sexta-feira, 2 de julho de 2010

Empate entre Serra e Dilma permanece, aponta Datafolha


FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

Depois das convenções que oficializaram suas candidaturas à Presidência e às vésperas do início oficial da campanha eleitoral, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) estão tecnicamente empatados, segundo pesquisa Datafolha realizada ontem e anteontem em todo o país.

O tucano tem agora 39%, contra 38% de Dilma. Marina Silva (PV) aparece com 10%.

Entre os 2.658 entrevistados, 5% responderam que pretendem votar em branco ou nulo. Outros 9% disseram não saber. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O quadro mostra pouca variação em relação a 20 e 21 de maio, quando Serra e Dilma tinham 37% e Marina, 12%.

Em junho, Serra concentrou aparições em programas de TV de 10 minutos do PSDB, do PTB e do PPS, partidos que o apoiam. Também teve alta exposição em propagandas curtas de rádio e TV dessas legendas.

Em maio, o levantamento foi produzido após Dilma Rousseff também estrelar propagandas do PT.

Em maio, 29% diziam ter visto algum comercial do tucano nos 30 dias anteriores. Agora, 50% responderam "sim" à mesma pergunta.

Já em relação a Dilma, em maio 37% diziam ter lembrança de comerciais da petista nos 30 dias anteriores à pesquisa. Agora, o percentual é próximo: 34%.

O PT usou vários horários regionais de sua propaganda partidária para manter Dilma em evidência em junho.

ESPONTÂNEA

Um resultado da maior exposição de Serra em junho fica evidente no levantamento espontâneo, quando os entrevistados dizem em quem pretendem votar sem ver uma lista de nomes.

Há um mês, o tucano tinha 14% na pesquisa espontânea. Subiu agora para 19%. Dilma estava com 19% e foi a 22%. Marina manteve 3%.

Nesse quesito, Dilma tem ainda potencialmente a seu favor os 5% que não sabem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se reeleger e declaram voto nele.

Há também 4% inclinados a votar em quem Lula indicar e 1% no "candidato do PT".

Serra manteve a maior rejeição, com 24% dizendo que não votariam nele de jeito nenhum, mas a taxa teve leve queda: era de 27% em maio. Dilma se manteve com 20% de rejeição. Marina tem 14%, mesmo índice anterior.

No cenário em que são incluídos os candidatos "nanicos", o empate se mantém: Serra tem 39% e Dilma, 37%. Marina vai a 9%.

Apesar do empate, Dilma lidera quando o eleitor é questionado sobre a expectativa de vitória. Para 43%, Dilma será eleita, contra 33% dos que apostam em Serra.

Houve também estabilidade do cenário de eventual segundo turno. Serra aparece com 47% e Dilma com 45%. Em maio, o tucano registrou 45% contra 46% da petista.

Dilma continua tendo suas melhores taxas no Nordeste, onde subiu de 44% para 47%, e Norte/Centro-Oeste, onde foi de 40% para 42%.

Já Serra está melhor no Sul, onde sua intenção de voto subiu de 38% para 50%, e no Sudeste, onde tem 43%, contra 40% de maio.

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quinta-feira, 1 de julho de 2010

CONVITE


FAP

Fundação Astrogildo Pereira


São Paulo, 25 de junho de 2010


Estimados Companheiros

 
A FAP / SP entrou em um campo para colaborar com as jogadas da Fundação Nacional e também fazer seus próprios dribles. Assim além de apoiar os esforços da Diretoria Nacional, particularmente na distribuição da revista e dos livros, pretendemos aqui em São Paulo realizar uma série de debates presenciais / virtuais sobre Políticas Públicas.


A idéia é realizarmos encontros mensais sobre determinados temas debatidos a partir da exposição de um especialista. Após o debate o expositor formulará um texto que será colocado em debate no nosso site.

O chute inicial será dado por Martinelli que nos virá provocar sobre o crítico tema do Transporte Público em São Paulo. Nosso primeiro encontro se realizará no Hotel Pergamon, Rua Frei Caneca, 80 às 19h00 do dia 5 de julho.

O Martinelli é engenheiro do ITA que do transporte aéreo aterrisou nos corredores da capital. Foi Diretor da SPTRANS na Gestão Serra / Kassab e é consultor internacional em sistemas de bilhetagem e controles eletrônicos no transporte urbano.

Contamos com sua presença. Sinta-se livre para convidar quem você achar conveniente.

 
Aquele abraço



Marco Antônio Coelho

Presidente

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terça-feira, 29 de junho de 2010

Convenção Nacional do PPS

                        
A Convenção Nacional do Partido Popular Socialista (PPS), realizada no Hotel Guanabara, centro do Rio, formalizou a candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência da República. O nome de Álvaro Dias, indicado para ser o vice do candidato tucano, também recebeu o apoio do partido no evento que contou com a participação de mais de 500 pessoas. O presidente do PPS, Roberto Freire, fez duras críticas ao Presidente Lula, citando, por exemplo, as consecutivas multas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por propaganda antecipada para sua candidata. Freire também lembrou que foi neste mesmo hotel (Guanabara) onde o partido em 2004 decidiu romper a aliança com o governo do presidente Lula por discordar dos rumos que o PT tomou depois de chegar ao poder. E que, a partir daquele instante, “começava a formação da aliança com os tucanos”.
O candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira, criticou o Governo do PT. “Regredimos politicamente. Políticos hoje são mal vistos porque estão interessados em problemas pessoais. Perdemos o contato com os valores”, disse o candidato do Partido Verde.
   Gabeira pediu um minuto de silêncio para as vítimas das
   chuvas em Pernambuco e Alagoas.

Soninha Francine, a única mulher na bancada, ressaltou as qualidades na conduta de José Serra, mesmo tendo sido, como vereadora, parte da oposição de seu governo enquanto ele era prefeito de São Paulo. Francine enunciou os motivos para o seu rompimento com o PT, assim resumidos: um partido antes de intolerância e rigor com os desvios de conduta dos outros, e hoje de reação apática em relação às denúncias dentro de suas fileiras, depois que chegou ao poder. O partido intransigente e que se recusava a fazer tipos de alianças e reformas, e que, hoje, em nome da governabilidade, passou a fazer todo e qualquer tipo de acordo, não importa qual. Lembrou também que as políticas compensatórias criadas no Governo anterior (Programas de Bolsa), eram amplamente criticadas, quando na oposição. E que hoje o Governo Lula se gaba de ter aumentado o alcance do Programa, quando deveria, isso sim, festejar se os índices mostrassem que menos gente depende de tal auxílio. “Políticas emergenciais serão necessárias nesse país ainda por um bom tempo DESDE QUE a gente tenha muito claro qual é a porta de saída para a autonomia e a independência”, sentenciou a partidária do PPS.
Em seu discurso, Stepan Nercessian pronunciou críticas ácidas à forma como se faz política muitas vezes no Brasil, tratando os eleitores como massa de manobra. Stepan disse que quem está no PPS, não está atrás de facilidades, todos têm uma história de luta, que as conquistas de cada um ali presente são fruto de muito trabalho, exemplos de perseverança. “Nós somos pessoas que estamos na política porque somos pessoas que gostamos e honramos a política. Nós fazemos a política muitas vezes para combater a politicagem. E fazer política nunca foi fácil em lugar nenhum do mundo, e muito menos aqui no Brasil. Existe um trabalho enorme para todos nós candidatos que é despertar de novo em cada cidadão o minimo de crença de que estamos na política, não para fazer politicagem, mas para fazer o Brasil voltar a pensar. Pensar é refletir, conhecer, se aproximar do conhecimento. Significa que você pode ter uma idéia própria. E quem está no poder frequentemente se sente ameaçado diante de novas consciências”, concluiu o vereador Stepan Nercessian.
                          

                                                                                                    


   


por Raphael Oliveira




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segunda-feira, 28 de junho de 2010

DILMA E A OPINIÃO ERRÁTICA SOBRE O ABORTO

É impressionante a dificuldade de alguns políticos de se posicionar sobre certos temas. É o caso do aborto. O problema é que têm receio de afrontar o eleitor, mas também não querem comprar briga com o jornalismo politicamente correto — já que defender o aborto passou a ser um dos índices de correção política…

Dilma foi indagada no Roda Viva se era favorável à descriminação do aborto. E aí veio aquela cascata de sempre:
“Nenhuma mulher pode ser favorável ao aborto, mas eu defendo que as mulheres tenham direito à assistência pública”.
Até aí, ok. Em quais casos? Ora, naqueles permitidos em lei: estupro e risco de morte para a mãe.

Ora, isso é o que já está garantido. É uma pena que os jornalistas não tenham lembrado uma entrevista de Dilma à revista Marie Claire, de 2007. Ela defendeu a descriminação do aborto. E ponto final. O que mudou?

Também não lembraram o Programa Nacional-Socialista dos Direitos Humanos, que trazia a descriminação do aborto como diretriz. Como se trata de um decreto, quem deu forma final ao texto foi a Casa Civil. E a titular era Dilma Rousseff.

Assim, há o que Dilma pensa sobre o aborto na boca da urna e há o que… Dilma pensa sobre o aborto. No período eleitoral, achou mais conveniente esconder o que pensa.


Por Reinaldo Azevedo

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Dirigentes destacam luta do PPS contra a politicagem



Por: Diógenes Botelho


Dirigentes do PPS que participaram da convenção nacional do partido, no Rio de Janeiro, destacaram o comprometimento da legenda com a ética e com a boa política. Em discurso no evento, o vereador do Rio e pré-candidato do partido a deputado federal, o ator Stepan Nercessiam, disse que o PPS gosta da política e luta contra a politicagem. "Estamos querendo fazer o país a pensar. Pensar hoje é um crime. Isso não é o desejo de quem está hoje no poder", disse o vereador, se referindo ao presidente Lula e a sua candidata Dilma Rousseff (PT).

Citando os métodos do atual governo, ressaltou que não aceita dinheiro que não for declarado em sua campanha. Foi uma crítica direta ao PT e ao escândalo do mensalão. "Hoje usa-se dinheiro público na campanha", condenou Stepan. "Não podemos tratar nossos eleitores como massa de manobra e curral eleitoral. Nós vamos dizer sim a política e não a politicagem", ressaltou o vereador, muito aplaudido na convenção do PPS.

O deputado Luiz Paulo Correia (RJ) falou em nome do PSDB e ressaltou a satisfação dos tucanos pela oficialização do apoio a Serra. Lembrou que a saída do PPS do governo Lula foi motivada pela discordância com a política econômica, que não leva em conta o desenvolvimento do país. "O PPS teve essa clareza”. Luiz Paulo afirmou ainda que PSDB tem orgulho de ter como parceiros companheiros da envergadura do PPS.

O ex-vereadora Soninha Francine também tratou do tema na convenção. "O PPS rompeu com o governo Lula. Eu era do partido do governo. Também sai do PT para um partido do campo da oposição porque não acreditava mais no presidente Lula e no governo dele", disse. Ela ressaltou que deixou o PT "não só pelos desvios de conduta, mas principalmente pela reação a esses desvios no governo ", completou Soninha.

Ao falar da candidatura de Serra, Soninha disse que "o que a gente espera de um presidente é que ele se imponha, que não concorde com essa maneira (fisiologismo político) de se fazer as coisas”. "Falta alcançar o grande resultado que todos esperamos. Um país menos injusto. O Serra tem essa visão, tem o conhecimento disso tudo", disse Soninha, completando que ele ainda tem experiência, o que é uma grande vantagem.

Já o presidente do PPS-RJ, deputado estadual Comte Bittencourt, ressaltou a importância da luta pela melhoria da educação e saúde no Brasil. Ele também pediu a todos empenho na campanha de Gabeira ao governo do Rio. "Quero a ajuda de todos para eleger Gabeira governador do Rio de Janeiro", disse.

Marcelo Cerqueira, candidato ao senado pelo Rio, ressaltou que o PPS tem uma posição firme, marcada pela ética. Destacou ainda a qualidade de Serra como candidato a presidente. “Ele sabe escolher seus companheiros, como Alberto Goldmann, que convidou para ser seu vice-governador”, lembrou. Ao elogiar Gabeira, presente no evento, frisou: “Gabeira, além de ser líder político, é um líder social.

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