sexta-feira, 23 de abril de 2010

Estado não pode ser "lutador de sumô", afirma Serra



Breno Costa

Em sua quarta viagem pelo Brasil como pré-candidato à Presidência, a terceira para o Nordeste, José Serra (PSDB) procurou evitou ataques diretos ao governo federal, mas, veladamente, voltou a atacar o governo Lula e, por tabela, a adversária Dilma Rousseff (PT).

Em entrevista a uma emissora de TV de Natal, pertencente ao senador José Agripino Maia (DEM-RN), Serra criticou indiretamente a criação, pelo governo federal, da Pré-Sal S.A., estatal que será responsável por gerir a exploração dos recursos do pré-sal.

"O Estado atuou muito, por exemplo, para fazer os genéricos. Eu não fiz nenhuma empresa estatal para produzir os genéricos, mas nós fizemos acontecer", disse, ao defender um "estado musculoso, mas enxuto", que não pareça um "lutador de sumô".

Serra voltou a descartar privatizações -segundo ele, não há "mais espaço significativo"-, mas ratificou o discurso favorável à liberalização do comércio exterior brasileiro, ao voltar a criticar a forma atual do Mercosul.

Serra passou cerca de 12 horas em Natal, a contar de sua chegada à capital potiguar, em jatinho alugado pelo PSDB. Sua agenda na cidade, no entanto, dispensou corpo a corpo com populares e até mesmo conversa com aliados, como a candidata do DEM ao governo potiguar, e seu palanque no Estado, senadora Rosalba Ciarlini.
A prioridade, proposital segundo seus aliados na região, era usar a mídia regional para ampliar sua faixa de conhecimento. Os tucanos avaliaram como positiva a estratégia da semana passada, quando Serra foi a Salvador e a Maceió, além de ter concedido entrevista a rádios de cinco Estados. O Nordeste é a única região onde Serra perde para Dilma nas pesquisas de intenção de voto.

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Datena faz entrevista chapa branca e canta com Dilma na Band

Ricardo Noblat

Dilma Rousseff sendo entrevistada por Luiz Datena na Rede Bandeirantes,

- Lula fez o melhor governo dos últimos tempos - disse Dilma.

Datena corrigiu:

- Dos últimos tempos, não. Da história do país.

Datena levanta a bola, Dilma corta.

- É evidente que a senhora é uma excelente aluna [de Lula] - insiste Datena.

- Medo, a senhora não pode falar em medo. Porque tem muita gente no país que se apropriou da luta contra a ditadura" - diz Datena. "Mas a senhora não. Foi torturada. Como foi isso?"

E Dilma corta.

- A senhora guarda mágoas de quem a torturou? - levanta a bola Datena.

- Não, não guardo - corta Dilma.

- A senhora lutou por um país comunista? - levanta a bola Datena.

- Não, por um partido socialista - corta Dilma.

Acho que nem o pessoal da TV Brasil faria uma entrevista tão chapa branca assim.
 
* Nota: No final da entrevista, Datena diz: “Temos ainda um minuto e quarenta segundos. O que a gente faz? Quer cantar?” Como a petista não tinha mais nada a dizer — e, de fato, tinha passado o tempo todo tentando dizer alguma coisa —, ensaiou: “El día que me quieras”… E soltou mais uns dois versos em “embromacíon“, a versão em espanhol do “embromation“.

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Por que 21 de abril é feriado de Tiradentes?

Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”, nasceu em 1746 (dia e mês ignorados), no Sítio do Pombal, Distrito de São João Del Rey-MG, hoje Tiradentes. Alma extremamente abnegada com grande desapego aos bens materiais, nutria grande preocupação com o próximo necessitado. Acalentava em seu ser o sonho de uma pátria livre e sempre lutou com entusiasmo e galhardia.

Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”, tornou-se célebre na História do Brasil e da Odontologia. Protomártir da Independência, patrono cívico da nação brasileira, nasceu em 1746, no Sítio do Pombal, Distrito de São João Del Rey, hoje Tiradentes, na Capitania de Minas Gerais, filho de Domingos da Silva Santos, português e de Antonia da Encarnação Xavier, brasileira. Órfão de mãe aos 9 anos e de pai aos 15, ficou sob a tutela de seu padrinho, Sebastião Ferreira Leitão, com quem aprende o ofício de “arrancar” dentes e fazer curativos.
 
Seu confessor, Frei Raymundo de Pennaforte disse sobre ele: “tirava os dentes com a mais sutil ligeireza e ornava a boca de novos dentes, feitos por ele mesmo, que pareciam naturais”. Daí a sua popularidade que se estendeu ao Rio de Janeiro. Além disso, no tempo da Inconfidência, era sócio do padre Francisco Ferreira da Cunha, numa botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário em Vila Rica ; entendia também das artes farmacêuticas. Foi mascate entre o Rio de Janeiro e Minas Novas. Em 1763, atua como tropeiro por conta própria até que perde sua tropa por haver defendido um escravo que estava sendo maltratado pelo seu proprietário. A justiça o condena e ele é obrigado a vender tudo que possuía. Sem recursos, alista-se na 6ª Companhia de Dragões do Regimento de Cavalaria Regular da Capitania de Minas Gerais, em 1775, licenciando-se em 1787, como alferes.

A Inconfidência Mineira, movimento liderado por Tiradentes, negava fidelidade a Portugal, era contra a “derrama” que permitia ao governo português confiscar ouro e bens da população mineira e cobrar altíssimas cotas de impostos. O principal objetivo dessa revolução era realmente buscar a liberdade e a independência do Brasil. Entre os inconfidentes estavam alguns devedores do Erário Régio, como o coronel Joaquim Silvério dos Reis que, em troca do perdão de sua vultosa dívida, delata o movimento.

Todos os movimentos liderados por Tiradentes a fim de libertar o Brasil o jugo português findaram-se com a delação, que o levou à prisão em 10 de maio de 1789, e a seguir, seus conjurados. Seu julgamento perdurou 3 anos.

Os inconfidentes foram encaminhados para o Rio de Janeiro. Em 18 de janeiro de 1790, Tiradentes assume toda a responsabilidade da conspiração: “Premeditei o levante, ideei tudo, sem que nenhuma outra pessoa me tenha movido ou inspirado coisa alguma.” Em 19 de abril de 1792, o Tribunal de Alçada lê a sentença da rainha D. Maria I, de Portugal.

Condenado à morte, no dia 21 de abril de 1792, Tiradentes subiu ao patíbulo do Largo da Lampadosa, no Rio de Janeiro, com dignidade e sem sombra de medo, depois de percorrer em procissão as ruas engalanadas do centro da cidade.

Executado, esquartejaram-lhe o corpo e sua cabeça exposta no alto de um poste em Vila Rica.

Nos atos do Poder Legislativo, no artigo 1º, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, é declarado o Patrono Cívico da Nação Brasileira pela Lei nº 4897 de 9 de dezembro de 1965, sendo decretado feriado nacional o dia do seu holocausto.

Lei 4897 (Arquivo Nacional - Gabinete da Direção Geral-RJ)

A seguir algumas datas compiladas por Rubens Barros de Azevedo - 2º Secretário da Academia Tiradentes de Odontologia (ATO) e Presidente da Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores (SBDE)

1783: (sem registro de dia e mês) - FATOS MARCANTES - Fora nomeado para governador da capitania de Minas Gerais, D. Luís da Cunha Meneses, muito arbitrário e violento. As jazidas de ouro em Minas Gerais começavam a se esgotar, fato não compreendido pela Coroa, que instituiu a cobrança da "Derrama" na região, desde 1751, uma taxação compulsória em que a população deveria completar a cota anual imposta por lei (100 arrobas de ouro = 1.500 quilos), quando esta não era atingida. Os brasileiros que encontravam ouro deviam pagar o quinto, ou seja, 20% (vinte por cento) de todo o ouro encontrado, que acabava nos cofres portugueses. Aqueles que eram pegos com ouro “ilegal” (sem ter pagado o imposto) sofriam pesadas penas, inclusive o degredo, sendo enviados à força para o território africano.

1785: (Idem) - Portugal decretou uma lei que proibia o funcionamento de indústrias fabris em território brasileiro.

1786: (Idem) - O ESTUDIOSO - A mando do governador da capitania de Vila Rica, Tiradentes fez brilhantes estudos demográficos, geográficos, geológicos, mineralógicos - tanto de aplicação civil quanto militar.

1787: (Idem) - INÍCIO DOS CONTATOS - O Alferes pediu licença de seu cargo e foi para o Rio de Janeiro, onde conversou com os comerciantes seus conhecidos sobre as ideias de independência. Lá encontrou o seu conterrâneo, Dr. José Alves Maciel, que acabava de chegar da Europa, empolgando-se com as suas ideias libertárias.

A FAMÍLIA: Embora Joaquim José nunca tenha se casado, teve 2 filhos: João, com a mulata Eugênia Joaquina da Silva, e Joaquina, com a ruiva Antônia Maria do Espírito Santo.

O PROJETISTA: Morou cerca de um ano no Rio, quando desenvolveu projetos de vulto como a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para melhoria do abastecimento de água da Capital, mas não obteve deferimento dos seus pedidos para execução dessas obras. Os projetos foram rejeitados pelo vice-rei, porém, aproveitados mais tarde por D. João VI, o que fez aumentar seu desejo de liberdade do domínio português.

1788: INÍCIO DA CONSPIRAÇÃO - Nosso herói voltou a Minas Gerais, onde pregou a liberdade e a independência por toda parte: nas estalagens onde ficava hospedado, nas fazendas, nas casas de prostituição, nas vendas, nas boticas e lojas, e mesmo no seio da tropa. Um grupo de intelectuais, fazendeiros, mineradores, militares e do clero se reuniu em Vila Rica , ora em casa de Contratador de Entradas, ora em casa do Comandante da Milícia, Francisco de Paula Freire de Andrada. Em uma reunião, o coronel Alvarenga Peixoto sugeriu que deveriam adotar o lema baseado nos versos de Virgílio (Públio Virgílio Maro, Poeta romano - 70-19 a.C) “Libertas quae sera tamem” (Liberdade, ainda que tardia) na bandeira da sonhada nova nação - hoje, adotado pelo Estado de Minas Gerais. A senha para deflagração do movimento seria “tal dia será o batizado...”, em alusão a uma festa de batizado realizada na casa do Padre Toledo, em outubro de 1788, onde se falou muito de uma insurreição.

FINALIDADE DO MOVIMENTO: A conspiração tinha por finalidade eliminar a dominação portuguesa das Minas Gerais, criando naquela Capitania um país livre. Na verdade, não havia a intenção de libertar toda a colônia brasileira, pois naquele momento não havia, ainda, uma identidade nacional. Mais tarde, após a vitória mineira, o plano era estender o Movimento ao Rio de Janeiro e, em seguida, às demais Capitanias.

1789: (Março) - A TRAIÇÃO - Tiradentes voltou ao Rio de Janeiro, onde foi preso, depois de denunciado pelo coronel Joaquim Silvério dos Reis, que sabia do seu paradeiro, pois fingia ser amigo e companheiro do nosso herói, acompanhando-o em sua fuga a mando do Governador de Minas Gerais. Silvério denunciou o movimento, em troca do perdão de suas dívidas para com a Coroa Portuguesa. Foi quando o Governador, Luís Antônio Furtado de Mendonça, visconde de Barbacena, suspendeu a derrama e ordenou a prisão dos insurretos.

A PRISÃO: Joaquim José, acusado de conspiração, foi recolhido à fortaleza da Ilha das Cobras, onde passou quase 03 anos encarcerado, e respondendo a longos interrogatórios; no início negou toda a trama, mas, depois de saber que todos (supostamente) já tinham confessado, assumiu toda a culpa, isentando seus companheiros.

OS OUTROS CONSPIRADORES: Dentre outros, destacavam-se os poetas Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga; os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Francisco Antônio de Oliveira Lopes; os padres José da Silva e Oliveira Rolim e Carlos Corrêa de Toledo; o cônego Luís Vieira da Silva; o sargento-mor Luís Vaz de Toledo Pisa; o minerador Inácio José de Alvarenga Peixoto. Um deles, o Poeta Cláudio Manuel da Costa, faleceu na prisão, ainda em Vila Rica (hoje Ouro Preto), mas acredita-se que tenha Sid o assassinado, suspeitando-se que a mando do próprio Governador.

DESTINO DOS CONSPIRADORES: Todos foram detidos e também enviados para o Rio de Janeiro, onde responderam também a longo interrogatório pelo crime de inconfidência (falta de fidelidade ao rei). Todos negaram a participação no Movimento, mas, diante das provas, foram condenados.

18.04.1792: A SENTENÇA - Nessa data, foi lida a sentença: condenação à morte. Mas, em audiência no dia seguinte, por Decreto de D. Maria I, todos, à exceção de Tiradentes, tiveram a pena comutada para degredo em colônias portuguesas da África.

21.04.1792 - há 217 anos: A EXECUÇÃO - Tiradentes foi executado em alto cadafalso erguido no Campo da Lampadosa (atual Praça Tiradentes, desde 1890), centro do Rio de Janeiro, às onze horas e vinte minutos, após grandes pompas e cortejo pelas principais ruas.

O ESQUARTEJAMENTO - Seu corpo foi esquartejado a machado, salgado e colocado em postes à beira das estradas de Minas Gerais (principalmente em Cebolas, Barbacena e Varginha do Lourenço, lugares onde fizera seus discursos revolucionários), para inibir qualquer tentativa do povo de fazer Movimentos idênticos. A cabeça foi reservada à praça principal de Vila Rica, diante da Câmara e do Palácio do governo (mais tarde, roubada e nunca mais recuperada...). Sua antiga residência, na Rua São José, foi demolida, o terreno salgado e erguido um padrão de ignomínia; sua descendência foi declarada infame até a 5ª geração.

OBSCURANTISMO: Logo após a Independência do Brasil, Tiradentes permaneceu historicamente obscuro durante o Império, pois os dois monarcas, D. Pedro I e D. Pedro II, pertenciam à linha da Casa de Bragança, sendo, respectivamente, neto e bisneto de D. Maria I, que decretou a sentença de morte de Joaquim José.

MAÇONARIA: Assim como aconteceu em vários outros episódios da nossa história, essa Organização também participou da Inconfidência Mineira, constando que a maioria (ou todos) os insurretos pertenciam à Ordem Maçônica. Naquela época, a maçonaria permitia que se fizessem iniciações fora dos templos por um irmão com autoridade para tal, o que era denominado de “Iniciação por Comunicação”, suprimida em 1907. E assim, consta que José Álvares Maciel iniciou Joaquim José da Silva Xavier, possivelmente no Arraial do Tijuco (hoje, Diamantina/MG). A própria bandeira do Estado de Minas Gerais foi inspirada na Maçonaria: o triângulo no centro da bandeira, com inclusão da já citada inscrição. É preciso lembrar que não há registros precisos sobre a atuação da Maçonaria nesse episódio, até porque a repressão portuguesa era intensa e os participantes não poderiam deixar documentos que os denunciasse, daí a imprecisão de fatos, datas, etc..

15.11.1889 - RESSURGIMENTO: Com a Proclamação da República, Tiradentes foi a personificação da sua identidade, tornando-se um mito, porque, até então, era considerado um “vilão”. Os novos governantes, Marechal Deodoro da Fonseca (Maçon) e Marechal Floriano Peixoto, precisavam criar um novo país, com novos valores, novas idéias, nova história e novos heróis, dos quais todas as pessoas deveriam se orgulhar.

FIGURA MÍTICA: Eis porque conhecemos a sua tradicional figura, de barba grande, cabelo comprido e camisolão, à beira do patíbulo, assemelhada a Jesus Cristo, mas pouco plausível, uma vez que, como militar, o máximo que lhe seria permitido era um discreto bigode. Depois, na prisão, onde passou os últimos três anos de sua vida, os detentos eram obrigados a fazer a barba e cortar os cabelos, a fim de evitar piolhos. Além disso, no momento da execução, todos os condenados à forca deveriam ter a cabeça e a barba raspadas, para que não interferissem no ato fatídico.

IDEAL A SER SEGUIDO: Nada, porém, será capaz de menosprezar ou diminuir a importância da trajetória do nosso Patrono, que tanto lutou para fazer do Brasil uma nação proporcional ao seu imenso território geográfico.

A ”FORTUNA”: É importante observar que a “fortuna” deixada por ele foi: um relógio de bolso e uma sacola com algum instrumental odontológico.

A HERANÇA Porém, a verdadeira herança que ele nos legou foi a sua obsessão pela justiça, pois deixou-nos a mensagem de que o seu sonho e de seus companheiros de ideal pode se tornar realidade. Lutemos por uma Nação sempre íntegra, moderna, livre, com o povo exercendo o seu pleno e consciente poder de cidadania, com a ótima qualidade de vida de que se faz merecedor.

Fontes: Prof. Olinto Rodrigues dos Santos Filho, do Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural e do Instituto Histórico e Geográfico de Tiradentes (Cidade); www.pt.wikipedia.org; www.colegiosaofrancisco.com.br; Livro: “Sociedades Secretas” (A. Tenório de Albuquerque); www.infonet.com.br; www.geocities.com; http://www.portuguesmania.com/











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terça-feira, 20 de abril de 2010

José Serra: "o PAC é apenas uma lista de obras"



O ex-governador de Minas, Aécio Neves, promoveu um grande evento, nesta segunda-feira, para lançar, no estado, a candidatura de José Serra ao planalto. Serra recebeu as reivindicações de Aécio e se encontrou com empresários. Ele também disse que o PAC é apenas "uma lista de obras

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Das cidades que temos às cidades que queremos

Sob a coordenação da pré-candidata do PPS ao Governo de São Paulo ou ao Senado, Soninha Francine, o partido promove no próximo dia 26 de abril, segunda-feira, das 9h às 13h, o seminário "As cidades e a Igualdade", sobre políticas de desenvolvimento urbano e equidade no Brasil.
A apresentação, na Câmara Municipal de São Paulo, pretende abordar os meios (modelos de governança e ferramentas de gestão) e os fins (como utilizar os modelos e ferramentas e como medir os resultados das políticas públicas).

Entre os participantes já confirmados estão o secretário de Planejamento da gestão Serra/Kassab na Prefeitura de São Paulo, Manuelito Magalhães, e o urbanista Cândido Malta.
Manuelito Pereira Magalhães é economista formado pela Unicamp em 1992. Foi assessor especial do Ministério da Saúde entre os anos de 1998 e 2002. Em 2003 e 2004 foi ouvidor da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Em 2005 e 2006 atuou como secretário-adjunto de Planejamento da Prefeitura, na gestão de José Serra. De 2007 a 2009 foi o secretário de Planejamento do município de São Paulo.
Cândido Malta Campos Filho, arquiteto e urbanista, é doutor em Arquitetura e Urbanismo pela USP, fundador do Movimento Defenda São Paulo, especialista em planejamento urbano, plano diretor estratégico, história da cidade e o bairro como unidade de planejamento.
Ponto de vista das cidades

A política urbana e a (re)discussão do papel das cidades são marcas do PPS. A preocupação da organizadora do seminário, Soninha Francine,   é avaliar as cidades que temos e projetar as cidades que queremos.



Foi esse, inclusive, o principal mote da sua campanha à Prefeitura de São Paulo pelo PPS em 2008. Soninha destacou-se pela abordagem de temas como mobilidade urbana e reconfiguração do território.
Dentro do seminário do PPS no dia 26 de abril serão debatidos temas como: por que política urbana; quais os modelos de governança e ferramentas de gestão; o detalhamento do planejamento das cidades (e a conexão entre plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias, plano de metas etc.); a importância do diagnóstico correto dos problemas para a aplicação eficaz das políticas públicas e o "accountability" (como medir resultados).
Serão abordados ainda problemas específicos das regiões metropolitanas (governança urbana, cidadania e gestão das metrópoles); moradia e áreas de risco (geológico e social); mobilidade e consumo (impactos e possibilidades); enchentes e drenagem urbana (novos e velhos paradigmas); planejamento dos bairros; e ainda a cidade criativa (economia formal e informal, vocações e potenciais).

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dia do índio nasceu em 1940 no Congresso Interamericano

19 de abril

Da Redação em São Paulo

Segundo fontes oficiais, o

Brasil tem hoje 206 etnias

19 de abril de 1940 foi a data em que os delegados indígenas se reuniram pela 1ª vez em assembléia no Congresso Interamericano. Todos os países da América foram convidados a participar dessa celebração.

Reunida em Patzcuaro (México), a assembléia aprovou, entre outras propostas, o estabelecimento do Dia do Índio pelos governos dos países americanos. Este dia seria dedicado ao estudo do problema do índio atual pelas diversas instituições de ensino.

Segundo fontes oficiais, o Brasil tem hoje cerca de 560 terras indígenas e aproximadamente 460 mil índios. São 206 povos (ou etnias), concentrados, em sua maioria - 70% do total -, numa parcela da Amazônia Legal que engloba seis Estados: Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará. Além disso, a Funai (Fundação Nacional do Índio) também registra a existência de 40 povos isolados na Amazônia Ocidental.

Em densidade populacional, os seis maiores povos indígenas do Brasil são Guarani (30 mil), Ticuna (23 mil), Kaingang (20 mil), Macuxi (15 mil), Guajajara (10 mil), Yanomami (9.975).

Índice de desenvolvimento

Um estudo inédito do economista Marcelo Paixão, coordenador do Observatório Afro-Brasileiro, mostra que a população indígena brasileira apresenta um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) próximo ao da Bolívia.

O IDH é um indicador da ONU que aponta o padrão de desenvolvimento humano em cada país. Ele é calculado a partir de indicadores de escolaridade, renda e expectativa de vida. O valor encontrado varia de zero, o pior desenvolvimento humano possível, a um, o melhor. Um índice acima de 0,800 é considerado de alto desenvolvimento humano.
Para o Brasil, o índice fica em 0,790, o que coloca o país na 62ª posição do ranking de 177 países divulgado em 2004. Os índios têm IDH de 0,683, próximo da Bolívia (114º no ranking).

Outros dados da tese mostram que não é apenas no desenvolvimento humano que os indígenas têm os piores índices. A taxa de mortalidade por desnutrição na população indígena adulta é de 11,2 por 100 mil habitantes, contra a média de 4,3 da população brasileira. A proporção de indigentes também é maior: 45% da população, contra 23% da média do país.

Origem

Os povos indígenas que hoje vivem na América do Sul são originários de povos caçadores vindos da América do Norte através do istmo do Panamá. Há milhares de anos -não há consenso entre os arqueólogos sobre a antigüidade da ocupação humana na América do Sul-, os povos indígenas ocuparam virtualmente toda a extensão do continente. De lá para cá essas populações desenvolveram diferentes modos de uso e manejo dos recursos naturais e formas de organização social distintas entre si.

radicionalmente, as sociedades indígenas não se fixavam a um mesmo território por muito tempo. As aldeias indígenas eram organizadas, levando-se em consideração a quantidade, a qualidade e a distribuição espacial dos recursos indispensáveis ao desenvolvimento de suas comunidades.

No Brasil, desde o século 16, existem instrumentos legais que definem e propõem uma política para os índios, fundamentados na discussão da legitimidade do direito dos índios ao domínio e soberania de suas terras. Esse direito - ou não - dos índios ao território que habitam está registrado em diferentes legislações portuguesas, envolvendo Cartas Régias, Alvarás, Regimentos etc.

Política indigenista

Até 1988, a política indigenista brasileira estava centrada nas atividades voltadas à incorporação dos índios à comunhão nacional, princípio indigenista presente nas Constituições de 1934, 1946, 1967 e 1969. A Constituição de 1988 suprimiu essa diretriz, reconhecendo aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam.

Os índios também ampliaram sua cidadania, já são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses. Assim, o principal objetivo da política indigenista hoje é a preservação das culturas indígenas, através da garantia de suas terras, e o desenvolvimento de atividades educacionais e sanitárias.

Entretanto, a insuficiência de recursos oficiais, a integração cada vez mais comum do índio às sociedades urbanas e os conflitos raciais e sociais dos povos brasileiros têm colocado em risco a concretização das propostas políticas e direitos indígenas garantidos por Constituição.

 
Fonte: Museu do Índio / Funai e Folha de S.Paulo

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Mentir ou mentir


Por: Mary Zaidan - Blog do Noblat

O não às privatizações, que tanto sucesso fez nas eleições de 2006, é hoje uma zona de risco perigosa para a pré-candidata Dilma Rousseff. Ao entoar essa mesma cantilena, a ex-ministra não só se apresenta com um discurso envelhecido, surrado e ultrapassado, como expõe de maneira cruel o seu patrocinador.

Ainda assim, ela insiste. E toda vez que o faz falta com a verdade. Bate na falsa tecla de que seus adversários só não venderam a Petrobras, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e Furnas porque a “sociedade reagiu”. E, sem qualquer constrangimento, diz que ela e o governo Lula são radicalmente “contra as privatizações”, como se elas não tivessem ocorrido também nos últimos sete anos.

O mais absurdo nessa discussão estéril - onde quem perde é o país - é tratar privatização como pecado capital, diante do qual o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o PSDB têm de se penitenciar. Se fosse, o presidente Lula também teria pecado. E por diversas vezes.

Além de concessionar por 25 anos mais de 2,6 mil quilômetros de estradas federais e 720 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul, Lula passou para operadores privados as hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau e a linha de transmissão de energia que liga Porto Velho (RO) a Araraquara (SP). Vendeu para o Bradesco os bancos do Estado do Ceará e do Estado do Maranhão.

Para as rodovias, Lula inaugurou um modelo de concessão social – comemoradíssimo à época - com pedágios baixos, mas sem garantias de investimentos. O grupo espanhol OHL arrematou cinco dos sete lotes concessionados, incluindo filés mignons como a ponte Rio-Niterói, a Fernão Dias e a Régis Bittencourt. Essas duas últimas, como mostraram reportagens recentes, em estado lastimável.

Tal como feitiço virando contra o feiticeiro, a Ferrovia Norte-Sul foi parar nas mãos da Vale, a mesma ex-estatal que o presidente acusa de ter sido vendida na bacia das almas.

O governo Lula desenvolveu ainda um arrojado projeto de privatização dos aeroportos que seria muito bem-vindo devido à ineficiência da Infraero e à escassez de recursos para as urgentes reformas que a maior parte deles necessita.

O revés do plano foi não ter saído do papel antes do ano eleitoral. Afinal, transferências para a livre iniciativa de operações públicas acabariam por enterrar o discurso antiprivatista.

Vencido, o ministro da Defesa Nélson Jobim, até então um entusiasta do projeto, não inventou desculpas para a desistência: “Durante este ano eleitoral não haverá concessões, deixa aí para o próximo governo tratar do assunto”. Ainda assim, manteve a excepcionalidade para o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, na região de Natal (RN), que deverá servir de teste para a modelagem sugerida pelos técnicos de Lula.

Ou seja, ressuscitar o não às privatizações em 2010 beira a desfaçatez. É optar por uma crítica feroz a algo que o governo de seu padrinho fez e continuará a fazer. Mas a ex-ministra parece não enxergar a inconveniência do tema para ela e, em especial, para o seu chefe. Parece também não perceber que ela não é Lula, hábil em criar constrangimentos ao adversário, e nem José Serra é o assustado Geraldo Alckmin de 2006.

Ao insistir nessa lengalenga Dilma ajusta a sua saia muito além do suportável. Melhor seria abandonar o bordão, a não ser que prefira escolher entre mentir ou mentir.

Mary Zaidan é jornalista. Trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa'.

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domingo, 18 de abril de 2010

Datafolha: Serra tem 38% e Dilma 28%




Após lançamento de tucano, Serra tem 38% e Dilma 28%
Marina fica com 10% e pela primeira vez passa numericamente Ciro, com 9%

Tucano é maior beneficiado por uma eventual saída do pré-candidato do PSB da disputa; no 2º turno, Serra bate Dilma por 50% a 40%


FERNANDO RODRIGUESDA SUCURSAL DE BRASÍLIA


A corrida presidencial teve pouca oscilação apesar do lançamento oficial da pré-candidatura de José Serra em grande festa do PSDB no último dia 10. Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 15 e 16, José Serra (PSDB) registrou 38% das intenções de voto contra 28% de Dilma Rousseff (PT).


No final de março, Serra tinha 36% e Dilma marcava 27% no Datafolha. A vantagem do tucano era de nove pontos. Agora, é de dez pontos. Do ponto de vista estatístico, o quadro não sofreu alteração -a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.


Nesse mesmo cenário, Marina Silva (PV) teve 10% das intenções de voto. É seguida por Ciro Gomes (PSB), com 9%. Em março, Marina tinha 8%. Ciro estava com 11%. Essas oscilações estão também dentro da margem de erro.Segundo o Datafolha, 7% dos entrevistados respondem que votarão em branco, nulo ou em nenhum. Outros 8% dizem ainda estar indecisos.


Quando Ciro Gomes é retirado do quadro de candidatos -há ainda dúvidas se o PSB vai lançá-lo oficialmente-, a diferença entre Serra e Dilma alarga-se um pouco. O tucano fica com 42% contra 30% da petista -uma distância de 12 pontos.


Ou seja, Serra "herda" quatro pontos de Ciro. Já Dilma fica com dois pontos a mais sem o candidato do PSB no páreo. Marina Silva vai a 12% (ganho de dois pontos). Nesse cenário, há 8% de indecisos e também 8% dizendo votar em branco, nulo ou em nenhum.


O Datafolha realizou esta pesquisa agora porque também havia feito um levantamento em 24 e 25 de fevereiro, cinco dias após o lançamento oficial da candidatura da petista Dilma Rousseff. Agora, a coleta dos dados se dá também cinco dias após a festa do PSDB para José Serra se lançar na disputa.


Tendências
Embora os números do levantamento do Datafolha sejam semelhantes aos do final de março, é possível identificar tendências ao observar as curvas a partir de dezembro.


Nota-se que Serra voltou a estacionar no seu patamar do final de 2009, quando registrava 37%. Dilma também mostra uma taxa consistente em 2010, sempre de 27% ou de 28%.


Outra curva que aparece clara é a da queda gradual de Ciro. Ele tinha 13% em dezembro. Oscilou para 12% em fevereiro. Foi a 11% em março. E, agora, num período de três semanas, bateu em 9%.


Pela primeira vez, Ciro Gomes fica numericamente atrás de Marina Silva, embora do ponto de vista estatístico ambos estejam empatados.


Segundo turno
Numa simulação de segundo turno, Serra tem 50% e Dilma fica com 40%. No final de março, os percentuais eram 48% e 39%. A variação se deu, portanto, dentro da margem de erro.


O Datafolha testou também um eventual segundo turno entre Dilma e Ciro. A petista marcou 47% contra 36% do deputado do PSB.


Espontânea e nanicos
Ao questionar os eleitores sem mostrar os nomes dos candidatos, o Datafolha registrou agora um empate: Dilma tem 13% e Serra aparece com 12%. No mês passado, a petista tinha 12% e o tucano estava com 8%. Os dois concorrentes apresentam curvas ascendentes.


Pela segunda vez o Datafolha testou os candidatos de partidos pequenos. Apenas no cenário em que não aparece Ciro, dois nanicos pontuam 1% cada: Mário de Oliveira (PT do B) e Zé Maria (PSTU). Nessa hipótese, Serra tem 40%, Dilma fica com 29% e Marina registra 11%.

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