domingo, 21 de dezembro de 2008

Crise econômica e aprofundamento da política neoliberal

Por Mario Malina


Não sou o menos crítico do governo Lula e muito menos o mais crítico do governo. Assim como no governo FHC eu não achava tudo maravilhoso, também não acho tudo uma desgraça no governo Lula.

O que me incomoda é o discurso ingênuo ou demagógico (acredito que seja demagógico) do presidente que está, por um lado, se gabando de ter efetivado todas as condições que o FMI impôs ao Brasil (iniciado no governo FHC com as privatizações) e, de outro lado, criticando os EUA e o FMI que não souberam fazer a lição de casa e deixou a crise tomar proporções mundiais. Além disso, disse ainda que o FMI não soube acautelar os EUA, maior economia mundial, da II maior crise de sua história e que arrasta o mundo junto com ela.

Entretanto, o FMI conseguiu atingir os objetivos, ou quase todos, nos países de terceiro mundo: “Quando recorreram ao FMI e ao BM em busca de socorro urgente, o que receberam, em vez do alívio do endividamento, foi um grosso pacote de medidas de “reajuste estrutural”: cerca de 115 condições sine qua non para a ajuda financeira desregulamentação da economia e das finanças, a derrubada das barreiras alfandegárias e comerciais, a drástica redução dos gastos públicos e serviços sociais, a privatização das empresas estatais e a eliminação de garantias e direitos trabalhistas, inclusive com o enfraquecimento dos sindicatos, de modo a permitir demissões em massa e tornar o mercado de mão de obra mais barato, mais dócil, mais flexível1”.

Realmente o governo americano e alguns países como a Inglaterra foram negligentes quanto à expansão descontrolada do mercado imobiliário, ao permitir o subprime de financiamento do setor imobiliário sem garantias de que haveria o pagamento dessa dívida pelos hipotecários às instituições financeiras, soma-se a isso, a bolha imobiliária americana, ou seja, os preços praticados são muito mais altos que o valor real dos imóveis.

A partir do momento em que não há o pagamento em massa aos credores começa a haver uma desconfiança exagerada, as instituições financeiras ficam receosas em oferecer crédito e dessa forma, a economia fica paralisada, pois, sem capital de giro as empresas não tem como produzir e sem produção ocorrem demissões de trabalhadores e o consumo de produtos despenca. Daí, estamos diante da recessão ou depressão, os economistas não chegaram a um consenso.

Essa, segundo especialistas em economia, é a maior crise depois quebra da bolsa de Nova York e depressão de 1929. Isso porque afetou a confiança e quebrou empresas no mundo todo, causando desemprego em massa nos países em que ela se instalou, na medida em que, num momento de recessão, retira o investimento em países estrangeiros para saldar eventuais dívidas com seus credores.

O FMI tem uma nova função agora, a de garantir o aprofundamento das medidas neoliberais globalizantes para manter o domínio do império americano. Esse novo objetivo se concretizou com a declaração2 do G-20 sobre os mercados financeiros e a economia, reafirmando a política neoliberal nos seus países. Pior que isso, com o Brasil na presidência do G-20, ou seja, debaixo de nossos próprios olhos.




G-20 de 4 para o FMI e o Banco Mundial

Os chefes de Estado e Governo dos vinte países de maior economia mundial, o secretário geral das Nações Unidas, o diretor geral do FMI e os presidentes do Banco Mundial, a Comissão Européia e o Foro de Estabilidade Financieira, se reuniram em Washington, no dia 15 de novembro de 2008. Nessa reunião, se curvaram ao FMI e ao BM, assinando uma declaração para aprofundar a globalização através de medidas que assegurem a compatibilidade com um sistema financeiro moderno e crescentemente globalizado, através de medidas de curto (até 31 de março de 2009) e médio prazo. O ítem 12 da declaração é o mais esclarecedor quanto às intenções do G-20 frente ao FMI:

“Compromiso con una Economía Global Abierta: 12. Reconocemos que estas reformas únicamente tendrán el éxito si están firmemente fundamentadas sobre un firme compromiso con los principios del libre mercado, incluyendo el império de la ley, el respeto por la propiedad privada, el comercio y las inversiones libres en los mercados competitivos y se apoyan sobre unos sistemas financieros eficientes y eficazmente regulados. Estos principios son esenciales para el crecimiento económico y la prosperidad, habiendo ya liberado a millones de personas de la pobreza y elevado sustancialmente el nivel de vida a escala global. Reconociendo la necesidad de mejorar la regulación del sector financiero, deberemos, sin embargo, evitar un exceso de regulación que podría obstaculizar el crecimiento económico y exacerbar la contracción de los flujos de capital, incluyendo a los países en desarrollo.”

Os países da União Européia têm condições de negociar os juros e as exigências para o financiamento de dívidas em pé de igualdade com o FMI devido à força do bloco econômico europeu, mas e os países do Terceiro Mundo como o Brasil tem o mesmo poder de negociação?

Apesar do discurso do Governo Federal contra o papel do FMI no mundo, o governo assinou declaração em que afirma: “Subrayamos el papel importante que corresponde al Fondo Monetario Internacional (FMI) en la respuesta a la crisis, nos complacen sus nuevas facilidades de liquidez a corto plazo e instamos la revisión ya en curso de sus instrumentos y servicios para garantizar la flexibilidad;”

A chamada flexibilidade faz parte do reajuste estrutural com a eliminação dos direitos e garantias trabalhistas e o enfraquecimento dos sindicatos. A tentativa de por fim ao imposto sindical foi uma tentava de enfraquecer os sindicatos. Novas pressões para flexibilizar os direitos do trabalhador brasileiro vêm por aí. Pelo visto, ao continuar nesse viés neoliberal vamos continuar de 4 com a caneca na mão pedindo esmola ao FMI e ao BM. Manda quem pode, obedece quem não tem juízo.

Esmola para os países de Terceiro Mundo

Na declaração em que propõem amplas medidas de aprofundamento do sistema neoliberal, sugere também a reformulação do FMI a médio prazo com o ingresso de membros de países subdesenvolvidos no Fundo: “Pusimos de relieve que las Instituciones de Bretton Woods debían reformarse de manera exhaustiva para que puedan reflejar de forma más adecuada los pesos económicos cambiantes em la economía internacional y ser más responsables de los retos futuros. Las economías emergentes y en desarrollo deberán tener más voz y representación en dichas instituciones.”

Apesar de ser uma proposta positiva, que favorece os países subdesenvolvidos, foi pequeno o avanço em relação às medidas que o G-20 se propôs a efetivar para manter a política neoliberal em seus países. Dominique Strauss-Kahn, Director Gerente do FMI, agradece: "’Es motivo de gran satisfacción que los dirigentes del G-20 hayan respaldado firmemente la importante función del FMI en la gestión de las crisis y la reforma de la arquitectura financiera internacional’, manifestó Strauss-Kahn. ‘Además de ayudar a algunos países miembros que están enfrentando circunstancias difíciles mediante un apoyo rápido y eficaz, creamos un servicio de liquidez a corto plazo y continuamos reviendo nuestros instrumentos y servicios financieros.’"3

Uma medida não tão neoliberal

A declaração também deliberou para uma regulamentação maior do mercado financeiro com medidas que tornem ele mais transparente e ao mesmo tempo responsável. Essa medida não agrada tanto assim o mercado, que agiu até aqui com mínima intervenção do Estado e vê agora o mesmo interferir na galinha dos ovos de ouro.

Remédio ou veneno contra o câncer neoliberal

Os efeitos negativos do neoliberalismo e da globalização estão aí para quem quiser ver. Há duas explicações para o comportamento e comprometimento do Governo Federal com o FMI: 1ª.) ele acredita que a saída para a crise é aprofundar esse sistema neoliberal ou 2ª.) acredita na tática suicida de quanto mais rápido o sistema neoliberal entrar em colapso melhor para a mudança desse sistema perverso.

Quem não te conhece que te compre

A perversidade e o cinismo do FMI chegam a ponto de advertir em artigo postado no site que “o avanço contra a pobreza está em perigo” com a desaceleração das economias mundiais fruto da crise financeira:

“El FMI advirtió que los avances en contra de la pobreza logrados por países de bajo ingreso de todas las regiones están en peligro como consecuencia de la profunda desaceleración de la economía mundial, fruto de la crisis financiera.

‘La crisis financiera más grave de las últimas generaciones ha empujado muchas economias avanzadas a la recesión. Por razones que les son ajenas, los países en desarrollo enfrentan serias dificultades en medio de la creciente escasez de crédito y el enfriamiento del comercio internacional’, declaró ante una conferencia de las Naciones Unidas el Subdirector Gerente del FMI Murilo Portugal.

‘Los avances recientes contra la pobreza y las mejoras del nivel de vida se encuentran en peligro, especialmente en los países de bajo ingreso’, manifestó Portugal el 1 de diciembre en su intervención ante la Conferencia de las Naciones Unidas sobre la Financiación para el Desarrollo, celebrada en Doha, Qatar4.”

Murilo Portugal, subgerente do FMI, se refere à crise mundial como se o Fundo não tivesse responsabilidade sobre ela, como se a globalização não tivesse efeitos negativos sobre a economia, ou seja, a culpa é da desaceleração da economia e não da globalização e as medidas que os países tomaram para favorecer os interesses capitalistas americanos e do primeiro mundo.

O artigo refere-se à pobreza como se o pacote neoliberal fosse criado para resolvê-la e não para garantir lucros cada vez maiores às empresas norte-americanas e aos governos de países desenvolvidos, como se não tivesse sido criado como forma de dominação, de um neocolonialismo sobre os países de Terceiro Mundo.

O balanço do encontro é o aprofundamento das contradições geradas pelo neoliberalismo e pela globalização econômica financeira. O capitalismo vive ciclos de crise e crescimento e esta não é a primeira crise pós-reajuste estrutural, tivemos a crise da Ásia, Argentina, China, e outras, mas certamente esta crise americana é a pior, pois é a crise da maior potencia econômica mundial, se alastrando por todo o planeta com efeito dominó. Essas medidas que visam o aprofundamento do modelo econômico americano irão aprofundar as contradições do sistema e a próxima crise pode levar todo mundo para o buraco. O G-20 está pagando para ver. Façam suas apostas!

Perdemos a oportunidade histórica de negociar novas formas de socializar os ganhos e dividir poder das instituições financeiras internacionais, bem como reduzir a desigualdade entre os hemisférios norte e sul, instituindo um fundo para diminuir a pobreza e a desigualdade no mundo com parte dos lucros do FMI e Banco Mundial. Mais uma vez nos submetemos a globalização neoliberal para socializar as perdas, mas os lucros são privados. O FMI e o BM não precisaram se esforçar para aprofundar as desigualdades em curso entre o hemisfério norte e sul e dentro dos países subdesenvolvidos.

Continue lendo...

sábado, 20 de dezembro de 2008

João Batista de Andrade: Rumos para o PPS


A Juventude Popular Socialista da Cidade de São Paulo apóia integralmente as palavras ditas pelo cineasta João Batista de Andrade. O PPS tem história, e mais do que isso, temos sim uma identidade. Pena que existem pessoas no partido que parecem não entender isso.



Continue lendo...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Jovens em debate - Parte 2

Continue lendo...

PSDB, DEM, PPS, PV e PTB oficializam apoio a Michel Temer

http://www.dci.com.br

BRASÍLIA - As bancadas do PSDB, do PPS, do DEM, do PV e do PTB oficializaram nesta quarta-feira (17) o apoio à candidatura do deputado Michel Temer (PMDB-SP) na disputa pela presidência da Câmara. O acordo, definido no início desta semana, é resultado de conversas internas nas bancadas e em entendimentos entre os líderes dos partidos.

Na nota divulgada pelo DEM, PSDB e PPS, os líderes afirmam que a melhor maneira de fortalecer o Parlamento é seguir a proporcionalidade partidária na ocupação dos cargos da Mesa Diretora. De acordo com esse critério, a presidência da Câmara cabe ao partido de maior bancada. O bloco PMDB-PTC conta hoje com o maior número de representantes na Casa: 95 deputados. A candidatura de Temer já tem o apoio oficial do PMDB.

Restrição a MPs

Durante o ato de oficialização do apoio, o líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), cobrou do candidato medidas efetivas para evitar o abuso na edição de MPs pelo Executivo. Temer lembrou que a Casa já vem adotando medidas para restringir o uso de MPs pelo presidente da República, mas o ideal é que o instrumento tenha o uso restrito para assuntos de finanças públicas, segurança e criação de cargos.

O líder do DEM afirmou que a oposição terá um papel de protagonista na vitória de Temer.

O líder do PSDB, deputado José Anibal (SP), acredita que Temer será um bom presidente por contar com a qualidade da temperança e pela capacidade de "tratar de igual para igual" os dirigentes dos outros poderes. Anibal lembrou que ele terá um compromisso com a independência do Legislativo em relação ao Judiciário e ao Executivo.

Soberania

Michel Temer afirmou que exercerá a Presidência da Câmara, respeitando a soberania do legislativo. Segundo ele, o legislativo é o primeiro dos poderes do Estado, já que o Executivo e o Judiciário trabalham na execução e interpretação do que a Câmara e o Senado produzem.

Ele afirmou também que quer recuperar a imagem do Legislativo e retomar a discussão sobre o orçamento impositivo para valorizar a emendas parlamentares. Temer ainda anunciou que vai criar procuradoria parlamentar feminina com assento no Colégio de Líderes.

O PV e o PTB foram representados na reunião pelos deputados Edson Duarte (BA) e Luiz Carlos Busato (RS).

Continue lendo...

Câmara amplia a Lei do Silêncio até as 8 horas em SP

Agência Estado

Reclamações relacionadas a barulho de obras à noite cresceram 83% desde o ano passado

SÃO PAULO - A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta terça, 16, um projeto de lei que amplia a Lei do Silêncio em São Paulo para o período das 22h às 8 horas. A medida pode afetar principalmente obras do mercado imobiliário, que começam às 7 horas. Atualmente, a restrição aos ruídos com mais de 70 decibéis vigora na capital das 22h às 6 horas, segundo legislação municipal de junho de 1995. As obras da construção civil devem começar uma hora depois, conforme orienta desde 2000 a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

O projeto, da vereadora Soninha Francine (PPS), agora segue para a sanção do prefeito Gilberto Kassab (DEM). E o prefeito, ligado a entidades do mercado imobiliário como o Secovi (Sindicato da Habitação), terá de tomar a decisão no momento em que as reclamações em relação ao barulho de obras à noite cresceram 83% em comparação com o ano passado, segundo o Programa de Silêncio Urbano (Psiu). O Executivo informou que vai analisar a viabilidade jurídica das mudanças, antes de se pronunciar.

Por causa da restrição à circulação dos caminhões em 100 quilômetros quadrados do centro expandido durante o dia e a conseqüente falta de material, dezenas de empreiteiras passaram a trabalhar com operários na madrugada, desde o início de julho. Os construtores serão diretamente atingidos pela nova legislação.Conforme dados da Prefeitura, entre janeiro e outubro, a média mensal das queixas de ruídos de obras foi de 199,5, ante 110 em 2007.

Continue lendo...

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Jovens em debate - Parte 1

Continue lendo...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos


Escrito por Manoela Roland
(http://www.juventudesulamericanas.org.br/)

Vamos comemorar no próximo dia 10 de dezembro os 60 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos. Qual é a importância desse documento? Essa declaração é uma resolução da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), aprovada em 1948, e inaugurou o que chamamos de “internacionalização dos direitos humanos”. Diversos países, nesse momento, já tinham a preocupação com a proteção dos direitos humanos em suas legislações internas, mas com o advento da Declaração Universal, passa a ser um assunto de interesse de toda a comunidade internacional.

Na verdade, a aprovação da resolução faz parte de um processo maior que se aprofunda na Segunda Guerra Mundial, com o holocausto (perseguição e morte de judeus), buscando a imposição de limites às ações dos Estados no plano internacional, limites que não devem ser estabelecidos a partir da livre vontade desses próprios Estados, mas devem se basear em valores capazes de garantir a chamada “ética na convivência”. Ou seja, o exercício interno do poder dos Estados, assim como as suas relações internacionais, devem ser conduzidos para alcançar o bem comum, a tolerância, a igualdade e liberdade dos seres humanos e diferentes povos no planeta.

A declaração tem tanta importância que compõe a Carta Internacional dos Direitos Humanos, uma espécie de “constituição” internacional dos direitos humanos, consagrando os dois princípios fundamentais desses direitos, o da universalida e da indivisibilidade. Também fazem parte da Carta os Pactos de Direitos Civis e Políticos e o Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, ambos de 1966. Significa que para um Estado ser considerado cumpridor dos direitos humanos, atualmente, deve, no mínimo, garantir em suas legislações um padrão de proteção igual ou maior ao existente nesses documentos.

O mencionado processo de internacionalização dos direitos humanos também se caracteriza por outro aspecto. Além de documentos sobre os direitos que devem ser protegidos, contamos com mecanismos de controle internacionais do cumprimento desses direitos. Por exemplo, existe, desde 2006, um novo Conselho de Direitos Humanos, substituindo uma antiga Comissão, que monitora a situação dos direitos humanos no Sistema ONU, ou seja, o cumprimento dos tratados que foram aprovados no âmbito da ONU.

Os sistemas regionais de proteção dos direitos humanos, como o interamericano, o europeu e o africano, somam-se a ele. O Sistema Interamericano é muito importante para nós, brasileiros(as). O Brasil faz parte dele desde 1992, quando ratificou o Pacto de San José da Costa Rica. Logo depois, em 1998, nosso país reconheceu a jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que pode condenar o Estado brasileiro, caso haja o descumprimento dos direitos elencados no Pacto de San José. Todos esses sistemas (o africano, um pouco menos) foram muito influenciados pela Declaração Universal de Direitos Humanos, o que levou à necessidade de adaptar as legislações internas dos países.

A nossa Constituição de 1988 corresponde a esse movimento de consagração dos direitos humanos, que vão dos direitos individuais e coletivos, passando pelos direitos sociais, direitos políticos e o direito à organização partidária.

Dessa forma, podemos dizer que há muito o que comemorar em 10 de dezembro, uma vez que celebramos 60 anos de um marco para nossas civilizações no pós-guerra. Apesar de ser um ideal ainda em construção, estabeleceu novas premissas para a organização dos Estados Democráticos de Direito e para as relações internacionais.

Rumo à Conferência Nacional de Direitos Humanos

Entre 15 e 18 de dezembro, será realizada a 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, em Brasília. O tema da conferência – que está sendo convocada pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e pelo Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos (Fendh) – será “Democracia, Desenvolvimento e Direitos Humanos: superando as desigualdades”.

O principal objetivo é sistematizar uma reflexão cumulativa – fruto das sociedades civis estaduais, instâncias governamentais e representativas do interesse público – a respeito da temática dos direitos humanos. Essa reflexão pretende se traduzir em políticas públicas efetivas, com previsões orçamentárias e vinculadas ao Plano Nacional de Direitos Humanos revisado e efetivado.

Manoela Roland
Pesquisadora do Ibase na área de Direitos Humanos

Continue lendo...

Carta aberta ao Diretório Nacional


EM RESPEITO À DEMOCRACIA PARTIDÁRIA

O anúncio da formação de um Bloco Democrático e Reformista com a participação do PPS, PSDB e DEM com o objetivo declarado de organizar um movimento nacional que vença as eleições de 2010 e inicie um ciclo virtuoso de transformações, representa, independentemente do mérito que envolve a questão da sucessão presidencial, uma exorbitância das prerrogativas que competem aos membros da Comissão Executiva que deram respaldo à iniciativa.

Antes desse anúncio já haviam ocorrido as declarações que dirigentes do PPS fizeram à mídia nacional lançando, de fato, a candidatura do governador José Serra à presidência da República, e a iniciativa, timidamente desautorizada, que destacado membro da bancada federal do partido empreendeu visando à fusão do PPS com o
PSDB.

Trata-se, lamentavelmente, de um conjunto de atitudes que estão se tornando cada vez mais recorrentes, e que subtraem do Congresso Nacional do partido, do Diretório Nacional e do coletivo partidário a possibilidade de discutir e adotar, sem constrangimentos, livre e democraticamente, as decisões de fundo relativamente ao futuro do partido, ao seu projeto histórico programático e suas escolhas estratégicas nacionais.

Mais grave ainda é o fato desse anúncio ferir de morte a discussão sobre a sucessão presidencial, apenas poucos dias depois do Diretório Nacional ter declarado aberto o debate dessa questão sem exclusão prévia de quaisquer das possíveis alternativas que a sucessão apresenta.

Se já causa estranheza o fato da Comissão Executiva Nacional decidir a criação de um bloco eleitoral sem autorização expressa do Diretório Nacional e sem qualquer qualificação desse bloco em termos político- programáticos, é ainda mais inaceitável que seu anúncio, além de ultrapassar as intenções da própria Comissão Executiva,
já seja feito com expresso indicativo de apoio incondicional a determinadas composições partidárias e candidaturas presidenciais.

Contrastando visivelmente com o clima que deveria anteceder ao novo congresso partidário, ansiosamente aguardado como espaço de reflexão em torno de qual projeto nacional e de poder tem o PPS para o Brasil, a proposta de engajar a militância, imediatamente, na tarefa de juntar-se ao PSDB e ao DEM para "levar às ruas" um bloco eleitoral que, na ausência de um rosto, tem apenas a máscara de oposição e mais nada, representa, na prática e mais uma vez, o completo esvaziamento do momento congressual do partido em favor, apenas, da sobrevivência de alguns mandatos parlamentares e da retórica eleitoral de ocasião.

Muito embora figure no cenário político a possibilidade do PPS poder marchar com o PSDB no processo sucessório, isso não quer dizer, automaticamente, sobretudo no contexto da eleição em dois turnos, que uma simples plataforma anti-Lula seja o suficiente para o PPS abrir mão do seu programa e de suas propostas em nome da oportunidade eleitoral que se apresenta.

São nitidamente diferenciadas, embora não impeditivas do diálogo político, as visões que o PPS tem em relação ao PSDB e,principalmente, ao DEM e PMDB, este último citado como possível integrante do bloco, acerca de questões essenciais da política
nacional, particularmente no que diz respeito à área econômico-financeira, à área social, às reformas estruturais que o país reclama, à política externa brasileira, ao meio ambiente, à Amazônia, às matrizes energética e de transporte, ao problema da
violência e um sem número de temáticas que devem ser definidoras da nossa ação se quisermos continuar sendo um partido com projeto de poder e identidade com as grandes maiorias do mundo do trabalho, da cultura, da ciência e da exclusão em nosso país.

...Vivemos o fim de um ciclo - um rico período histórico, iniciado com a vitória de Tancredo-Sarney em 1985 e que se esgota com o governo Lula [...] Do apostolado neoliberal, na crença de um Estado-mínimo, a uma tardia opção de conteúdo social-democrata tupiniquim, transformada em síndico de uma verdade única financista, com
retórica avançada ? os governos FHC e Lula se enquadram, de alguma forma, nesta classificação. Uma nova era se inicia, exigindo novas idéias, a materialização de paradigmas alternativos, enfim, um outro projeto de desenvolvimento. (RESOLUÇÃO POLÍTICA DO XV CONGRESSO NACIONAL DO PPS. MARÇO, 2006).


Ademais não é justo, mesmo considerando como desdobramento provável a aliança com o PSDB de Serra ou Aécio Neves, que as alternativas da candidatura própria ou da formação de um terceiro caminho sejam simplesmente ignoradas, estigmatizadas e literalmente atropeladas.

Aceitar tal prática seria violar aquele que, seguramente, foi o princípio norteador da transição do PCB para o PPS, que é o princípio do radicalismo democrático, além de repetir escolhas precipitadas, a exemplo do que o nosso partido fez, no contexto das últimas eleições presidenciais, com esse misto de imposição e assembleísmo que tem custado muito caro à nossa agremiação.

...Ao sair da base de apoio ao governo Lula, no final de 2004, o PPS propôs uma nova alternativa para o país, lastreada no lema "Sem mudança não há esperança".

Consciente de suas responsabilidades históricas, e também de seus compromissos com as mudanças exigidas pelos brasileiros, o PPS continua a apostar na construção dessa
alternativa [...] Nós, do PPS, queremos construir este caminho a partir da esquerda [...] Lutamos por reformas democráticas profundas IDEM. RESOLUÇÃO POLÍTICA DO XV CONGRESSO NACIONAL DO PPS. MARÇO, 2006)


Consoante com o que foi dito, consideramos necessário, nas circunstâncias atuais, sem prejuízo das naturais articulações com as forças que se abram ao diálogo no campo da oposição, que explicitemos de forma inequívoca o programa mínimo das mudanças como ponto de partida para a construção de candidatura própria ou da
aliança possível no campo do centro-esquerda em nosso país.

Somente a discussão aberta e fraternal das diferentes visões em relação ao rumo que devamos tomar, buscando, até o limite, construir propostas consensuais ou que reúnam ampla maioria, permitirá a construção da unidade de todo o partido em torno da decisão que venha a ser tomada.

Isto posto, solicitam os subscritores da presente carta que seja convocada reunião do Diretório Nacional do PPS, para debate das questões aqui apresentadas, e adiadas quaisquer das reuniões estaduais já anunciadas envolvendo os diretórios estaduais e
municipais do PPS em articulações prematuras visando definição antecipada do processo pré-eleitoral nacional.

ARNALDO JORDY - Deputado Estadual PPS/PA - DN
ANIVALDO MIRANDA - Presidente do PPS de Maceió - AL - DN
LUZIA FERREIRA - Vereadora PPS/BH
JORGE ESPECHIT - Sec. Comunicação PPS-MG - DN
LUIZ ANTONIO MARTINS GATO - Líder sindical PPS/RJ - DN
TEREZA VITALE - Coordenação Nacional de Mulheres PPS/DF - DN
ABGAIL PASCHOA - PPS/RJ - DN
GEORGE GURGEL - Presidente do PPS/BA - DN
HELENA WERNECK - Coordenação Nacional de Mulheres - PPS/SP
VANESSA GOULART - Coordenação Nacional de Mulheres - PPS/MG
LUIZ ALBERTO RODRIGUES - Diretório Estadual PPS/MG
GILKA MARIA DE MORAIS OLIVEIRA - Tesoureira PPS/BH-DN
SILVIA HELENA - Vereadora PPS/BH - Vice-presidente PPS/BH -DN
RONALDO GONTIJO - Vereador PPS/BH - Diretório Estadual PPS-MG
JOÃO VITOR GARCIA - Executiva Estadual PPS/MG - DN
STOESSEL LUIZ VINHAS RIBEIRO - PPS/MG
JULIO SOARES - JPS/MG
SAMUEL BICALHO - JPS/MG
MARCIUS WAMBERTO - JPS/AL
DANIEL MIRANDA - DIRETORIO NACIONAL DO PPS E DA JPS

(*) Os membros do PPS que quiserem aderir à presente Carta Aberta, no todo ou com ressalvas, deverão faze-lo diretamente nas listas de discussões do PPS ou diretamente nos e-mails:

anivaldomiranda@oi.com.br e jordy@supridados.com.br.

Continue lendo...

domingo, 7 de dezembro de 2008

A prefeitura de São Paulo deve cortar R$ 2 bi do Orçamento para 2009


Vem chegando a "marolinha" e o resultado quase todo mundo já sabe. Mais uma vez o povão "sifu"! A lógica é mais ou menos a seguinte: A crise financeira mundial reduzirá a atividade econômica e, conseqüentemente, diminuirá a arrecadação e os repasses federais.

Se você não entendeu, não esquenta, explicamos em outras palavras. Vai ter menos grana para a prefeitura investir na saúde, educação, infra-estrutura, saneamento básico, iluminação, serviços em geral. Não será apenas na cidade de São Paulo. Todas as prefeituras do país vão passar por essa penitência.

Não acabou por aí...Calma, tem mais. Com a baixa da atividade econômica vamos ter menos dinheiro circulando. As industrias vão produzir menos e o comercio vai vender menos. Tudo isso por um simples motivo. Você, assim como boa parte dos brasileiros vão ter menos dinheiro para gastar.

Imagina só... Se a industria produz menos, certamente vai precisar de menos funcionários para trabalhar. Se o comercio vende menos provavelmente vai precisar de menos gente trabalhando... e assim vai. Olha o desemprego aí.

Nosso barbudo presidente, seu partido, e apoiadores se apropriaram indevidamente da autoria dos benefícios dos bons ventos da economia mundial. Agora que o vento mudou, vamos ver se são tão bons gestores da economia como até então diziam ser.

Continue lendo...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Rumo a 2010... Cadê o motorista ?


É... se alguém ainda tinha dúvidas sobre como o PPS vai se posicionar nas próximas eleições, pronto. Agora é oficial. Entramos no "Busão".

Não que a juventude seja contra, mas não podemos deixar de lembrar que não ouve nenhuma consulta aos filiados. O quanto vale nossa opinião ?

Tudo bem que ser oposição no Brasil não é nada fácil. Faz falta ter a "caneta" na mão, mas isso não justifica por si só esta situação. Depois o partido "não cresce" e ninguém sabe porque.

Pior ainda é ter que saber pela mídia que tem nego articulando a incorporação do PPS ao PSDB.

Embora a juventude não tenha vivido a época do PCB, dá muita vontade de dizer... Ah... que saudades do "Partidão". Melhor morrer lutando que viver de joelhos.

Veja o texto publicado no Portal do PPS


Partidos de oposição decidem formar bloco democrático para disputar presidência em 2010

Por: William Passos (http://www.pps.org.br)

Em reunião ocorrida nesta quarta-feira, em Brasília, os presidentes do PPS, Roberto Freire; do PSDB, Sérgio Guerra; e do DEM, Rodrigo Maia, decidiram que vão formar um amplo e democrático bloco político para disputar as eleições presidenciais em 2010. A aliança deve incluir ainda o PV e o PMDB.

O encontro serviu para os líderes decidirem estratégias que inclui a convocação de uma grande reunião para 2009, provavelmente na segunda quinzena de fevereiro, envolvendo prefeitos, governadores e parlamentares para discutirem o que batizaram de Bloco Democrático-Reformista.

A partir de agora, os representantes dos partidos formatarão um projeto de desenvolvimento para o Brasil que será repassado para as cinco regiões do país. No Congresso Nacional, PPS, DEM e PSDB já vinham atuando conjuntamente em diversas votações.

Durante a reunião, o PPS apresentou nota (leia abaixo) aprovada pela Executiva e pela bancada federal do partido, onde afirma “que vai trabalhar para a construção do bloco, capaz de organizar um movimento nacional que venças as eleições presidenciais de 2010, iniciando um cliclo virtuoso de transformações na socieadade”. O líder do partido na Câmara, Fernando Coruja, e o secretário-geral da legenda, Rubens Bueno, também participaram do encontro.

Aliança democrática

Para Roberto Freire, a formação é fruto de uma relação amadurecida no Congresso Nacional. “De dois anos para cá a relação desses partidos aqui no Parlamento melhorou e muito. O trabalho conjunto destas três legendas é evidente, além de ser um movimento que pode vir a ser vitorioso e representar de fato uma aliança democrática”, disse, após o encontro.

Já o presidente do PSDB afirmou que as ações começam desde já. São discursos e medidas que deixam o ambiente legislativo e ganham o Brasil. “Vamos harmonizar nossas posições locais, estaduais e federais e dar mais conteúdo a esse projeto que é de fazer oposição correta e ganhar a eleição para governar bem o Brasil”, afirmou.

A possibilidade de ampliar a aliança também é vista com bons olhos pelo presidente do Democratas. “Não tenho dúvida que vamos chegar na primeira fase, que é 30 de setembro, com todo o quadro regional e com a certeza do bloco unido do Rio Grande do Sul ao Norte do Brasil, com candidaturas que reúnam esses três partidos e que mais na frente possam reunir até outras forças políticas”, disse Rodrigo Maia.

PMDB
Roberto Freire ressaltou que o diálogo com determinados representantes desta legenda é “plena”. E que o convite para esta formação política está em andamento. “É bom lembrar a relação fraterna que vem da época do velho Partidão que participou da redemocratização e ajudou a integrar o antigo MDB. Temos uma história em comum”, lembrou.

PV
Na próxima sexta-feira, Roberto Freire tem encontro marcado com o presidente do PV, José Luiz de França Penna, para discutir a ampla aliança política.


Nota conjunta da Comissão Executiva Nacional do PPS e Bancada Federal do partido

A Comissão Executiva do Diretório Nacional do Partido Popular Socialista (PPS), em reunião conjunta com a bancada federal, decidiu trabalhar pela construção de um Bloco Democrático e Reformista, capaz de organizar um movimento nacional que vença as eleições presidenciais de 2010 e governe o pais, iniciando um ciclo virtuoso de transformações na economia e na sociedade.

Nos últimos seis anos, o atual governo se beneficiou de uma conjuntura financeira internacional que oferecia liquidez a todas as economias do mundo, graças a alavancagens jamais vistas no mercado, fazendo uso dos recursos fartos disponíveis, além de uma política fiscal de juros altíssimos e um verdadeiro populismo cambial, que transformou o país num entreposto de ganhos para os fluxos de capitais globalizados. Além de negar o discurso ético, o Executivo atropelou as instituições republicanas com a compra de parlamentares e partidos no episódio conhecido como o “mensalão”, a fim de controlar o Legislativo; criou e assenhoreou-se de dezenas de milhares de cargos públicos, usou os ganhos dessa ciranda para cooptar a sociedade organizada, trabalhadores e empresas para o interior do aparelho de Estado, ao mesmo tempo em que ofereceu e continua com políticas compensatórias para os mais pobres.

O mais grave, no entanto, é que o governo e o partido que o hegemoniza abandonaram as reformas estruturais que o Brasil tanto necessita, capazes de permitir ao país efetivamente alcançar seu desenvolvimento e ser menos desigual.

Agora que a crise econômica “atravessou o Atlântico”, resta à sociedade e ao próximo governo construir uma outra perspectiva de desenvolvimento, fazer uma gestão transparente e com responsabilidade na condução da política econômica, resistindo ao economicismo que é prisioneiro do mero crescimento econômico, e tenha reflexos concretos nas políticas sociais.

Assim, o PPS convoca os brasileiros para a formação deste Bloco Político de oposição ao atual governo e aberto à participação de partidos, lideres sindicais e comunitários, gestores públicos em todas as instancias, intelectuais, jovens, mulheres, universidades e escolas, lideranças religiosas, que apóiem seu programa e objetivos. No que diz respeito aos membros do PPS, cada um deverá ser portador desta proposta e assumir o dever de informar seus objetivos à sociedade, usando todos os meios possíveis de comunicação e informação.

Brasília, 2 de dezembro de 2008

Continue lendo...

domingo, 30 de novembro de 2008

Vai não vai.... Será ?

É... a imprensa disse que ia... Ela disse que não ia... pelos menos até ser convidada para tal.

O partido ficou em cima do muro, mas falou com representantes da prefeitura sobre o assunto. Tem gente que gostou da idéia e gente que tá "P... da vida" com essa história.

Se você não entendeu, relaxa! Ao que parece ninguém está muito preocupado em esclarecer o que realmente vai acontecer. Normal.

Continue lendo...

Federal 2010

No ultimo dia 29 de novembro Dimas Ramalho, deputado federal licenciado e secretário de obras do município de São Paulo, realizou encontro na cidade de Araraquara com políticos parceiros de todo o interior paulista. Prefeitos e vereadores em final de mandato, eleitos e reeleitos de todas idades e partidos.

A Juventude Popular Socialista esteve presente e constatou que Dimas Ramalho deverá ser mesmo candidato a reeleição a deputado federal em 2010 e que terá muita gente trabalhando por ele. Todos os discursos foram de apoio ao anfitrião... E se depender da vontade de alguns Barak Obama que se cuide nas próximas eleições.

O nome de José Serra foi muito lembrado entre os oradores. Ficou evidente de quem será o voto de parte significativa das lideranças políticas do interior paulista.

No mais... é esperar para ver.

Continue lendo...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Futuro do pretérito, outra vez

Diretamente da fonte (http://gabinetesoninha.zip.net) a versão que realmente conta sobre essa história da Soninha ser subprefeita.
Estadão me ligou: “É verdade que você vai ficar com uma Subprefeitura?”

Com esse, já são seis os convites que eu recebi (todos pelos jornais):
as Secretarias da Cultura, Esporte, Meio Ambiente, Assistência e
Desenvolvimento
Social, Participação e Parcerias foram os cinco primeiros.

A cada um
deles, uma enxurrada de reações: “Oba, você vai para a
Cultura!”; “Legal,
Participação e Parcerias, dá para fazer um milhão de
coisas!”; “Não ACREDITO que
você vai trabalhar para o Kassab”; “Eu SABIA,
você só quer o poder”.

(Acabo de lembrar que também vou coordenar o
programa de coleta seletiva
da prefeitura. Sete!)

***

Alguns
comentários são quase
ameaçadores: “Você não vai aceitar não é? Pensa bem o
que você vai fazer, eu
votei em você...”

***

Duvido que
algum político ou candidato a
cargo eletivo tenha ouvido tantas vezes de
seus eleitores: “NUNCA MAIS eu voto
em você”. Pela simples razão de que não
ouvem/lêem tantas milhares de pessoas
quanto eu (por email ou em blogs,
chats, fóruns, twitter, Orkut e pessoalmente).
Não que eu tenha mais
eleitores desiludidos/revoltados do que eles; é que é mais
fácil falar
comigo (e perguntar, elogiar, xingar) do que com a maioria.

Os motivos
do “nunca mais” são diversos. Tão variados qto os motivos
pelos quais as
pessoas votam em mim, afinal... (Ainda vou fazer uma lista de
todos o que já
ouvi. Também dá um catálogo de A a Z).

***

“Mas
você vai
para uma Subprefeitura?”

“Ninguém sequer me convidou...”

“Se for
convidada, você aceita?”

“Talvez”.

“Você
gostaria de ser
subprefeita?”

“Veja bem, eu quero ser prefeita... Uma
suprefeitura
não chega nem perto disso (NADA chega), mas pode ser uma
experiência muito
interessante na administração pública. Já discutimos muito,
inclusive na
Câmara, sobre a pequena autonomia administrativa, orçamentária etc.
das
Subprefeituras. Mesmo assim, deve ser muito legal poder lidar com um milhão
de temas e questões diferentes: calçadas, arborização, cultura, comércio
ambulante, jovens, idosos, bicicletas... Ser a ponta do Poder Executivo mais
próxima do cidadão...”

“De onde você vai ser Subprefeita?”

“Ei,
eu nem fui convidada!”

“Mas o que você prefere,
Santana?”

“Eu
não tenho que preferir nada, eu sei lá se vão me
convidar para uma Sub. Pode até
ser, mas infelizmente um convite/ nomeação
para um cargo no Executivo envolve
muitas coisas que não têm nada a ver com
capacidade, competência, adequação para
o cargo, etc.
Talvez o prefeito
tenha a maior dor-de-cabeça se nomear alguém
que sequer participou de sua
campanha, enquanto outras pessoas se esforçaram
tanto para elegê-lo. Talvez
precise de um nome que garanta mais apoio no
Legislativo.
O PPS tem dois
vereadores na Câmara e não vai garantir seus
votos favoráveis ao prefeito em
troca de participação no governo... Veja os
problemas que o Lula tem com
parte da bancada governista por causa do Temporão
(que é um bom ministro,
mas não está lá para fazer agrados a parlamentares e é
bombardeado por causa
disso)”.

“Entendo. Mas se for convidada, prefere
Santana?”

“[Suspiro] Eu morei duas décadas em Santana, também já morei
em
outros bairros e regiões, outros eu conheço bem porque trabalhei neles, e
muita gente defende que um Subprefeito tem de ser do pedaço. Mas SE eu for
convidada, poderia ser Cidade Tiradente, seria sensacional ser Subprefeita
de
lá. Já pensou tudo o que tem pra fazer?”.

“Então você gostaria?”

[Lá vou eu outra vez...] “Pode ser muito legal ser Subprefeita. Muito.
Se você realmente puder e conseguir fazer tudo o que precisa ser feito, uau.
Se
tiver recursos orçamentários e humanos, estrutura, alguma autonomia...
Que
possibilidade incrível. Mas, como eu disse, depende...”

“Você
sabe que,
se isso acontecer, você vai ser muito criticada, né? Sua imagem
não vai ficar
abalada por servir a um governo democrata?”

“Claro que
sim. Se um dia eu
vier a trabalhar na administração, vou tomar um pau (já
tomo sem ter acontecido
nada). “Incoerente, traidora!”. Mas se eu tiver
convicção de que posso fazer um
bom trabalho, relevante e útil para a
sociedade, azar da “minha imagem”. Ela não
pode ser o mais importante. Eu
sou budista, eu acredito que devo sacrificar meu
prestígio, conforto, imagem
se for para servir a algo mais importante... O “eu”
não é o mais importante.

A possibilidade de trabalhar nessa
administração me lembra as
oportunidades que eu tive de trabalhar na Globo. Já
recebi alguns convites –
ouvi, cogitei, mas não aceitei. Isso significa “Rede
Globo, jamais!”? Não.
Claro que a Globo representa várias coisas que eu critico,
condeno, etc.,
mas também é possível fazer coisas muito legais na Globo. Se eu
tivesse
certeza de que poderia fazer um trabalho de acordo com as minhas
convicções,
eu iria. Olha o Caco Barcelos: ele está na Globo e eu adoro as
coisas que
ele faz.

Se eu tivesse ido para a Globo, muita gente me
acusaria de
“vendida para o sistema” (era a expressão mais usada nos meus tempos
de MTV
para situações como essas – a banda independente que assina com uma
gravadora, o artista rebelde que dá uma entrevista na televisão...). Mas se
eu
fosse, tendo total convicção de que poderia fazer o meu trabalho,
agüentaria as
críticas desse tipo. Não posso deixar de fazer alguma coisa
que eu considero
importante com medo do que as pessoas vão pensar e
dizer...”

***

E assim ficamos. Não sei o que vai sair no jornal
logo mais, mas espero
que se pareça com essa conversa... Estava aqui no meu
canto quando vieram me
perguntar “e aí, que tal uma Subprefeitura?”, e eu,
como sempre, respondi o que
me perguntam: “Ser subprefeita pode ser bem
legal, mas não me convidaram, não”.
Quero ver quanto tempo vai demorar para
dizerem que eu “me ofereci” – ou seja, a
gente apanha pelo que fez e não
fez, pelo que pensou em fazer e o que nem passou
pela cabeça... Ficar
pirando em agradar as pessoas também faz com que os
políticos fiquem muitos
parecidos uns com os outros, escolhendo cuidadosamente
as palavras, evitando
dar opiniões sinceras, consultando a assessoria de
comunicação sobre o que é
mais indicado dizer em cada situação...

Como
eu já disse, talvez
alguns dos meus colegas vereadores tenham razão: eu não sei
ser política,
não entendo o que é política, nunca vou aprender como é ser da
política.

Continue lendo...

(Con)Fusão! Alguém viu a posição oficial do PPS ?




Sobre essa história de fusão entre o PPS e o PSDB só se tem "notícias relacionadas" pela mídia. Procurando no Portal do PPS (http://www.pps.org.br/) não se acha quase nada sobre o assunto.

Agrada pensar que tudo isso não passa de especulação, mas pelo quase "silencio" oficial e pelo andar da carruagem, tudo parece indicar que foi mesmo um tiro no próprio pé. Que beleza!

Continue lendo...

Soninha Subprefeita ?

Ainda não está oficializado, mas segundo o jornal "O estado de São Paulo" o prefeito Gilberto Kassab (DEM) que faz uma administração tucana estaria acertando com o PPS paulistano a participação de Soninha Francine no seu governo.

A idéia seria ocupar uma subprefeitura na capital, provavelmente a de Cidade Tiradentes, no extremo leste da cidade. Segundo o jornal, Soninha teria declarado:

'Se eu tiver a certeza de que poderei realizar um bom trabalho, que poderei ter uma experiência desafiadora, aceitarei sim. Eu sou budista, não tenho problema em abrir mão do prestígio. Não posso pensar no que vão falar mal de uma coisa da qual eu tenho convicção'.

A notícias diz que o convite não teria sido oficializado em relação a Soninha pela resistência de alguns integrantes do próprio PPS. Atualmente o Partido Popular Socialista ocupa a subprefeitura da Casa Verde(ZN). Fica a pergunta... Será mais uma subprefeitura na cota do partido ou um remanejamento da "divisão do bolo" que já existe ?

Quem viver verá!

Continue lendo...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

JPS-SC >>> Serra Presidente em 2010

A Juventude Popular Socialista de Santa Catarina (JPS-SC) sinaliza pelo apoio da entidade à candidatura de José Serra (PSDB) à presidência da república em 2010.

Veja a íntegra da nota:

"A Juventude Popular Socialista de Santa Catarina - JPS SC vem, por meio desta nota, abrir o debate interno sobre a conjuntura política que definirá os encaminhamentos partidários para as eleições de 2010.

Este órgão de cooperação partidária, através da sua Direção Executiva e demais lideranças da Juventude do PPS de Santa Catarina, reunidos em encontro no dia 08 de novembro do corrente ano, levantaram a preocupação sobre o trato das questões públicas por parte dos governantes e o momento em que nosso partido pode participar na grande mudança que o Brasil precisa, a ser balizada fundamentalmente na transparência e no respeito ao cidadão.

Nas eleições deste ano, percebemos claramente, assim como nas anteriores, a decisiva participação do poder econômico, ignorando ideologias e projetos, colocando o capital como um trator esmagador aos adversários, afastando o espirito democrático do processo eleitoral, causando desequilíbrio de forças. Até mesmo o partido no plano nacional avalia que nossas limitações ocorreram em grande parte por termos a firme posição de nos afastarmos da base governista, esse fato que já havíamos observado tanto nas eleições para o executivo estadual, como na reeleição de FHC e de Lula, de que o campo situacionista gera desequilíbrio de forças, vem colaborar com esta discussão partidária.

Independentemente de como se dá a gestão, com ou sem denuncias de corrupção, uso indiscriminado da maquina pública, abuso do poder econômico, quem está no cargo faz de tudo para permanecer, concretizando assim seus interesses não comum projeto de estado, mas na grande maioria das vezes, num mero e mesquinho projeto de poder individual ou familiar, se reportando aos longínquos e nublados tempos das capitanias hereditárias.

A defesa inafastável do respeito aos brasileiros para nós é um principio que deve ser periodicamente defendido, através da construção e consolidação real, portanto, já preocupados com o desenrolar da eleição de 2010, estamos defendendo a alternância do poder como balizador da democracia, e assim como na vitória de Barack Obama se mostrou uma necessidade vital para os Estados Unidos da América, acreditamos que no Brasil há de existir o mesmo processo de não sucessão, não ao continuísmo. A Juventude deve estar preparada para construir um projeto, devendo afunilar não no nome, nos interesses pouco republicanos e democráticos e, sim, do projeto de construção de um brasil mais justo, confiando esta missão há alguém que representa historicamente muitas de nossas lutas, tanto no movimento estudantil (presidente da UNE 1963), como no exílio e posteriormente pela abertura política e reestruturação da própria UNE.

Assim, encaminhamos as instâncias partidárias na esfera Estadual e Nacional o indicativo deste orgão de cooperação partidária para aprofundar a aproximação quanto ao nome do atual GOVERNADOR DE SÃO PAULO, JOSÉ SERRA, liderança de centro esquerda do Partido da Social Democracia Brasileira, e tanto a Juventude Popular Socialista, quanto o próprio PPS, devem desde já construir uma proposta programática em torno deste possível projeto, com base no poder local e nos princípios da radicalidade democrática e em todo o conjunto de ações de juventude que até hoje o atual governo federal não colocou em prática, afirmando a nossa identidade como protagonistas e usando a nossa tradição de fazer a boa política para participar ativamente deste processo.

A alternância de poder é uma necessidade de fortalecimento da democracia e respeito às instituições constitucionais de nosso país, acima de tudo a defesa no fortalecimento do exercício da cidadania brasileira.

Florianópolis, 08 de novembro de 2008

Executiva Estadual da JPS
Lideres da Juventude Popular Socialista de Santa Catarina"

Continue lendo...

sábado, 22 de novembro de 2008

Campanha do PPS

Nós da JPS de São Paulo damos total apoio a essa campanha!

Continue lendo...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

"Existem razões que a própria razão desconhece"


Circulou pela mídia a notícia sobre uma possível fusão entre o PPS e o PSDB. A justificativa seria o "medo" do PPS minguar em função de uma grande perda de espaço político. Cidades administradas pela oposição não recebem o mesmo tratamento que outras comandadas pelos "companheiros" do poder. É preciso ter muita convicção para não se vender para o "lado negro da força".

Querer se vender vai da consciência de cada um... O PPS não está a venda, ou pelo menos não deveria estar. E se realmente existe o risco do fim, penso eu, melhor seria morrer lutando do que viver de joelhos.

"Se alguém no PPS está REALMENTE pensando nisso (duvido – aposto que é distorção maldosa, em todo caso...), pergunto: se não quer mais ficar no partido porque ele pode "desaparecer", se não interessa fazer com que se fortaleça e cresça com consistência, se não quer assumir bandeiras com independência, firmeza, inclusive disputando eleições contra os grandes, se não quer afirmar sua identidade, por que não pede para sair, simplesmente? A Constituição prevê liberdade de associação! Saia, mas não leve o 23 com você, por favor. Deixe para quem gosta e faz questão dele." Soninha Francine

É isso aí Soninha.... estou contigo e não abro.
Luís Sant'Anna

Continue lendo...

domingo, 16 de novembro de 2008

Perder eleição dá dor de cotovelo ?


O Site www.vermelho.org.br publicou a seguinte matéria:

PPS-PSDB: "Fusão para quê?", questiona Zé Dirceu

A imprensa noticia que houve um jantar de dirigentes dos dois partidos para discussão dessa fusão. O presidente nacional do PPS, ex-deputado Roberto Freire (PE) evita falar ''oficialmente'' em fusão, mas confirma que deputados e filiados de seu partido debatem o assunto. A pergunta a se fazer é: para quê?
Por Zé Dirceu, em seu blog.

O PPS, já há muito tempo, é um apêndice dos tucanos. Então, o máximo que podem fazer é legalizar uma situação de fato. Sem esquecer que o PSDB de São Paulo também já fez uma fusão de fato com o quercismo.

Nem deixar de lembrar que o ex-governador Orestes Quércia foi uma das principais razões da criação do partido em 1988. Na ocasião, o antiquercismo era o ''leitmotif'' para a fundação do PSDB e o então governador de São Paulo (Quércia, 1987-1990) o modelo de político e de se fazer política que o PSDB deveria negar e repudiar.

Quem não se lembra?

Pelo visto só os atuais dirigentes tucanos, começando pelo governador de São Paulo, José Serra, que há tempos incorporou os principais colaboradores do quercismo a seu Governo. Como, aliás, já havia feito seu antecessor imediato, o ex-governador Geraldo Alckmin.




A pergunta que fica é a seguinte: Se o "PPS é um apêndice dos tucanos" porque apoia um projeto liderado pelo PSDB seria correto dizer que seguindo essa regra o PCdoB é um Apêndice do PT porque desde sempre deu apoio o projeto "Lula lá" ?

Quando o PPS apoia a candidatura de Manuela D’Ávila (PCdoB) a prefeitura de Porto Alegre nos é oferecido até o cargo de vice, mas quando ajudamos a derrotar a dobradinha PT/PCdoB em São Paulo o PPS é o pior dos mundos. Que beleza!

Ah... e outra. O PCdoB diz que o PMDB de Orestes Quercia não presta. Gozado, quando o mesmo Quercia apoiava o governo Lula o tratamento era outro. O PMDB paulista recebia o mesmo tratamento dado ao resto do PMDB "governista" de figuras como Jader Barbalho, Delfim Neto, Renan Calheiros, José e Roseana Sarney. Ah... Esses sim são bons "companheiros"!


Parabéns PCdoB. Nada como ser coerente!

Continue lendo...

SP sedia encontro mundial de partidos comunistas na 6ª feira

YOLANDA FORDELONE
Agencia Estado

SÃO PAULO - São Paulo vai sediar a partir da próxima sexta-feira (21) o 10º Encontro dos Partidos Comunistas e Operários. O evento, este ano organizado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), já tem confirmada a presença de 73 siglas, de cerca de 60 países.

Entre os participantes estão o Partido Comunista da China, que no próximo ano completa 60 anos no poder, e o Partido Comunista de Cuba. Entre as siglas brasileiras, participam o Partido Comunista Brasileiro (PCB), o Partido Popular Socialista (PPS), e o próprio PCdoB.

Pela primeira vez, o evento é realizado fora da Europa. A primeira edição ocorreu em 1999, por uma iniciativa do Partido Comunista da Grécia (KKE), e, até 2006, Atenas era a sede do encontro. Além da Grécia, já sediaram a reunião Lisboa (Portugal) em 2006 e Minsk (Belarus, na região da antiga União Soviética) em 2007.

Nesta edição, os partidos têm como tema do debate "Novos fenômenos no quadro internacional. Contradições e problemas nacionais, sociais, ambientais e interimperialistas em agravamento. A luta pela paz, a democracia, a soberania, o progresso e o socialismo e a unidade de ação dos Partidos Comunistas e Operários". O encontro, que é fechado aos partidos, ocorre no Novotel Jaraguá, em São Paulo.

O público poderá participar no próximo sábado de um ato em solidariedade à América Latina. O evento, marcado para as 18 horas, acontece na Quadra dos Bancários (Rua Tabatingüera, 192), próxima à Praça da Sé.

Segundo os partidos participantes, os encontros contribuem para recuperar a força do movimento comunista, que sofreu derrotas após a queda da União Soviética e dos países socialistas no Leste europeu, no final dos anos 80 e começo dos anos 90.

Continue lendo...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Aprovada a PEC da juventude


Escrito por Fabiana
http://www.juventudesulamericanas.org.br

Foi aprovada, dia 12 de novembro, em segundo turno, na Câmara dos Deputados, em sessão extraordinária, a Proposta de Emenda à Constituição nº 138, de 2003, a PEC da Juventude, de autoria do deputado Sandes Junior.

A Emenda foi aprovada com 382 votos e uma abstenção na forma do substitutivo da deputada Alice Portugal (PcdoB/Ba), relatora da matéria em comissão especial, que altera o artigo nº 227 da Constituição.

Popularmente conhecida por PEC da Juventude, a proposta determina que o Estado brasileiro deve proteger os direitos econômicos, sociais e culturais dos jovens, como saúde, alimentação, educação, lazer, profissionalização e cultura.

Entretanto, exclui alguns pontos, considerados pelos partidos como assuntos a serem tratados pela legislação infraconstitucional. Um deles é a exclusão da prioridade dada às crianças, aos adolescentes e aos jovens portadores do vírus HIV em programas de prevenção e atendimento especializado dessa doença.

Os deputados também retiraram a proposta de criação de unidades de referência juvenil, com pessoal especializado em jovens, além da implantação de políticas públicas específicas (formação profissional e acesso ao primeiro emprego).

O texto prevê o estabelecimento do Plano Nacional da Juventude, de periodicidade decenal, para articular as esferas do poder público na execução de políticas públicas, e o Estatuto da Juventude garantindo o compromisso do governo com políticas públicas para os jovens de 15 a 29 anos.

A matéria agora segue para tramitação no Senado, onde será também votada em dois turnos.

Continue lendo...

Recuo nas capitais preocupa petistas


Sigla teve 1 milhão a menos de votos este ano em relação a 2004

Marcelo de Moraes
O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - Apesar de ter crescido em número de prefeituras nas eleições municipais, o PT recebeu cerca de um milhão de votos a menos nas capitais em relação à votação de 2004. Essa queda foi até maior do que parece já que o eleitorado do País cresceu em relação a quatro anos.

Em 2004, o PT teve 6.049.546 votos nas capitais. Agora, foram 5.046.663. Essas contas levam em consideração apenas os votos conquistados no primeiro turno, quando todas as candidaturas são analisadas pelos eleitores e o voto é mais partidário. O levantamento foi feito pelo Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do próprio PT.

Parte dessa queda é justificada pela decisão de não lançar candidatos em capitais onde o PT foi muito bem em 2004, como Belo Horizonte, quando Fernando Pimentel foi eleito com 872 mil votos.

Em números totais, as maiores perdas de eleitores do PT ocorreram em Porto Alegre (menos 124 mil votos) e São Paulo (menos 120 mil). No caso da capital gaúcha, o PT teve um candidato mais competitivo em 2004, quando Raul Pont terminou o primeiro turno à frente de José Fogaça (na época no PPS, hoje no PMDB). Depois, acabou derrotado por Fogaça no segundo turno. Agora, a petista Maria do Rosário até chegou ao segundo turno, perdendo para o mesmo Fogaça.

Em São Paulo, a queda representa apenas perda de terreno político, uma vez que Marta Suplicy foi a candidata do PT nas duas eleições. Mesmo com o crescimento do eleitorado paulistano, a petista encolheu sua votação no primeiro turno em 120 mil votos, caindo de aproximadamente 2,2 milhões de votos para cerca de 2 milhões.

O resultado se torna mais preocupante para o PT uma vez que o partido continua não conseguindo obter sucesso nas votações das capitais das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Nas dez capitais dessas regiões, que concentram o maior número de eleitores e de riqueza do País, o PT vai controlar em 2009 apenas Vitória, onde João Coser foi reeleito. É muito pouco para o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerando que o PT também já não controla nenhum governo dos Estados dessas três regiões.

A situação aponta um problema grave para os planos do PT à sucessão presidencial em 2010. Até então, o prestígio pessoal de Lula vinha compensando nas urnas a ausência do controle político desses grandes centros. O problema é que o presidente não poderá concorrer em 2010, o que torna mais difícil para o candidato governista a tarefa de conquistar votos. Para agravar ainda mais esse cenário, os dois principais pré-candidatos da oposição têm origem justamente nos Estados mais fortes do Sudeste. O tucano José Serra governa São Paulo, maior colégio eleitoral. Outro tucano, Aécio Neves, governa Minas, segundo maior colégio entre os Estados.

Para compensar, o PT ampliou seu capital eleitoral em Fortaleza e Salvador. Na capital cearense, Luizianne Lins foi reeleita com mais 345 mil votos em relação a 2004. Em Salvador, Walter Pinheiro trouxe mais 129 mil votos para o PT. Apesar desse crescimento, a prefeitura permaneceu com João Henrique (PMDB).

Continue lendo...

sábado, 8 de novembro de 2008

Falando com as paredes


Soninha
http://gabinetesoninha.zip.net/

Escrevi para o Painel do Leitor da Folha na sexta-feira, mas até agora não publicaram. Por enquanto, fica registrado aqui:

"Quem disse que eu adoraria "participar da equipe de Kassab" foi a Folha, não eu. Eu disse que adoraria ser Secretária de Habitação, de Transportes ou, de preferência, chefe das Secretarias todas – queria mesmo é ser prefeita, tanto é que fui candidata. Disse também que seria muito presunçoso me oferecer pelos jornais, respondendo se aceitaria esse ou aquele cargo, sem ter havido qualquer convite. Mas, em título desonesto, a Folha me apresentou como oferecida; mais que isso, sequiosa. E o Painel, em nota venenosa (pleonasmo), atribui a mim, como é praxe, o que não é meu, usando o título mal escrito como referência. Lamentável. Quem quiser saber o que eu digo, melhor ler o que eu escrevo, livre das interferências autorais dos jornalistas. Soninha - vereadora PPS".

Continue lendo...

Participe da FEBRACE, uma das maiores feiras de ciências do Brasil


O cadastro de projetos para 2009 já pode ser feito por meio de nosso site. Os estudantes têm até 19 de Novembro para enviar seus projetos.

A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) é uma das maiores feiras de
ciências brasileiras e recebe projetos de estudantes do último ano do ensino fundamental, ensino médio e técnico, com até 21 anos. Os projetos podem ser desenvolvidos individualmente ou em grupos de até 3 estudantes, com um orientador e um co-orientador.

A FEBRACE tem como principal objetivo estimular e gerar oportunidades para novos
talentos nas áreas de Ciências (Exatas, da Terra, Biológicas, da Saúde, Agrárias, Sociais e Humanas) e Engenharia, sempre focando o incentivo ao raciocíonio crítico e à reflexão sobre problemas sociais.

Em sua sexta edição, a Feira alcançou aproximadamente 1.000 submissões de projetos
completos, dentre os quais 262 foram selecionados como finalistas. Além da grande participação de estudantes com projetos, o número de visitantes do evento cresceu, chegando a aproximadamente 12 mil pessoas nos três dias de evento.

Os projetos que participam da FEBRACE podem ganhar medalhas, bolsas, equipamentos
e certificados, tanto da organização da feira como de instituições parceiras. Os grandes destaques da FEBRACE são qualificados para a Intel ISEF (International Science and Engineering Fair), maior feira internacional de ciências, realizada anualmente nos Estados Unidos.

Em 2008, 9 projetos dos projetos apresentados na FEBRACE foram premiados para participar da feira internacional. Entre eles estava o “Análise Numérica e Experimental de um sistema de conversão direta da energia solar em energia térmica para o tratamento de recursos hídricos”, projeto do estudante bahiano Denilson Luz Freitas (20), que participou pela terceira vez da Intel ISEF e voltou de Atlanta, EUA, com 2 prêmios.

Outro projeto brasileiro presente na feira internacional foi o “Sucatas de máquina para lavar roupa viram sovador de pão” , do grupo Gleberson Souza (18), Cleiton Soares (19) e Pitter Wesley Oliveira (18) do Mato Grosso. Projeto criativo que ajuda famílias carentes a economizarem A sétima edição da FEBRACE acontecerá entre os dias 17 e 21 de Março de 2009, na Universidade de São Paulo, campus do Butantã, Zona Oeste da capital.

O processo de submissão de projetos pode ser feito através do site
(http://www.lsi.usp.br/febrace), onde estão disponíveis os formulários, ou por correio, solicitando os formulários impressos por e-mail (febrace@lsi.usp.br)
ou pelo telefone 55 11 3091.5430

AGENDA - 7ª FEBRACE

Submissão de projetos até 19 de novembro de 2008
Mostra de Projetos Finalistas 17,18 e 19 de março de 2009
Cerimônias de Premiação 20 e 21 de março de 2008

Assessoria de Comunicação – FEBRACE

Elena Saggio
elena@lsi.usp.br
55 11 3091.5667

Laís Bueno
lais@lsi.usp.br
55 11 3091.5676

Site oficial: www.lsi.usp.br/febrace

Continue lendo...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Obama deve ser melhor para o mundo e o Brasil, dizem especialistas


Democrata é tido como mais diplomático e negociador.
No entanto, pode dificultar mais a entrada de produtos brasileiros nos EUA.

Paula Adamo Idoeta
Do G1, em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia adiantado, na semana passada, sua torcida pela vitória de Barack Obama nas eleições dos EUA. "Da mesma forma como o Brasil elegeu um metalúrgico e a Bolívia elegeu um índio, seria um avanço cultural a vitória de um negro na maior economia do mundo", disse Lula.

Mas que impacto real terá a eleição de Obama no Brasil? Ainda que McCain e os republicanos sejam mais propensos à abertura comercial dos EUA, especialistas escutados pelo G1 concordam com Lula em linhas gerais e crêem que a escolha por Obama foi acertada.

A curto prazo, McCain talvez fosse mais vantajoso para o Brasil, por fazer maior defesa do comércio livre, enquanto Obama e seu partido são contra a redução de tarifas agrícolas que beneficiariam o etanol brasileiro, entre outras commodities. “Mas Obama é melhor para o mundo, por ser mais negociador e diplomático”, defende o professor da FEA-USP Carlos Eduardo Soares Gonçalves, autor de “Economia sem Truques”, em entrevista ao G1. “Isso deve diminuir as tensões geopolíticas, reduzir as chances de uma arrancada no preço do petróleo e aumentar o fluxo de capitais, que indiretamente beneficiariam o nosso país”.

Opinião semelhante dá Paulo Visentini, professor e pesquisador do Núcleo de Estratégia e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Em geral o Brasil tendia a preferir presidentes republicanos, menos protencionistas. Mas hoje somos menos dependentes dos norte-americanos. E o Obama não é um negro ‘de gueto’, e sim um cosmopolita, com uma abertura ao diálogo que os EUA precisam recuperar”, analisa Paulo Visentini, professor e pesquisador do Núcleo de Estratégia e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Rafael Duarte Villa, coordenador do Núcleo de Pesquisas em Relações Internacionais da USP, acredita que o grande diferencial de Obama é que ele pode recuperar o multilateralismo na política externa dos EUA, mas é mais cauteloso quanto ao impacto econômico de uma administração democrata no Brasil. Afinal, diz ele, a América Latina não é prioridade dos EUA no momento.

“Mais do que efeitos em abertura comercial ou mudanças políticas, a América Latina e o mundo sentirão o impacto das medidas tomadas contra a crise financeira. Mas isso ainda é uma incógnita”, explica Duarte Villa.

Os especialistas apontam que o presidente eleito terá pouca margem de manobra para domá-la. Afinal, tanto Obama como John McCain votaram, como senadores, pela aprovação do pacote de socorro de US$ 700 bilhões aos bancos elaborado pela gestão de George W. Bush. “Sobra pouca autonomia ao presidente eleito, já que as políticas econômicas estão amarradas ao pacote”, diz Visentini.



Políticas fiscal e migratória

No entanto, explica Soares Gonçalves, talvez Obama seja mais flexível à idéia de mudar a política fiscal dos EUA e aumentar gastos e déficit públicos. “E essa medida, em tempos de crise, pode ajudar no crescimento econômico”, afirma o especialista da FEA-USP.

Na questão migratória, os latino-americanos também podem ter saído ganhando com a vitória de Obama, pero no mucho. “Os republicanos são tão rígidos neste aspecto que qualquer pequeno passo atrás pode ser considerado uma concessão, ainda que não seja grande’”, aponta Visentini.

“Há uma expectativa de flexibilização [das regras imigratórias] em uma administração democrata, mas esse tema foi ausente da campanha e Obama não tem uma agenda clara”, explica Duarte Villa.

Continue lendo...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Use o nariz de palhaço!





Continue lendo...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Política Estudantil - Eleições Diretas na UNE


Atualmente, a presidência e a direção da UNE são escolhidas pela chamada eleição congressual, em que só votam delegados, escolhidos previamente nas universidades de acordo com critério proporcional. Em tese, a escala é de um delegado para cada mil alunos, entretanto como é a própria direção da UNE que credencia os delegados, a oposição sempre tem mais dificuldades de credenciamento.

Não é a toa que a juventude do PCdoB (UJS) comanda a entidade a muitos anos. Os congressos transformaram-se em nada mais que instrumentos de homologação da eterna direção do PCdoB sobre a UNE. Nada mais do que uma palhaçada...

A UJS quer se manter eternamente no "poder", e para isso faz de tudo para deixar o Congresso ainda mais antidemocrático, ou seja, reduzir ao máximo a participação da oposição na UNE, eliminando por completo a participação dos estudantes, assim como os Congressos da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), também dirigida pela UJS.

Por isso entendo que nós da JPS não podemos fazer parte deste jogo de mentiras... É preciso lutar por eleições diretas na UNE.

Grande abraço

Luís Sant'Anna
Diretas Já!

Continue lendo...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

PPS aposta em Serra para voltar a crescer em 2010

Agencia Estado

BRASÍLIA - O PPS vai apostar todas as suas fichas na candidatura do governador José Serra (PSDB) à Presidência, em 2010, para voltar a crescer. É com essa perspectiva que espera reverter o quadro das eleições municipais, quando elegeu 57,1% menos prefeitos do que em 2004. Mesmo diante desse desempenho, a cúpula do partido descarta a curto prazo a hipótese de fusão ou incorporação a outra sigla.

"Fusão ou incorporação é uma possibilidade que tem relação com uma eventual reforma política que impossibilite a nossa sobrevivência", disse o líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC). Ao garantir que não está nos planos a associação a nenhuma outra legenda, o presidente do PPS, Roberto Freire, observou que o partido sofreu defecções desde que deixou de apoiar o governo Lula, em dezembro 2004. Dos 310 prefeitos eleitos há quatro anos, apenas 84 permanecem no PPS até agora.

"Por isso digo que tivemos um crescimento de 54%: pulamos de pouco mais de 80 prefeitos para 132 agora eleitos", explicou Freire, referindo-se ao resultado das urnas deste ano. "O PPS não está minguando. Mas também não vou dizer que tivemos grande vitória." Nenhuma das 132 cidades conquistadas pelo partido tem mais de 200 mil eleitores.

Tanto Freire quanto o secretário-geral do partido, Rubens Bueno, alegam que o PPS foi a legenda que mais perdeu políticos ao romper com o governo. Dois governadores deixaram a sigla - Eduardo Braga, do Amazonas, e Blairo Maggi, de Mato Grosso. O partido também começou a minguar com a saída do hoje deputado Ciro Gomes (PSB-CE), além do prefeito reeleito de Porto Alegre, José Fogaça, que foi para o PMDB. Em 1998 e 2002, Ciro foi candidato à Presidência pelo PPS. Com sua derrota, o partido passou a apoiar Luiz Inácio Lula da Silva, mas deixou o governo em 2004. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Continue lendo...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

JUSTIFICATIVA ELEITORAL





O eleitor que estiver fora de seu domicílio eleitoral no dia da eleição terá de justificar sua ausência.
A justificativa eleitoral pode ser apresentada no dia da eleição ou nos 60 (sessenta) dias posteriores ao pleito.

Vale lembrar que a ausência a cada turno da eleição deve ser justificada individualmente.

O formulário Requerimento de Justificativa Eleitoral pode ser obtido, gratuitamente, nos cartórios eleitorais, nos postos de atendimento ao eleitor, nas páginas da internet do TSE e dos tribunais regionais eleitorais de cada Estado, assim que for colocado à disposição pela Justiça Eleitoral, e em outros locais previamente autorizados pelo juiz eleitoral, bem como no dia da eleição, nos locais de votação ou de justificativa.

No dia da votação, basta que o eleitor, portando o título eleitoral e um documento oficial de identificação com foto, dirija-se a qualquer local destinado ao recebimento de justificativa eleitoral e entregue o respectivo formulário devidamente preenchido.

O formulário entregue em local situado no município onde o eleitor é inscrito ou preenchido com dados incorretos, que não permitam sua identificação, não será considerado válido para justificar a ausência às urnas.

Caso o requerimento de justificativa seja entregue em lugar diverso dos definidos pela Justiça Eleitoral, cabe ao juiz eleitoral decidir sobre o deferimento ou não.

Após o dia da votação, o eleitor tem o prazo de até 60 (sessenta) dias para formalizar a justificativa eleitoral, encaminhando requerimento ao juiz da zona eleitoral em que for inscrito.

Esse requerimento pode ser entregue em qualquer cartório ou posto de atendimento eleitoral, ou, na impossibilidade, encaminhado, por via postal, ao cartório da zona eleitoral onde é inscrito o requerente.

O pedido deve conter a qualificação completa do eleitor (nome, data de nascimento, filiação, número do título e endereço atual), o motivo da ausência à votação, cabendo-lhe, ainda, apresentar documentos que comprovem sua identidade e as razões alegadas para justificar a ausência às urnas.

O acolhimento ou não das alegações apresentadas ficará, sempre, a critério do juiz da zona eleitoral em que o eleitor estiver inscrito.

O prazo de 60 (sessenta) dias é contado a partir da data de cada turno. Assim, se o eleitor deixou de votar no primeiro e no segundo turno da eleição, terá dois prazos para justificar suas ausências: um de sessenta dias, contado da data de realização do primeiro turno e outro, com a mesma duração, com início a partir do dia em que ocorrer o segundo turno.

O eleitor pode justificar as ausências às eleições tantas vezes quantas forem necessárias, mas deve estar atento a eventual realização de revisão do eleitorado no município onde for inscrito, em decorrência da qual pode ter o seu título cancelado.

Continue lendo...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Diretório Nacional se reúne dia 30 e analisa novo calendário do XVI Congresso

O Diretório Nacional do PPS discute nos dias 30 e 31 de outubro, em Brasília, um novo calendário para os congressos municipais, estaduais e nacional do partido, a serem realizados em 2009. De acordo com a proposta aprovada pela Executiva do partido no último dia 14, os congressos municipais seriam adiados para o período entre 26 de março e 10 de maio, e os estaduais para os dias 13 e 14 junho.

O XVI Congresso Nacional, por sua vez, aconteceria entre os dias 17 e 19 de julho. Para ter validade, o novo calendário deve ser aprovado pelo Diretório Nacional, que se reúne em Brasília entre os dias 30 e 31 de outubro próximos, no San Marco Hotel, em Brasília.

De acordo com o calendário anterior, aprovado em 2007, as atividades teriam início com os congressos municipais em novembro de 2008 e iriam até janeiro de 2009. Em fevereiro seria a vez dos congressos estaduais e, em março, o Congresso Nacional.

Para o secretário-geral do partido, Rubens Bueno, o cumprimento desse calendário seria inviável, já que o partido está concentrando esforços nos dedobramentos das eleições municipais. “Temos a montagem dos governos locais, a diplomação em dezembro, a posse em janeiro, o recesso, férias, enfim, seria inviável a realização dos congressos nesses períodos”, afirmou Bueno.

Além do novo calendário, o Diretório Nacional do PPS vai debater a atual conjuntura política e econômica, a continuidade dos cursos de formação da legenda, a preparação e o papel do partido nas eleições de 2010, entre outros assuntos.

Veja abaixo a proposta de calendário para os congresso e a íntegra da convocação do Diretório:


PROPOSTA DO XVI CONGRESSO NACIONAL DO PPS
a) 25 DE MARÇO DE 2009 (Quarta-feira)
- Lançamento do XVI Congresso Nacional em Brasília.
b) DO DIA 26 DE MARÇO A 10 DE MAIO DE 2009
- XVI Congressos Municipais em todo o país.
c) DIAS 13 e 14 DE JUNHO DE 2009
- XVI Congressos Estaduais em todo o país.
d) DIAS 17, 18 E 19 DE JULHO DE 2009
(FALTA DEFINIR LOCAL) - XVI CONGRESSO NACIONAL


Veja a íntegra da convocação do Diretório:

Ofício Circular 033/2008

Companheir@,

Estamos convocando reunião do Diretório Nacional, ampliada com os presidentes dos Diretórios Estaduais, para os próximos dias 30 e 31 de outubro, no Hotel San Marco, em Brasília, com a seguinte pauta:

Dia 30/10/08 (quinta-feira)

14H00 - CREDENCIAMENTO
15H00 - ABERTURA
15H30 - CONJUNTURA POLÍTICA E ECONÔMICA
19H00 - ENCERRAMENTO DO PRIMEIRO DIA DE TRABALHO

Dia 31/10/08 (sexta-feira)

09H00 - BALANÇO GERAL DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS
11H00 - CALENDÁRIO DO XVI CONGRESSO NACIONAL
12H30 - OUTROS ASSUNTOS.

Lembramos ainda que a reunião será transmitida ao vivo, pela internet, através do nosso portal oficial: www.pps.org.br.

Certos de contarmos com sua presença, desde já agradecemos,

Cordialmente,

Roberto Freire
Presidente


Reservas com desconto especial para o dia do evento
Hotel San Marco
SHS (SETOR HOTELEIRO SUL) Q. 5 BL. C

Falar com Andréia ou Vera

Fones: (61) 2103 8441/8442
Por e-mail: reservas@sanmarco.com.br

Continue lendo...

Freire diz que resultado da eleição fortalece candidatura de Serra para 2010

Portal PPS

"As eleições deste ano fortaleceram a alternativa Serra como grande candidato de oposição em 2010", diz Freire. O PT, observa, perdeu nas regiões Sudeste e Sul. Os seus tradicionais eleitores, o abandonaram depois que o partido optou por práticas atrasadas, adotadas historicamente por caciques políticos no país, principalmente os do Nordeste.

"O governador José Serra (São Paulo) saiu como o grande candidato a presidente", disse o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, ao analisar os resultados do segundo turno das eleições municipais. Ele ressalva que essa conseqüência não se dá só por causa de número de votos para prefeitos e vereadores, mas devido às articulações de forças políticas que seguirão a partir de agora com maior intensidade em torno de uma candidatura alternativa ao Palácio do Planalto.

O PPS, que lançou a jornalista Soninha Francine no primeiro turno à prefeitura de São Paulo, apoiou, assim como o governador Serra, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) no segundo turno. Dissidentes dos partidos aliados ao governo Lula também se uniram em torno do candidato do governador paulista. "As eleições deste ano fortaleceram a alternativa Serra como grande candidato de oposição em 2010", insistiu Freire.

PT, o atraso

O PT, observa Freire, perdeu nas regiões Sudeste e Sul. Os seus tradicionais eleitores, o abandonaram depois que o partido optou por práticas atrasadas, adotadas historicamente por caciques políticos no país, principalmente os do Nordeste. "A esquerda do PT não compreendeu que quando se começa a ter votos dos setores mais desprotegidos da população imitando essas práticas assistencialistas, isso não significa avanço, mas sim atraso", analisou. "Faz tempo que digo que desde 2002, o PT caminha para o espaço que sempre foi ocupado pela direita no país, tornando-se o partido dos chamados grotões".

Rio de Janeiro

Freire cumprimentou o candidato a prefeito do Rio de Janeiro, deputado Fernando Gabeira, pela "bela campanha" eleitoral que ele desenvolveu na cidade e pela coragem de enfrentar "como ele mesmo disse, as máquinas federal, estadual e universal (referência à igreja do bispo Crivella)". Ele fez questão de elogiar a aliança formada em torno de Gabeira, PV-PPS-PSDB, e de parabenizar os "companheiros do PPS que trabalharam por Gabeira". A derrota do deputado, por apenas 50 mil votos, num universa de mais de 3 milhões, dá a dimensão da força dessa aliança.

Freire lamentou ainda que a última cartada do governador Sérgio Cabral (PMDB) para eleger seu candidato Eduardo Paes, de decretar feriado para os servidores públicos na última sexta-feira, acabou tirando votos de Gabeira. A abstenção foi alta, mais de 20%, representando mais de 926 mil eleitores que deixaram de ir às urnas. Analistas políticos afirmam que a jogada prejudicou Gabeira, pois grande parte dessa massa, na maioria eleitores de Gabeira, acabou viajando no feriado prolongado e deixou de votar.

Continue lendo...

Kassab ganha em São Paulo e Paes vence no Rio após votação acirrada

www.g1.com.br
Da EFE

São Paulo, 26 out (EFE) - O atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi reeleito hoje, enquanto Eduardo Paes (PMDB), um aliado do governante, conquistou a Prefeitura do Rio de Janeiro após uma disputa acirrada.

Com 97,85% dos votos apurados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Kassab garantiu a vitória no maior colégio eleitoral do país ao conquistar 60,83% dos votos, enquanto Marta Suplicy (PT) recebia apenas 39,17%.

O triunfo de Kassab, que tinha sido previsto nas pesquisas, é um duro revés para Lula, amigo pessoal de Marta, que foi ministra de Turismo no segundo mandato do presidente e em cuja campanha o líder participou de maneira ativa até último instante.

Marta, prefeita de São Paulo no período 2001-2004, reconheceu a derrota e, em uma breve declaração à imprensa, pediu ao povo de São Paulo para "fiscalizar e cobrar os compromissos assumidos pelo novo prefeito".

No Rio de Janeiro a disputa foi mais acirrada e Eduardo Paes venceu por 50,83%, contra 49,17% de Fernando Gabeira (PV), com 99,95% das urnas apuradas.

Gabeira, que perdeu por cerca de 55 mil votos, também admitiu a derrota e elogiou o movimento popular gerado por sua candidatura.

Em Porto Alegre (RS), o PT sofreu sua segunda derrota à Prefeitura e o atual prefeito, José Fogaça (PMDB), foi reeleito com 58,95% dos votos, enquanto a candidata petista, Maria do Rosário, obteve 41,05%, com 99,85% das urnas apuradas.

Em Belo Horizonte (MG), Marcio Lacerda (PSB) venceu com 59,12%, contra 40,88% de Leonardo Quintão (PMDB).

O segundo turno ocorreu nas cidades com mais de 200 mil eleitores nas quais nenhum candidato a prefeito obteve a maioria absoluta na primeira votação, realizada em 5 de outubro.

Os 5.563 novos prefeitos brasileiros, incluindo os 30 eleitos hoje no segundo turno, assumirão o mandato de quatro anos em 1º de janeiro.

Continue lendo...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008


Nos dias 6 e 7 de novembro o CCJ realizará o III Seminário Juventude e Políticas Públicas. Segue a programação abaixo e caso não consiga visualizar entre no nosso site: http://ccjuve.prefeitura.sp.gov.br

Continue lendo...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Presidente da UNE usa adesivo contra Gabeira em evento com Paes


Ernani Alves
Portal Terra - Rio de Janeiro

A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf, e outros integrantes da entidade participaram de um encontro com o candidato do PMDB à prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, com um adesivo contra seu adversário, Fernando Gabeira (PV). O evento ocorreu na noite desta quarta-feira, no restaurante Lamas, no Flamengo, na zona sul da cidade.

Os adesivos foram colados nas camisas dos estudantes com a frase "o que é isso companheiro?" sobre as fotos do candidato do PV, Fernando Gabeira, do prefeito César Maia, do governador de São Paulo, José Serra, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A parte inferior levava a inscrição: "Gabeira não".

Ao ser questionado sobre o fato, Eduardo Paes afirmou que a UNE tem o direito de livre manifestação. "A UNE pode se manifestar contrária a uma candidatura. Esse direito ainda está garantido no Brasil", declarou.

###############################################

Eita UNE chapa branca.
Diretas já!

Continue lendo...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ibope aponta Kassab 17 pontos à frente de Marta em SP

Kassab oscilou de 51% para 53%, e Marta caiu de 39% para 36%.Margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais.

Do G1, em São Paulo

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (22) sobre o segundo turno das eleições em São Paulo mostra o prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), com 17 pontos de vantagem em relação à candidata do PT, a ex-prefeita Marta Suplicy.

No levantamento, encomendado pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, Kassab oscilou positivamente dois pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, de 51% para 53%, enquanto Marta caiu de 39% para 36%. Os brancos e nulos oscilaram de 6% para 8% e os que não sabem/não responderam, de 4% para 3%.

Continue lendo...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

PPS cobra maior regulação do sistema financeiro nacional

Agência Câmara

O líder do PPS na câmara federal, deputado Fernando Coruja (SC), cobrou do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, medidas mais rigorosas de controle do sistema financeiro nacional. Ele quis saber se já estão sendo estudadas medidas para obter maior controle, por exemplo, do mercado de derivativos, pelo qual as empresas fazem apostas com base na projeção do câmbio futuro. "Existe falta de crédito hoje no Brasil, na verdade, porque os bancos não sabem da saúde dessas empresas. Diversas, como a Aracruz, Votorantim e Sadia, apostaram nos derivativos e agora não sabemos o que está acontecendo com elas", questionou Coruja.

Para o deputado, há um descolamento entre o discurso das autoridades que admitem ser a pior crise da história mundial e as previsões para o futuro do Brasil. "Há uma venda de ilusão. Vejo otimismo exagerado do ministro prevendo um crescimento em 2009 de 4,5%.", acusou.

O ministro da Fazenda reconheceu o problema com os derivativos. "Não sabemos de fato o volume do prejuízo das empresas que fizeram dívidas com derivativos, mas todas as empresas citadas são sólidas e têm todas condições de negociar com os bancos", explicou Mantega. Ele, no entanto, garantiu que o governo não vai assumir prejuízos de empresas que fizeram aplicações de riscos. De acordo com o ministro, o governo já está com uma proposta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para exigir que as empresas sejam obrigadas a publicar em seus balanços as suas posições com derivativos. Mantega pediu ao Congresso mais contribuições para melhorar a regulação do mercado financeiro.

Em resposta à cobrança de mais austeridade fiscal feita pelo líder do Democratas, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), Mantega assegurou que o governo tem passado uma mensagem fiscal forte para os investidores, especialmente no fluxo dos investimentos. "Os gastos de custeio estão crescendo menos que o PIB e a arrecadação, estamos trilhando o caminho da responsabilidade fiscal, sim", garantiu o ministro.

Gastos com pessoal
Com relação aos gastos com pessoal, Mantega explicou que, embora não seja da responsabilidade do Ministério da Fazenda negociar os aumentos dos servidores, ele assegurou que esses gastos estão num patamar abaixo do de sete anos atrás em relação ao PIB. "Estamos hoje com 4,57 % do PIB, enquanto no governo anterior esse número era de 4,85%", apontou.

Guido Mantega negou que o governo não tenha se antecipado à crise. "Existe medida mais acertada que a de ter feito reserva em dólares?", questionou. Ele negou também que haja "crédito empoçado" na economia brasileira. "Nos EUA há porque muitas instituições têm ativos podres ocultos, há desconfiança lá. Aqui não", sustentou.

Quanto às previsões otimistas, Mantega admitiu que os economistas podem errar, mas lembrou que as previsões feitas pelos integrantes do governo nos últimos três anos foram mais precisas que as dos analistas de mercado. "Os analistas previam que o Brasil cresceria 3% em 2006 e o Brasil cresceu 3,8% como afirmávamos. Para 2007, falavam em 3% e 3,5%, falamos que seria 4,5%, o crescimento foi de 5%, tá tudo lá registrado", exemplificou.

Continue lendo...