quinta-feira, 5 de março de 2009

Collor: Da vitória sobre Lula em 1989 à cassação em 1992


Ex-presidente volta à cena ao se eleger presidente de comissão no Senado que fiscalizará o PAC

Daniel Bramatti, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Pelas mãos do PMDB e do DEM, o senador Fernando Collor (PTB-AL) conseguiu ontem voltar à cena política elegendo-se presidente da estratégica Comissão de Infraestrutura do Senado. E impôs dura derrota ao PT. Sua vitória por 13 a 10 consolidou o racha na base política do governo, fortaleceu ainda mais o PMDB e enfraqueceu politicamente o PT, que viu seu poder minguar na Casa.

Pelas mãos de Renan, Collor bate PT e assume comissão no Senado que fiscalizará PAC

A presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado será o cargo mais importante exercido por Fernando Collor de Mello desde o dia 29 de dezembro de 1992, quando, acusado de corrupção, teve o mandato de presidente da República cassado pelo Congresso e abandonou o Palácio do Planalto sob vaias.

Punido com oito anos de afastamento da vida pública, Collor só voltou à cena política em 2006, com a eleição para o Senado por Alagoas.

No Congresso, o alagoano passou a integrar a base de apoio do petista Luiz Inácio Lula da Silva, a quem derrotou na eleição presidencial de 1989. Na ocasião, teve a ajuda de Miriam Cordeiro, ex-mulher de Lula, que na TV acusou o petista de ter sugerido que abortasse ao ficar grávida da filha.

Outro antigo adversário de quem Collor se aproximou é José Sarney, que era presidente da República em 1989 e a quem acusava de corrupção.