sexta-feira, 9 de julho de 2010

Alckmin promete criar fundo de habitação

milton paes

CAMPINAS - O candidato do PSDB ao Governo do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, começou oficialmente a campanha política ontem na cidade de Campinas, interior paulista. O tucano percorreu o centro da cidade ao lado do vice, Guilherme Afif Domingos (DEM), dos candidatos ao Senado pelo PMDB, Orestes Quércia, e pelo PSDB, Aloysio Nunes Ferreira, do presidente nacional do PPS, Roberto Freire, além de militantes e candidatos a deputados.


Alckmin disse que escolheu Campinas para começar oficialmente a campanha pela importância da cidade e de sua região no cenário estadual. O município é o terceiro maior colégio eleitoral do estado com 761.730 eleitores. Aliado ao PMDB, DEM, PPS, PSC, PHS e PMN, através da coligação "Unidos por São Paulo", o tucano deve gastar cerca de R$ 58 milhões na campanha, conforme declaração protocolada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
Durante duas horas Alckmin, Quércia e Aloysio foram cumprimentados por comerciantes, populares e correligionários políticos em lojas e nas ruas do centro de Campinas. Em entrevista, Alckmin disse que pretende transformar a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) da habitação. Segundo Alckmin, o Estado de São Paulo tem perto de R$ 1 bilhão por ano para investir em moradia, que é 1% do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e mais os recebíveis da CDHU que daria para fazer 20 mil unidades por ano. A proposta dele é alavancar a iniciativa privada, ou seja, criar um Fundo Paulista de Habitação de Interesse Social.


"Para quem ganha até três salários mínimos, vamos pagar um subsídio através do Fundo Paulista de Habitação de Interesse Social porque essas famílias de menor renda têm dificuldades de garantia. E vamos ter o fundo garantidor para quem ganha de três até oito salários. Com isso, vamos trazer dinheiro do Fundo de Garantia, da iniciativa privada, e poder fazer quatro a cinco vezes mais moradias. Esse R$ 1 bilhão vira R$ 5 bilhões por ano à medida que usarmos esse dinheiro para cobrir o subsídio para famílias de menor renda através do fundo paulista. Vamos trazer o fundo garantidor e equalizar a taxa de juros", explica.


O presidente do PMDB de São Paulo e candidato ao Senado pelo partido, o ex-governador Orestes Quércia, disse que a expectativa daqui para a frente é avançar. "Campinas é uma cidade de tradições democráticas extraordinárias. Eu já fui prefeito e nós estamos vendo as propostas do Alckmin. Eu sou o criador da CDHU, que destinou 1% do ICMS para as casas populares. Agora essa proposta nova de ampliar por cinco a capacidade de construção de casas populares vai ser uma coisa maravilhosa para quem precisa."


Ao ser abordado sobre o que responderia ao candidato do PT ao governo, Aloizio Mercadante, que postou no Twitter que pretende reduzir as tarifas de pedágio consideradas por ele um abuso, Alckmin disse que não vai perder tempo com isso e que política para ele é coisa séria. "O programa de concessão do estado é um programa extremamente bem-sucedido. Nós temos as 20 melhores rodovias do País, da primeira à 20ª. Tivemos o prolongamento da Bandeirantes e a nova pista da Imigrantes sem nem um centavo do dinheiro público, então fazemos justiça social."


O candidato do PSDB ao governo paulista, Geraldo Alckmin, disse que pretende transformar a "CDHU no BNDES da habitação". Ele propôs um Fundo de Habitação de Interesse Social.