendada pela Rede Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo, os votos em branco e nulos somam 7%, e outros 7% dos entrevistados não responderam ou não decidiram em quem votar. O Datafolha entrevistou 1311 eleitores entre os dias 16 e 17 de outubro.

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A bestialidade eleitoral

Gaudêncio Torquato
Jornal "O estado de São Paulo"

O que leva uma pessoa culta a agir de maneira inculta? Ou, ainda, o que leva o ser humano a ultrapassar a linha de valores que o cerca?

A indagação, sempre freqüente na mesa das discussões filosóficas desde os tempos da Antiguidade, está na ordem dia deste segundo turno das eleições municipais e se faz presente nas agressões cometidas por candidatos, alguns com histórias bem pontuadas no campo dos direitos humanos. As respostas para explicar a agressividade humana apontam para muitas direções, a partir do desespero dos personagens, como o caixeiro-viajante de Arthur Miller, que, ao ser despedido do emprego, descarta a própria vida e comete suicídio. Mas o lobo de Thomas Hobbes é a configuração mais recorrente para explicar a barbárie humana. Acuado pelo meio, premido pelas circunstâncias, o homem luta para descartar seu próximo: "O homem é o lobo do homem." O que o leva ao extremo? Angústia, desespero, vaidade, desprezo, insegurança, abandono, medo, orgulho, paixão, vingança, entre outros fatores.

Fixando essa planilha na equação eleitoral, é fácil chegar à ilação de que o medo de morrer politicamente ou mesmo aparecer de cara quebrada na foto pós-eleitoral ativa os instintos dos atores ameaçados, motivando-os a empregar a máxima maquiavélica "o fim justifica os meios". Esta abordagem psicológica talvez seja adequada para explicar a pergunta sórdida que a psicóloga Marta Suplicy fez, em seu programa eleitoral, sobre a condição civil do opositor, o prefeito Gilberto Kassab. Receosa de uma derrota, que poderia estreitar os caminhos do seu futuro, a candidata não hesitou em se valer do instinto de lobo, esquecendo o passado de sexóloga e apagando de sua história as batalhas que enfrentou na frente dos direitos humanos, sendo ela mesma vítima de preconceitos.

No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, as agressões entre candidatos também acirram a disputa, escancarando o fato de que a política é, por excelência, a arena dos lobos mais sanguinários, a confirmar o preceito napoleônico de que a essência da política é a mesma do poder militar, a destruição do inimigo, e também a mesma do general prussiano Klaus Von Clausewitz, de que "a guerra é a continuação da política por outros meios".

O espetáculo de vileza proporcionado pela disputa eleitoral chama a atenção para alguns aspectos. Os valores sagrados e consagrados nas Cartas Constitucionais - a partir do direito à privacidade - são arquivados no baú das conveniências. A condição humana é ofuscada pela irracionalidade sanguinolenta. A indagação da candidata petista, se Kassab é casado e tem filhos, é eivada de maldades. A sordidez consiste numa insinuação que abre nuvens de conotações, até porque, no plano denotativo, o prefeito já afirmara, em entrevistas, sua condição de solteiro sem filhos. A semente destrutiva jogada no campo associativo-cognitivo das massas tem como finalidade a proliferação de inferências, partindo-se do apontamento dos modelos matrimoniados como os exemplos ideais para se chegar à conclusão: solteiro sem filhos não serve para comandar a maior metrópole do País.

No Rio, os candidatos Eduardo Paes e Fernando Gabeira também se digladiam com as armas dos achaques pessoais, recheadas de munição do passado e tentativas de jogar pobres contra ricos, o velho contra o novo, subúrbios contra bairros de elites. Em Belo Horizonte, a campanha igualmente entra nas certidões de nascimento para exibir a bandeira do "rapazinho" contra o "velhinho".

O paradoxo que chama a atenção é o que cerca Marta Suplicy, de perfil progressista e inovador. Sua história, vale reconhecer, endossada pela condição de sexóloga e psicóloga, prima por se identificar com a causa das minorias étnicas e de movimentos libertários, particularmente as associações de defesa dos homossexuais. Como se explica a propaganda na contramão de sua trajetória? Como coexistem a defensora dos direitos humanos e a questionadora de um solteiro sem filhos que se candidata ao cargo de prefeito de São Paulo? Causa estranheza o fato de que o braço direito de Lula, o assessor Gilberto Carvalho, atuando na linha de frente da campanha petista, também defende a estapafúrdia pergunta. Teria ele se dado conta de que os estilhaços desse tresloucado tiroteio batem na digna ex-prefeita Luiza Erundina, eleitora da candidata?

Está em xeque a forma exacerbada de marketing que João Santana, o marqueteiro do presidente, ainda pratica. Como se sabe, as campanhas eleitorais do Brasil têm sido contaminadas por um viés que privilegia a forma em detrimento do conteúdo, apela para a emoção das massas, fabrica factóides, jogando nas nuvens as promessas mirabolantes. Santana continua a aplicar as lições aprendidas com seu mestre, Duda Mendonça. Que importa se a pergunta se veste ou não com o manto ético? O que importa é ver um eleitor preso na teia psicológica e disposto a aceitar a ordem imposta pelo marketing. E a ética? Ah, é um bicho abstrato que só interessa a intelectuais.

Acontece que esse bicho faz coceiras e deixa marcas indeléveis sobre a pele de certos candidatos, marcando-os por toda a vida. As marcas aprofundam o chamado fenômeno da rejeição. Há perfis, como de Paulo Maluf, que exibem sinais fortes da coceira. Já a candidata Marta, cuja rejeição se tem mantido na alta faixa dos 35%, apenas reforça convicções já formadas em torno de seu conceito quando mantém postura rancorosa, a denotar prepotência. Rejeição é um composto que agrega história pessoal, forma de apresentação e expressão, além do palco onde circula o ator político. Não é da noite para o dia que a coceira vai embora. Pomadas cosméticas de propaganda podem aliviar, mas não curar a doença. Uma frase mal pronunciada, um trejeito, uma pergunta discriminatória recompõem as feridas que enfeiam o corpo.

O eleitor sabe distinguir a identidade, coisa real, da imagem, sombra artificial.

Gaudêncio Torquato, jornalista, é professor titular da USP e consultor político

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Kassab tem 16 pontos de vantagem sobre Marta em SP, diz Datafolha

Kassab oscilou de 54% para 53%, enquanto Marta permanece com 37%.Margem de erro da pesquisa é de 2 pontos para mais ou para menos.

Do G1, em São Paulo

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (17) mantém o atual prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), em vantagem em relação a Marta Suplicy (PT) nas intenções de voto para o segundo turno em São Paulo.

Kassab oscilou negativamente um ponto, de 54% para 53%, enquanto Marta permanece com os mesmos 37% do levantamento anterior. Os votos brancos e nulos somam 6%, enquanto os eleitores que não sabem totalizam 4%.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Isso quer dizer que Kassab pode ter entre 52% e 56% e Marta, entre 35% e 39%.

Na pesquisa, contratada pela TV Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo", o Datafolha ouviu 1.979 eleitores na cidade de São Paulo entre quinta-feira (16) e sexta-feira (17).

O levantamento está registrado no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) sob o número 04000108-SPPE.

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Política partidária x juventude


Arthur Conceição
http://www.parana-online.com.br

Lamentavelmente, a juventude brasileira se afasta cada dia mais da política partidária e de entidades que tratam sobre temas de relevância da política nacional, sejam elas associações de estudantes, sejam de bairro ou qualquer outra que tenha finalidade de se posicionar quanto à política vigente do País. Atualmente, temos 12,3 milhões de filiados em partidos no Brasil num total de 124 milhões de votantes, sendo que apenas 575 mil jovens na faixa de idade 16 a 24 anos estão filiados alguma agremiação partidária. Portanto, essa faixa etária de filiados corresponde por apenas 4,7% daqueles que têm alguma inscrição de filiação política. Para podermos fazer um comparativo sobre a participação de jovens no processo político nacional, devemos levar em conta os dados do primeiro voto que foi liberado em 1992. Nesse ano, estavam registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 3,2 milhões de votantes. Hoje temos apenas 2,2 milhões desses aptos a votar, qual corresponde a uma redução de 31,1%. Precisamos colocar na balança que a população da faixa dos 16 a 18 anos aumentou em 19%, segundo os dados do IBGE.

A grande culpa na diminuição da participação dos jovens no contexto da política nacional é dos próprios partidos políticos, que não possuem nenhum programa para estimular a juventude a assumir cargos internos nas siglas partidárias. Os que participam mais intensamente são parentes de políticos que dominam e repelem uma participação mais popular e democrática de pessoas estranhas ao quadro histórico da agremiação. Essa grave situação reflete nas câmaras municipais e nos parlamentos estaduais. Estamos criando um círculo vicioso que rompe com toda uma cultura política de participação popular. No colégio e nas faculdades, não existem atividades que tratem de assuntos sobre a história dos partidos políticos. Hoje, falar qualquer assunto sobre agremiações partidárias perante a sociedade civil não soa muito bem, e só nos traz lembranças de corrupção. O que está encravado na nossa sociedade é uma verdadeira apatia sobre o assunto referente a política partidária. Mas a sociedade brasileira não pode esquecer que o caminho para a conquista do poder depende dos partidos políticos, pois eles são instrumentos de fato para o exercício da democracia representativa.

Se os partidos não forem capazes de perceber que não devem somente disputar o poder, e sim procurar ser parte de um todo, vamos perder o trem da história. Eles possuem um papel fundamental para a organização social. É inconcebível negar o poder de fogo dos partidos perante questões ideológicas e de mobilização. O grande mal é que seus dirigentes não estão aperfeiçoando uma linguagem e um comportamento mais globalizado de suas atividades. Ainda são usados métodos e comportamentos antigos de manipulação que a sociedade não atura mais. Os partidos não representam mais a vontade das comunidades e do povo em geral. São dominados por grupos econômicos que sustentam currais de velhos políticos, do qual há anos estão no poder e não aceitam mudanças. O exercício da liderança não deve homogeneizar o sonho e nem diluir as diferenças. Todas as comunidades e, principalmente seus filiados, não têm espaço de sonhar diversificadamente, devido à certas imposições que não unem e nem aproximam as pessoas.

A cada ano que passa as agremiações partidárias estão deixando de falar a língua da sociedade e só defendem o interesse de uma minoria para o bem de um grupo dominante. Nas atuais proporções do problema que enfrentamos é necessária uma reforma política urgente quanto à organização das agremiações partidárias. O que o TSE está fazendo quanto as regulamentações e julgamentos, de fato exerce diretamente a atividade legislativa. Não vemos punições aos partidos que, de certa forma, brincam e manipulam a sociedade com o jogo de poder. Todos esses fatores influenciam nos movimentos sociais quanto à participação da juventude. Criamos uma simbiose de apatia pela política nacional, deixando os lobos cuidarem dos cordeiros. Não devemos culpar o jovem, e sim o sistema que não lhe proporciona caminhos para participar de atividades políticas partidárias ou de outras que envolvam política.

Os orkuts da vida, as salas de bate-papo e demais ferramentas cibernéticas passam a ser mais interessante do que discutir política. Mas nada deve ser comparado à prática e à vivência comunitária voltada as atividades sociopolítica. Hoje, devido à forte influência dos viciados e contaminados partidos políticos, o movimento estudantil perdeu sua essência quanto à luta, e da mesma forma estão alguns sindicatos e outros setores do movimento social.

A última pesquisa divulgada sobre o comportamento político encomendada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que foi realizado pelo Instituto Vox Populi, os entrevistados concordam que 82% dos políticos não cumprem as suas promessas de campanha e 85% afirmaram acreditar que a política beneficia apenas os políticos, e não o povo. Portanto, isso prova que não temos um programa de partido e sim personalista e a vontade dos filiados não prevalece na pauta destes políticos. A pesquisa foi realizada em todo o Brasil com pessoas a partir de 16 anos. Se não acontecer de vez uma reforma partidária num futuro bem próximo, abriremos brechas para pessoas mal-intencionadas buscarem o poder, como aconteceu nessa eleições municipais.

Arthur Conceição é cientista político, jornalista e articulista da revista Bem Público.

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Vereador gasta em média R$ 1 milhão para se eleger em SP


Portal Terra


SÃO PAULO - Pode ter custado em média R$ 1 milhão a campanha de cada um dos 55 vereadores eleitos ou reeleitos para a Câmara de São Paulo, segundo reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo. Esse valor seria suficiente para pagar os salários brutos de um parlamentar durante 9 anos de mandato.

A reportagem mostra que com salário de R$ 9.288,00 sem os descontos, vereador acumula um ganho bruto de R$ 445.834,00, durante os quatro anos de mandato. O prazo para que os vereadores apresentem a prestação de contas é 4 de novembrro.

Alguns vereadores já sabem o tamanho da conta, diz o jornal. Milton Leite (DEM) calcula o custo da própria campanha em R$ 1,7 milhão. Eleito em quarto lugar com 80.051 votos, é apontado pelos colegas como um dos que mais empregaram recursos para se reeleger. De acordo com o jornal, cada voto saiu a um custo de R$ 21.

Até 6 de setembro, Leite tinha arrecadado R$ 1,06 milhão para cobrir as despesas. Desse valor, R$ 982 mil foram obtidos com doações de pessoas físicas e jurídicas. Outros R$ 200 mil foram de recursos próprios, aponta o jornal.

O vereador Milton Ferreira, do PPS, eleito com o menor número de votos (14.874), estima uma despesa entre R$ 200 mil e R$ 300 mil. - Faço trabalho social há anos e não precisei gastar muito.

Ainda assim, cada voto recebido custou R$ 20, quase o mesmo custo que o da campanha mais cara.

Consultados pelo jornal, poucos vereadores quiseram falar sobre as contas da campanha eleitoral. A assessoria do vereador mais votado, Gabriel Chalita (PSDB), que recebeu 102.048 votos, informou que os gastos ainda não foram fechados. Na parcial de 6 de setembro, o candidato estava em 15º lugar em custo de campanha entre os eleitos.

Entre os 10 que mais tiveram gastos, seis são do PT, segundo o jornal. Um deles, o vereador Arselino Tatto, estima despesas de pelo menos R$ 800 mil. - Está dentro do padrão - comentou.

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